Armando Ferreira foi alguém com uma carreira curiosa. Com o curso do Instituto Superior Técnico, ele empregou-se na APT (Anglo-Portuguese Telephone), mais conhecida como Companhia dos Telefones, com actividade nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, e uma das antecessoras da Portugal Telecom. Na APT, ele foi responsável pela publicação de folhetos de relações públicas e promoção de serviços e por campanhas de comunicação de que resultariam cartazes assinados por nomes como Carlos Botelho, de 1930, reproduzido a seguir.
Logo após a conclusão do curso universitário, entrou para o jornal
A Capital, onde chegou a chefe de redacção. A crítica literária, teatral e de espectáculos foi um meio onde se expressou abundantemente, naquele jornal mas também no
Notícias Ilustrado, no
Jornal do Comércio e no
Diário Popular, aqui durante 21 anos (os recortes de notícias abaixo inseridos pertencem ao
Diário Popular, de 3 e 4 de Dezembro de 1968). Alguns trabalhos humorísticos dele seriam
Lisboa sem Camisa,
O Casamento de Fifi Antunes,
O Baile dos Bastinhos,
O Galão de Alcântara,
Amor de Perdigão,
A Família Piranga e
A Baratinha Loira. No seu obituário, nas peças noticiosas aqui impressas, indica-se que os textos dele alcançariam tiragens elevadas para o nosso mercado durante a década de 1940. A colaboração de Armando Ferreira estendeu-se ainda pelos júris dos concurso de peças de teatro patrocinado pelo SNI. Foi sócio fundador da Sociedade de Autores e Compositores Portugueses.