Construído em 1603 pelo shogun Tokwgawa para defender o palácio imperial de Quioto, é um exemplar da arquitetura residencial buke shoin zukuri. Amplas salas onde o shogun recebia os senhores feudais e permanecia, com paredes decoradas. Fica-se com pena de não se poder fotografar o interior dessas salas.
As grandes cidades têm pontos altos para se poder ver (admirar) a sua dimensão e arquitetura. As duas imagens mostram o interior de edifícios muito altos e alguns dos seus observadores (Umeda Sky Building, Osaca; Torre de Tóquio). Por vezes, conversa-se longamente em torno de um chá ou refresco, comentando alguns edifícios ou locais.
Depois da apresentação de comunicação da rádio imperial portuguesa na pré-conferência da ICA (com Nelson Ribeiro e ainda Sílvio Santos, que ficou em Portugal), à descoberta da cidade de Fukuoka.
Dentro das comemorações dos 25 anos, a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) promoveu a realização do mural de arte urbana Introspeção, dos artistas Frederico Draw e Rodrigo Alma (Colectivo RUA), localizado na rua Dona Estefânia, em Lisboa, e destinado a comunicar a missão da associação à comunidade onde se insere, através da arte. Realizado entre os dias 7 e 9 de novembro de 2015, o projecto contou com o apoio do Hotel Neya e da Galeria de Arte Urbana da Câmara Municipal de Lisboa (texto a partir de notícia do jornal Público).
Big bands, jazz bands, pequena orquestra onde os sopros tinham importância mas o piano estava lá atrás, como grande instrumento. Como seria o café Arcada, na praça do Giraldo, desde 14 de fevereiro de 1942, quando abriu? Socorro-me do sítio Viver Évora (texto de José Frota): "«considerado um dos melhores do País, com mais de 100 mesas, possuindo frigorífico e outras inovações modernas», foi tida como um acontecimento social de grande impacto no quotidiano citadino. Iniciativa conjunta de António Justino Mexia da Costa Praça, Basílio da Costa Oliveira, Celestino Costa e António Borges Barreto, quatro dos maiores comerciantes eborenses, o estabelecimento foi inaugurado com um «jantar à americana (para famílias)», sendo obrigatório o uso de «trajo de passeio». As inscrições para o repasto efectuaram-se no próprio café ou através do telefone 357, permitindo a selecção dos clientes, que no final brindaram com champanhe e ouviram actuar a Orquestra de Jazz Luz e Vida em «alguns números do seu seleccionado reportório», como salientava o relato do Notícias d’Évora".
Continuo a ler no sítio: "Nos primeiros tempos o Arcada foi frequentado pela burguesia local, pequenos grupos de intelectuais, gente do reviralho, profissionais liberais e estudantes liceais. Os latifundiários e os agricultores frequentavam o Café Camões, à Porta Nova. Mas com a perda de centralidade desta zona e o acrescido ganho de importância da Praça do Giraldo, estes passaram a tomar de assalto o Arcada às terças-feiras, dia do mercado semanal. Em plena Praça e no interior do Café se discutiam e apalavravam negócios, tendo ali chegado a funcionar uma informal bolsa de gado. No seu romance Aparição, o escritor Vergílio Ferreira relata bem o ambiente do Café Arcada quando nele entrou pela primeira vez em 1946, colocando a sua visão na boca do protagonista Alberto Soares. «... acabámos por marcar o encontro para o dia seguinte no Arcada sem que o Moura se lembrasse de que era uma terça-feira, ou seja dia de mercado»".
Para além da porta giratória de acesso pela praça do Giraldo, fascina-me a enorme fotografia da orquestra. Que conhecimentos tinham aqueles músicos? Que temas principais tocavam? Dançava-se com a sua música? Formou-se um público fã? Quanto tempo durou aquela alegria?
O Museo del Ferrocarril de Madrid tem como objetivos conservar, estudar e difundir o património histórico e cultural ferroviário. Atualmente, tem mais de 4800 peças que explicam a história do caminho de ferro em Espanha. Tem coleções de comboios a vapor, tração elétrica e diesel, além de salas específicas de relógios, modelismo e infraestutura. Ao domingo, uma feira de venda de comboios em miniatura e acessórios anima o espaço no Passeo de las Delicias.
Não quero comparar Madrid com o Porto, dado serem cidades de dimensões muito distintas, mas notar tendências novas.
No passado dia 15 de outubro, na Gran Vía, em Madrid, abriu a loja Primark, o gigante irlandês do low cost, como noticia o El País de domingo. A avenida central de Madrid, além de cinemas e salas de espetáculos, integra outras multinacionais do têxtil como a H&M e a Inditex (melhor: as suas diferentes marcas), levando mesmo ao desaparecimento já nesta década de um dos seus mais emblemáticos cafés, como escrevi aqui. Logo ao lado, as ruas Montera e Fuencarral (já no bairro da Chueca) e a praça do Callao são responsáveis por um grande tráfego de peões, o que eleva o potencial comercial da zona - ou a sua reinvenção.
Já no Porto, a colina junto à torre e igreja dos Clérigos - sem a dimensão territorial da Gran Vía (ou da avenida da Liberdade, aqui em Lisboa) - está a assistir a uma revitalização comercial apreciável, resultado da estética urbana desde 2001, da transformação de antigos armazéns em espaços de convívio (restauração) e da velha praça de Lisboa, hoje igualmente espaço de convívio e de lojas, além do muito recente restauro da igreja dos Clérigos. Por ali, circulam muitos turistas falando francês - com sotaque do Canadá, onde a promoção turística tem sido forte, além do peso dos voos de companhias low cost, visível um pouco mais a leste da cidade, caso da saída de metro da rua Fernandes Tomás, na confluência com a rua de Santa Catarina.
Sobre o comércio na colina dos Clérigos, retiro do jornal Público parte de um texto sobre as lojas Marques Soares: "São 55 anos de história e de presença na baixa do Porto, 55 anos de sucesso, muito espírito de resistência e de crescimento. A Marques Soares abriu a 5 de Novembro de 1960, pelas mãos de António Marques Pinho e Manuel Soares Antunes, para se tornar, ao longo de décadas, numa empresa incontornável do comércio tradicional da cidade. Com portas abertas noutros pontos do país.Os sócios fundadores já trabalhavam juntos, nos Armazéns do Norte, dos quais detinham uma quota minoritária, quando decidiram abrir o seu próprio negócio – uma loja de tecidos, que se comprometia a dar qualidade ao vestuário de quem os visitasse. Hoje, a Marques Soares cresceu, não só na loja onde começou, como por outras ruas do Porto, e outros pontos do país, como Braga, Aveiro ou Beja. [...] Este novo impulso destaca-se também na revitalização que a Baixa portuense tem sofrido nos últimos anos, com impacto visível na zona dos Clérigos, onde a Marques Soares se instalou em 1960. [...] A viragem que acontece actualmente, com a revitalização da Baixa, novas lojas e novos conceitos, é vista com agrado pela Marques Soares".
As lojas de rua e o movimento de circulação das pessoas volta a ser considerado, após um longo período dos centros comerciais, dentro e à volta das cidades. A cultura da Europa reside desde há muito neste tipo de tráfego.