Quinta-feira, 19 de Maio de 2016
Orientado por Daniel Ribas e Paulo Cunha durante o próximo
Curtas Vila do Conde (9-17 julho). O workshop, com
masterclasses com convidados internacionais, é orientado para a escrita de textos críticos ao longo da semana do festival, em complemento ao visionamento nas sessões. Oportunidade única para aprender com jornalistas e críticos, e, ao mesmo tempo, aproveitar uma semana intensiva do melhor do cinema contemporâneo numa atmosfera de festa.Formulário disponível em
https://goo.gl/9SCU11.
Domingo, 15 de Maio de 2016
O Prémio PrimeirOlhar (Viana do Castelo), no valor de mil euros, foi para Becco do Cotovelo, de Eduardo Cunha e Pedro Cela, alunos do Curso de Comunicação Social, da Fundação Edson Queiroz - Universidade de Fortaleza/ Brasil. Da sinopse retira-se o seguinte: um filme que retrata o movimento de um tradicional beco no centro de Sobral-CE, construído a partir de encontros e de observação das pessoas que transitam e ocupam o lugar.
Terça-feira, 10 de Maio de 2016
Noite Sem Distância, de Lois Patiño, foi galardoada com o prémio para Melhor Curta-Metragem no 59º Festival Internacional de Cinema de São Francisco, que decorreu entre 21 de abril e 5 de maio nos EUA. O filme, rodado na fronteira entre Portugal e Espanha, é uma produção do Curtas Vila do Conde e integra o catálogo de filmes da Agência da Curta Metragem.Contando com uma equipa de estudantes de Cinema e Multimédia,
Noite Sem Distância teve estreia em julho de 2015 no 23º Curtas Vila do Conde – Festival Internacional de Cinema. A curta-metragem já integrou o circuito dos festivais internacionais de cinema, tendo sido exibida nomeadamente nos festivais de Locarno, Toronto, Nova Iorque e Hong Kong. A história foca o papel do contrabando na fronteira entre Portugal e Galiza [informação da entidade promotora].
Quinta-feira, 31 de Março de 2016
Submissions for the International, Experimental and Curtinhas Competition of the 24th Curtas Vila do Conde – International Film Festival, are reaching the deadline: 8th April 2016.
You can apply with new short films produced in 2015 or 2016; within the duration limit of 60 minutes (unless exceptions below); film (35 or 16 mm), DCP or video file. You can submit your new films in the following competitions:
- International (fiction, documentary and animation);
- Portuguese (Portuguese films of fiction, documentary and animation);
- Experimental (films that defy narrative and technical conventions);
- Music Videos (music videos from portuguese artists/producers);
- Curtinhas (films for kids until 30 minutes);
- Take One (productions until 30 minutes by Portuguese film students).
Please check the complete
regulations before applying. Online submission at:
http://curtas.pt/festival_submissions
DEADLINES AND SUBMISSION FEESInternational, Experimental and Curtinhas Competition (LAST CALL!)Submission deadline: 8th April 2016.Submission Fee: 12,00 euros;
Portuguese and Music Videos CompetitionSubmission deadline: 23rd May 2016.Submission Fee: 12,00 euros;
Take One! CompetitionSubmission deadline: 23rd May 2016.Free submission.
The starting point is to register*. After registry, using the given username and password sent to your e-mail, you can access the online entry form, submitting all the required data for each film (film info and screener). From your login, you may also access all submitted films data to verify and eventually correct it.
*If you are already registered, please insert your username (your email) and password (you can also ask immediately for a new password). If you already completed any submission and received a confirmation email, please note that this message was sent automatically to our entire mailing list.
Any questions about submissions should be addressed to
submissions@curtas.pt or the following phone numbers +351 252638025.
24th Curtas Vila do Conde International Film Festival
Praça José Régio, 110-1º
4480-718 Vila do Conde, Portugal
www.festival.curtas.pt
Segunda-feira, 14 de Março de 2016
A partir dos álbuns fotográficos de Adriano Rodrigues (Roiz), confiados à guarda da Cinemateca por Gracinda Rodrigues em 2005, a Cinemateca apresenta uma exposição que “folheia” a sua obra enquanto pintor de cartazes, retratos também de Lisboa (avenidas da Liberdade e Almirante Reis) ao longo de quarenta anos, captados pelos repórteres fotográficos (texto e imagens a partir de informação da Cinemateca, fotografias de J. Marques).
