Sábado, 5 de Abril de 2014

A imprensa portuguesa pós-1974

No blogue Notas de Circunstância, J.-M. Nobre-Correia escreve Análise: um momento da história em perspectiva. Nele, faz o seu balanço sobre a imprensa nacional após 1974. Para Nobre-Correia, essa imprensa foi destroçada. Vale a pena ler e discutir esta perspectiva.
publicado por industrias-culturais às 17:34
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A imprensa portuguesa pós-1974

No blogue Notas de Circunstância, J.-M. Nobre-Correia escreve Análise: um momento da história em perspectiva. Nele, faz o seu balanço sobre a imprensa nacional após 1974. Para Nobre-Correia, essa imprensa foi destroçada. Vale a pena ler e discutir esta perspectiva.
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No blogue Notas de Circunstância, J.-M. Nobre-Correia escreve Análise: um momento da história em perspectiva. Nele, faz o seu balanço sobre a imprensa nacional após 1974. Para Nobre-Correia, essa imprensa foi destroçada. Vale a pena ler e discutir esta perspectiva.
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A imprensa portuguesa pós-1974

No blogue Notas de Circunstância, J.-M. Nobre-Correia escreve Análise: um momento da história em perspectiva. Nele, faz o seu balanço sobre a imprensa nacional após 1974. Para Nobre-Correia, essa imprensa foi destroçada. Vale a pena ler e discutir esta perspectiva.
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Quinta-feira, 3 de Outubro de 2013

A imprensa portuguesa em novo livro de José Tengarrinha

tengarrinhaJosé Tengarrinha publicou um novo livro a que deu o nome de Nova História da Imprensa Portuguesa das Origens a 1865, um volumoso livro de mil páginas editado pela Temas e Debates/Círculo de Leitores, e que se torna indispensável para quem queira conhecer a realidade social, económica, cultural e política desta indústria.

No prefácio, o autor começa com a definição de imprensa, inicialmente a máquina de imprimir e depois também o produto: impressos, revistas ou jornais. Adiante, ele traça a história da imprensa em Portugal a partir do momento em que o seu objeto se apresenta como periódico e envolve homens de letras como Alexandre Herculano ou Eduardo Coelho.

Identifica a história da imprensa como aquela que resulta de critérios formais estabelecidos na década de 1940 - a consideração do jornal como chega ao leitor. Destes e de outros critérios, Tengarrinha releva quatro fases da sua história: 1) primórdios, da Gazeta de 1641 à revolução de 1820, 2) nascimento da imprensa de opinião, até ao estabelecimento da monarquia constitucional em 1834, 3) liberais contra liberais, indo do fim da guerra civil até à regeneração, e 4) da regeneração em 1851 à organização industrial da imprensa em 1865.O esquema de classificação das publicações periódicas atende a um conjunto de fatores tais como âmbito geográfico, relação com os poderes públicos e religiosos, orientação, conteúdos, periodicidade e género.

Entre as páginas 845 e 880, o historiador faz o que ele chama um breve balanço mas que representa um longo caminho e que subdivide em áreas: 1) transição para o jornalismo moderno (empresa jornalística e jornalista, dificuldades técnicas, ilustração e gravura, portes do correio e expedição, o papel como matéria prima cara, primeiros movimentos reivindicativos dos tipógrafos, e 2) imprensa e evolução da sociedade oitocentista portuguesa.

Detenho-me na sua análise à imprensa jornalística, em que assinala uma maior complexidade a partir de 1834 (pp. 854-857). O jornal passava a ter um editor, um redator responsável ou chefe de redação, um a dois noticiaristas e um folhetinista. Os noticiaristas ganhavam um salário pequeno, pelo que precisavam de ter outros rendimentos. O negócio era regra geral pouco lucrativo e Tengarrinha estima um mínimo de 200 cópias para um jornal subsistir no tempo. Na segunda metade do século XIX, o jornal começava a deixar de ser visto como tendo função doutrinária para passar a ser considerado como uma mercadoria, evidenciado pela presença crescente de anúncios pagos.

José Tengarrinha é doutorado em História e professor catedrático jubilado, presidente do Instituto de Cultura e Estudos Sociais (Cascais) e autor de muitas obras sobre a imprensa das quais destaco História da Imprensa Periódica Portuguesa (1965) e Imprensa e Opinião Pública em Portugal (2006). Tengarrinha foi o arguente da minha tese de mestrado defendida em 1994.

Leitura: José Tengarrinha (2013). Nova História da Imprensa Portuguesa das Origens a 1865. Lisboa: Temas e Debates/Círculo de Leitores, 1003 páginas, 24,40 €
publicado por industrias-culturais às 20:17
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A imprensa portuguesa em novo livro de José Tengarrinha

tengarrinhaJosé Tengarrinha publicou um novo livro a que deu o nome de Nova História da Imprensa Portuguesa das Origens a 1865, um volumoso livro de mil páginas editado pela Temas e Debates/Círculo de Leitores, e que se torna indispensável para quem queira conhecer a realidade social, económica, cultural e política desta indústria.

No prefácio, o autor começa com a definição de imprensa, inicialmente a máquina de imprimir e depois também o produto: impressos, revistas ou jornais. Adiante, ele traça a história da imprensa em Portugal a partir do momento em que o seu objeto se apresenta como periódico e envolve homens de letras como Alexandre Herculano ou Eduardo Coelho.

Identifica a história da imprensa como aquela que resulta de critérios formais estabelecidos na década de 1940 - a consideração do jornal como chega ao leitor. Destes e de outros critérios, Tengarrinha releva quatro fases da sua história: 1) primórdios, da Gazeta de 1641 à revolução de 1820, 2) nascimento da imprensa de opinião, até ao estabelecimento da monarquia constitucional em 1834, 3) liberais contra liberais, indo do fim da guerra civil até à regeneração, e 4) da regeneração em 1851 à organização industrial da imprensa em 1865. O esquema de classificação das publicações periódicas atende a um conjunto de fatores tais como âmbito geográfico, relação com os poderes públicos e religiosos, orientação, conteúdos, periodicidade e género.

Entre as páginas 845 e 880, o historiador faz o que ele chama um breve balanço mas que representa um longo caminho e que subdivide em áreas: 1) transição para o jornalismo moderno (empresa jornalística e jornalista, dificuldades técnicas, ilustração e gravura, portes do correio e expedição, o papel como matéria prima cara, primeiros movimentos reivindicativos dos tipógrafos, e 2) imprensa e evolução da sociedade oitocentista portuguesa.

Detenho-me na sua análise à imprensa jornalística, em que assinala uma maior complexidade a partir de 1834 (pp. 854-857). O jornal passava a ter um editor, um redator responsável ou chefe de redação, um a dois noticiaristas e um folhetinista. Os noticiaristas ganhavam um salário pequeno, pelo que precisavam de ter outros rendimentos. O negócio era regra geral pouco lucrativo e Tengarrinha estima um mínimo de 200 cópias para um jornal subsistir no tempo. Na segunda metade do século XIX, o jornal começava a deixar de ser visto como tendo função doutrinária para passar a ser considerado como uma mercadoria, evidenciado pela presença crescente de anúncios pagos.

José Tengarrinha é doutorado em História e professor catedrático jubilado, presidente do Instituto de Cultura e Estudos Sociais (Cascais) e autor de muitas obras sobre a imprensa das quais destaco História da Imprensa Periódica Portuguesa (1965) e Imprensa e Opinião Pública em Portugal (2006). Tengarrinha foi o arguente da minha tese de mestrado defendida em 1994.

Leitura: José Tengarrinha (2013). Nova História da Imprensa Portuguesa das Origens a 1865. Lisboa: Temas e Debates/Círculo de Leitores, 1003 páginas, 24,40 €
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A imprensa portuguesa em novo livro de José Tengarrinha

tengarrinhaJosé Tengarrinha publicou um novo livro a que deu o nome de Nova História da Imprensa Portuguesa das Origens a 1865, um volumoso livro de mil páginas editado pela Temas e Debates/Círculo de Leitores, e que se torna indispensável para quem queira conhecer a realidade social, económica, cultural e política desta indústria.

No prefácio, o autor começa com a definição de imprensa, inicialmente a máquina de imprimir e depois também o produto: impressos, revistas ou jornais. Adiante, ele traça a história da imprensa em Portugal a partir do momento em que o seu objeto se apresenta como periódico e envolve homens de letras como Alexandre Herculano ou Eduardo Coelho.