Sábado, 20 de Fevereiro de 2016
Quentin Tarantino é realizador de cinema e guionista dos mais conhecidos dos Estados Unidos. Muita da sua fama provém do emprego da violência nos seus filmes, que encontramos de novo em
Oito Odiados. Se nos filmes com Uma Thurman, restava a esperança de uma vingadora com alguma razão por detrás da sua força demolidora, no filme mais recente não há marcas de humanidade. Aliás, para uma história de ficção, parece-me haver uma improbabilidade: todos os odiosos morrem mais os que foram vítimas da violência, sem ficar ninguém para contar a história ao escritor e guionista.
Mas os
Oito Odiados tem alguns elementos de excelente referência, tais como a longa caminhada desde o horizonte de uma carruagem (ou diligência, como li), uma espécie de fantasma a anunciar premonitoriamente a trama ficcional. A câmara está fixa a mostrar um lento movimento até perto do ângulo de visão do espectador. Dentro da carruagem, um caçador de criminosos John Ruth (Kurt Russell) transporta uma criminosa, Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh), que espera a forca em troca de uma boa quantia de recompensa para o caçador por a ter apanhado. No decurso da viagem, cai um grande nevão e, na estrada, indivíduos pedem boleia. Com modos muito rudes e autoritários, até violentos, Ruth aceita a sua entrada. Todos vão parar a uma estalagem - uma loja de retrosaria como aparece também indicada - e dos estalajadeiros não há sinal. Mas o velho negro que combateu pelo lado do Norte adivinha incongruências no registo de um possível colaborador dos donos da estalagem. E a morte por ingestão de café com veneno levanta mais suspeitas.
Após o intervalo, Tarantino mostra-nos imagens do líquido venenoso entornado para dentro da cafeteira, depois de nos indicar que a criminosa Daisy Domergue viu a ação. Aqui, há outro elemento de referência do filme - a ideia de guião não-linear, voltando a ação para trás e mostrando os hóspedes mais antigos, que assassinariam os donos da estalagem e os seus empregados. O objetivo era esperar a chegada da criminosa para ser libertada.
A história decorre poucos anos depois da Guerra Civil Americana (1861-1865) e o realizador levanta velhos traumas, como a luta entre Norte e Sul. Os de um lado e do outro aparecem representados no filme e mais um negro (que acusa o do sul de ser esclavagista). Para completar falta apenas uma personagem índia. No filme, há uma permanente representação de cumplicidades e de traições, ninguém escapa a esse destino fatal. Calculo que tenha havido muita discussão nos Estados Unidos por causa do recordar esses tempos e sem uma grelha crítica de apoio ao espectador. E, fora dos Estados Unidos, o filme também magoa, porque ele apenas uma sociedade desigual, violenta e sangrenta, afinal a imagem que temos do
yankee que se tornou o polícia do mundo.
Quarta-feira, 10 de Fevereiro de 2016
Em 2015, contabilizaram-se 1210 milhões de espectadores nas salas de cinema europeias contra 1151 milhões de 2014, o que significa um aumento de 5,2%, dados revelados pelo projeto MEDIA Salles, do Programa Media da União Europeia (a partir de notícia do Diário de Notícias).
Dos países com maior aumento de frequência de cinema em circuito comercial estão Portugal (mais 20,4%), Finlândia (20,3%) e Dinamarca (15,8%). Ainda de acordo com a notícia que sigo, o Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) já anunciara que Portugal contabilizou 14,5 milhões de espectadores em 2015. Dos países com maiores taxas de exibição, a Alemanha e Reino Unido também tiveram aumentos de idas ao cinema, ao passo que a França teve uma leve queda.O projeto MEDIA Salles assinala ainda uma aceleração do processo de conversão tecnológica das salas de cinema (existência de 36200 salas com projeção em digital, um total de 95% do total).