Identifica a história da imprensa como aquela que resulta de critérios formais estabelecidos na década de 1940 - a consideração do jornal como chega ao leitor. Destes e de outros critérios, Tengarrinha releva quatro fases da sua história: 1) primórdios, da Gazeta de 1641 à revolução de 1820, 2) nascimento da imprensa de opinião, até ao estabelecimento da monarquia constitucional em 1834, 3) liberais contra liberais, indo do fim da guerra civil até à regeneração, e 4) da regeneração em 1851 à organização industrial da imprensa em 1865. O esquema de classificação das publicações periódicas atende a um conjunto de fatores tais como âmbito geográfico, relação com os poderes públicos e religiosos, orientação, conteúdos, periodicidade e género.

Entre as páginas 845 e 880, o historiador faz o que ele chama um breve balanço mas que representa um longo caminho e que subdivide em áreas: 1) transição para o jornalismo moderno (empresa jornalística e jornalista, dificuldades técnicas, ilustração e gravura, portes do correio e expedição, o papel como matéria prima cara, primeiros movimentos reivindicativos dos tipógrafos, e 2) imprensa e evolução da sociedade oitocentista portuguesa.

Detenho-me na sua análise à imprensa jornalística, em que assinala uma maior complexidade a partir de 1834 (pp. 854-857). O jornal passava a ter um editor, um redator responsável ou chefe de redação, um a dois noticiaristas e um folhetinista. Os noticiaristas ganhavam um salário pequeno, pelo que precisavam de ter outros rendimentos. O negócio era regra geral pouco lucrativo e Tengarrinha estima um mínimo de 200 cópias para um jornal subsistir no tempo. Na segunda metade do século XIX, o jornal começava a deixar de ser visto como tendo função doutrinária para passar a ser considerado como uma mercadoria, evidenciado pela presença crescente de anúncios pagos.

José Tengarrinha é doutorado em História e professor catedrático jubilado, presidente do Instituto de Cultura e Estudos Sociais (Cascais) e autor de muitas obras sobre a imprensa das quais destaco História da Imprensa Periódica Portuguesa (1965) e Imprensa e Opinião Pública em Portugal (2006). Tengarrinha foi o arguente da minha tese de mestrado defendida em 1994.

Leitura: José Tengarrinha (2013). Nova História da Imprensa Portuguesa das Origens a 1865. Lisboa: Temas e Debates/Círculo de Leitores, 1003 páginas, 24,40 €
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tengarrinhaJosé Tengarrinha publicou um novo livro a que deu o nome de Nova História da Imprensa Portuguesa das Origens a 1865, um volumoso livro de mil páginas editado pela Temas e Debates/Círculo de Leitores, e que se torna indispensável para quem queira conhecer a realidade social, económica, cultural e política desta indústria.

No prefácio, o autor começa com a definição de imprensa, inicialmente a máquina de imprimir e depois também o produto: impressos, revistas ou jornais. Adiante, ele traça a história da imprensa em Portugal a partir do momento em que o seu objeto se apresenta como periódico e envolve homens de letras como Alexandre Herculano ou Eduardo Coelho.

Identifica a história da imprensa como aquela que resulta de critérios formais estabelecidos na década de 1940 - a consideração do jornal como chega ao leitor. Destes e de outros critérios, Tengarrinha releva quatro fases da sua história: 1) primórdios, da Gazeta de 1641 à revolução de 1820, 2) nascimento da imprensa de opinião, até ao estabelecimento da monarquia constitucional em 1834, 3) liberais contra liberais, indo do fim da guerra civil até à regeneração, e 4) da regeneração em 1851 à organização industrial da imprensa em 1865. O esquema de classificação das publicações periódicas atende a um conjunto de fatores tais como âmbito geográfico, relação com os poderes públicos e religiosos, orientação, conteúdos, periodicidade e género.

Entre as páginas 845 e 880, o historiador faz o que ele chama um breve balanço mas que representa um longo caminho e que subdivide em áreas: 1) transição para o jornalismo moderno (empresa jornalística e jornalista, dificuldades técnicas, ilustração e gravura, portes do correio e expedição, o papel como matéria prima cara, primeiros movimentos reivindicativos dos tipógrafos, e 2) imprensa e evolução da sociedade oitocentista portuguesa.