Domingo, 24 de Janeiro de 2016
Filme de Hong Sang-soo (2015), com Jung Jaeyoung, Kim Minhee, Ko Asung e Choi Hwajung. Num primeiro momento, o filme lembrou-me
Lost in Translation, de Sofia Coppola (2013), com Bill Murray e Scarlett Johansson, um encontro entre um homem mais velho e uma mulher jovem, passado num país oriental, este no Japão e o outro na Coreia do Sul, em que a possibilidade de vida futura comum não tem qualquer probabilidade. Mas as semelhanças acabam aqui: enquanto o filme americano tem planos rápidos e uma montagem trepidante, o filme sul-coreano possui planos longos e fixos, exceto quando os dois conversam numa cafetaria e a câmara roda ora para um ora para outro lado. Hong Sang-soo procura mesmo uma harmonia nos locais filmados e os diálogos são lentos, quase ao mesmo tempo banais e filosóficos sobre a existência humana.

A história do filme mostra duas variações de um encontro romântico. O realizador Ham Cheon-soo, o senhor realizador como o tratam, chega à cidade de Suwon onde apresenta um filme seu e faz uma palestra sobre o mesmo a um grupo de estudantes. Chega no dia anterior e visita um palácio e centro de recolhimento sagrado. Aí, conhece a jovem Yoon Hee-jeong e descobre que é uma pintora no começo de carreira. Vê os seus quadros, janta com ela e segue-a para um encontro com amigos dela. A variação da história parte dos mesmos pressupostos mas apresenta algumas ideias de um outro ângulo. Por exemplo, se na primeira versão ele elogia a pintura dela, na segunda ele critica e encontra razões psicológicas de fuga à realidade na jovem. Na segunda versão, ele declara-se apaixonado por ela mas não pode ir além da declaração porque é casado e pai de dois filhos. Se na primeira versão ele sai enfastiado da conferência, dizendo mal do animador da sessão, na variação ele mostra-se encantado com o acolhimento na sessão de auditório.
Resumindo, o filme versa sobre as tentativas de abordagem de um indivíduo a um tempo e a um lugar, às suas múltiplas tentativas de ensaiar um caminho tipo "se eu fizesse isto". Ao mesmo tempo, o filme trabalha a ternura, os afetos e as possibilidades de êxito ou compromisso. É, por isso, um filme sobre a intimidade e as relações humanas.
Sexta-feira, 22 de Janeiro de 2016
O Ciclo de Cinema Russo tem por objectivo a divulgação de obras máximas, muitas delas em versões restauradas, realizadas por dez realizadores, entre os quais Sergei Eisenstein, Andrei Tarkovsky, Aleksandr Dovzhenko, Larisa Shepitko, Sergei Bondarchuk, Marlen Khutsiev, Andrei Konchalowski e Aleksandr Sokurov, em quase cem anos de produção cinematográfica na Rússia. Exibição de uma trintena de filmes. Com início a 11 de fevereiro, será apresentada a obra integral de Andrei Tarkovsky. O ciclo decorre no Cinema Medeia Espaço Nimas, Lisboa (informação da organização).
Quinta-feira, 21 de Janeiro de 2016
O Renascido. filme de Alejandro González Iñárritu (2015), interpretado por Leonardo DiCaprio, Tom Hardy, Domhnall Gleeson, Will Poulter, conta a história de um explorador, Hugh Glass, nascido em 1780 na Pensilvânia e com uma carreira militar, de trato social difícil, atacado brutalmente por um urso e abandonado pelos seus colegas caçadores de peles e cuja recuperação física no inverno rigoroso no estado americano de Montana o leva à vingança sobre John Fitzgerald, que teria assassinado o filho de Glass, sempre a enfrentar novos e difíceis desafios.
Na história verídica de Glass, não há qualquer documento que indique que ele teve um filho e se casou sequer com uma mulher nativa, depois de capturado por índios americanos. Mas o filme ganha densidade dramática com as imagens de um passado feliz de Glass. E permite reconstituir a vida naquela época em que franceses e ingleses disputavam territórios aos nativos e onde os perigos vinham de muitos sítios. Nem a natureza nem os homens eram confiáveis.
Destaco ainda a fotografia de Emmanuel Lubezki e a música de Ryuichi Sakamoto, Carsten Nicolai e Bryce Dessner.