Detenho-me na sua análise à imprensa jornalística, em que assinala uma maior complexidade a partir de 1834 (pp. 854-857). O jornal passava a ter um editor, um redator responsável ou chefe de redação, um a dois noticiaristas e um folhetinista. Os noticiaristas ganhavam um salário pequeno, pelo que precisavam de ter outros rendimentos. O negócio era regra geral pouco lucrativo e Tengarrinha estima um mínimo de 200 cópias para um jornal subsistir no tempo. Na segunda metade do século XIX, o jornal começava a deixar de ser visto como tendo função doutrinária para passar a ser considerado como uma mercadoria, evidenciado pela presença crescente de anúncios pagos.

José Tengarrinha é doutorado em História e professor catedrático jubilado, presidente do Instituto de Cultura e Estudos Sociais (Cascais) e autor de muitas obras sobre a imprensa das quais destaco História da Imprensa Periódica Portuguesa (1965) e Imprensa e Opinião Pública em Portugal (2006). Tengarrinha foi o arguente da minha tese de mestrado defendida em 1994.

Leitura: José Tengarrinha (2013). Nova História da Imprensa Portuguesa das Origens a 1865. Lisboa: Temas e Debates/Círculo de Leitores, 1003 páginas, 24,40 €
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Sexta-feira, 9 de Agosto de 2013

A venda do Washington Post

O Washington Post resistiu a Nixon mas não à internet, consideram os media desta semana quando comentam a venda do jornal da família Graham ao fundador da Amazon, Jeff Bezos. Este vai pagar 250 milhões de dólares (190 milhões de euros) e terá garantido os princípios e os valores do jornal. O Post nunca foi um jornal para ganhar dinheiro mas como agente de promoção de uma sociedade mais informada, culta e democrática (sigo os textos de Rita Siza e João Pedro Pereira, do Público de 7 de agosto). A quebra da imprensa em papel é mostrada no percurso do Washington Post: há 20 anos, tinha uma média de 832 mil assinaturas; este ano, a circulação baixou para 450 mil exemplares. Nos últimos cinco anos, as receitas desceram mais de 25% e a redação baixou de mil profissionais para 640 pessoas. A perda dos jornais tem a ver com a mudança de hábitos de leitura e com o número de milionários com interesse no papel social e cívico dos jornais. Do lado de Bezos, sabe-se que ele está habituado a prejuízos. A sua Amazon, lançada em 1994, começou a dar lucros em 2003 mas em 2012 teve prejuízo. Experimentar mas manter as equipas de administração e de direção editorial são duas ideias chave de Bezos, que não se vai envolver na gestão quotidiana. Uma certeza apenas: os media digitais e o online são o futuro. As suas linhas de sucesso é que ainda não estão determinadas.
publicado por industrias-culturais às 22:10
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A venda do Washington Post

O Washington Post resistiu a Nixon mas não à internet, consideram os media desta semana quando comentam a venda do jornal da família Graham ao fundador da Amazon, Jeff Bezos. Este vai pagar 250 milhões de dólares (190 milhões de euros) e terá garantido os princípios e os valores do jornal. O Post nunca foi um jornal para ganhar dinheiro mas como agente de promoção de uma sociedade mais informada, culta e democrática (sigo os textos de Rita Siza e João Pedro Pereira, do Público de 7 de agosto). A quebra da imprensa em papel é mostrada no percurso do Washington Post: há 20 anos, tinha uma média de 832 mil assinaturas; este ano, a circulação baixou para 450 mil exemplares. Nos últimos cinco anos, as receitas desceram mais de 25% e a redação baixou de mil profissionais para 640 pessoas. A perda dos jornais tem a ver com a mudança de hábitos de leitura e com o número de milionários com interesse no papel social e cívico dos jornais. Do lado de Bezos, sabe-se que ele está habituado a prejuízos. A sua Amazon, lançada em 1994, começou a dar lucros em 2003 mas em 2012 teve prejuízo. Experimentar mas manter as equipas de administração e de direção editorial são duas ideias chave de Bezos, que não se vai envolver na gestão quotidiana. Uma certeza apenas: os media digitais e o online são o futuro. As suas linhas de sucesso é que ainda não estão determinadas.
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