Terça-feira, 13 de Maio de 2014

As fontes de informação em tese de doutoramento

Ontem, na Universidade do Minho, Vasco Ribeiro (à esquerda, de pé, na primeira fotografia; o quarto a contar da esquerda na segunda fotografia) defendeu tese de doutoramento com o título O Spin Doctoring em Portugal: Estudo Sobre as Fontes Profissionais de Informação que Operam na Assembleia da República (fotografias de Luís António Santos).

 

Do que então disse, deixo aqui um resumo. O trabalho apresentado tem muita qualidade, está bem escrito e traz novidades para a investigação – que é o que se pretende num trabalho académico. Tem cinco capítulos, com informação muito útil e alargada no tempo, cobrindo as realidades americana e inglesa e, sempre que possível, portuguesa. Aprendi muito com os capítulos 2, 3 e 4. Constatei a quase inexistência de bibliografia sobre a realidade nacional em termos de assessoria de imprensa. Por outro lado, a leitura da tese levou a rever a minha posição que tinha quanto a um livro português, o de Joaquim Martins Lampreia. Alguns conceitos como interacção e negociação fazem já parte do património intelectual da área da sociologia do jornalismo.

Encontrei a tese da tese entre as páginas 268 e 294, quando traça a matriz de comportamento do spin doctor. Tem quatro pontos principais (grandes objectivos, pré-condições, principais tarefas do processo de spinning, principais técnicas e instrumentos). Às vezes, dá exemplos concretos, práticos, da aplicação dos conceitos, como faz no resto da obra, embora isso diminua a escrita conceptual. A meu ver, alguns tópicos, caso das fugas-plantadas, merecem mais análises.Sobre a metodologia, quando discute a dimensão da amostra (20 entrevistas), ela parece-me de boa dimensão. Pode dizer que há uma dúvida inicial, mas se entrevistou o universo não pode entrevistar mais ninguém. Melhor: obteve as respostas pretendidas. E, logo no começo da tese, refere as limitações da história oral. Sim, há limitações mas ela resolve alguns problemas, em especial quando não há outro tipo de documentos.
publicado por industrias-culturais às 09:45
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Ontem, na Universidade do Minho, Vasco Ribeiro (à esquerda, de pé, na primeira fotografia; o quarto a contar da esquerda na segunda fotografia) defendeu tese de doutoramento com o título O Spin Doctoring em Portugal: Estudo Sobre as Fontes Profissionais de Informação que Operam na Assembleia da República (fotografias de Luís António Santos).

 

Do que então disse, deixo aqui um resumo. O trabalho apresentado tem muita qualidade, está bem escrito e traz novidades para a investigação – que é o que se pretende num trabalho académico. Tem cinco capítulos, com informação muito útil e alargada no tempo, cobrindo as realidades americana e inglesa e, sempre que possível, portuguesa. Aprendi muito com os capítulos 2, 3 e 4. Constatei a quase inexistência de bibliografia sobre a realidade nacional em termos de assessoria de imprensa. Por outro lado, a leitura da tese levou a rever a minha posição que tinha quanto a um livro português, o de Joaquim Martins Lampreia. Alguns conceitos como interacção e negociação fazem já parte do património intelectual da área da sociologia do jornalismo.

Encontrei a tese da tese entre as páginas 268 e 294, quando traça a matriz de comportamento do spin doctor. Tem quatro pontos principais (grandes objectivos, pré-condições, principais tarefas do processo de spinning, principais técnicas e instrumentos). Às vezes, dá exemplos concretos, práticos, da aplicação dos conceitos, como faz no resto da obra, embora isso diminua a escrita conceptual. A meu ver, alguns tópicos, caso das fugas-plantadas, merecem mais análises. Sobre a metodologia, quando discute a dimensão da amostra (20 entrevistas), ela parece-me de boa dimensão. Pode dizer que há uma dúvida inicial, mas se entrevistou o universo não pode entrevistar mais ninguém. Melhor: obteve as respostas pretendidas. E, logo no começo da tese, refere as limitações da história oral. Sim, há limitações mas ela resolve alguns problemas, em especial quando não há outro tipo de documentos.
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Domingo, 27 de Abril de 2014

Os filhos do Zip Zip

Helena Matos (1961-), para este livro, serviu-se de jornais e revistas da época, com destaque para o Diário Popular, jornal que dava muita atenção ao quotidiano, Diário de Lisboa, O Século, Diário de Notícias e O Século Ilustrado, ao longo da década de 1960 e até 1974. Ela usou outras fontes, como indica no final do livro. O livro, no seu todo, resultou de trabalhos que lhe foram encomendados, em especial a consultoria histórica feita, a pedido da RTP, para a série Conta-me Como Foi. Mais recentemente, ouvi Helena Matos em trabalhos feitos para a Antena 1, onde ela comentava o quotidiano dos portugueses nos anos em volta de 1974, a propósito dos 40 anos de implantação do regime democrático no nosso país.

O título do livro, Os Filhos do Zip Zip, constitui uma referência a um programa de televisão famoso na época e que marcou uma espécie de transição ou, pelo menos, de anseio de mudança política. Esta, como sabemos, veio a fazer-se por via militar e não civil, embora abrisse caminho a uma vasta alteração na sociedade civil.

A obra Os Filhos do Zip Zip divide-se em seis partes, cada uma delas com título apelativo e que reflecte valores partilhados na época: adeus aldeia, nós por cá vamos andando, estranha forma de vida, os desejados, mundo de aventuras, conversas em família. E tem 23 capítulos, onde identifica problemas muito sentidos então: subúrbios, delitos, guerra colonial, Tempo Zip (o programa de televisão e de rádio), questões femininas, amor, rock'n'roll, juventude, notícias sobre mistérios, sangue na estrada, conversas em família de Caetano, "por motivos alheios à nossa vontade" (diapositivo mostrado quando o programa da RTP sofria alguma avaria), primavera marcelista.

Na sua biografia, Helena Matos é apresentada como antiga professora do ensino secundário e jornalista. Dessa dupla vertente de pedagoga e de construtora de notícias surge uma capacidade de expor os temas com vivacidade e mantendo uma narrativa atraente. De produtora de notícias, ela passou a analista de notícias; daí, o recurso sistemático à análise das notícias e ao seu enquadramento histórico, social e linguístico. Isso verifica-se logo na entrada do livro - "Maio de 1973: os eléctricos deixam de circular na Estrada da Luz e também em Benfica. A Casa das Gravatas vai dar lugar a um banco e no Rossio fecha o Hotel Francfort" (p. 16). Logo depois, salta (e explica) para um fenómeno então a ter uma grande expansão: o crescimento urbano para a periferia de Lisboa. Sem o explicitar no texto, ela ilustra essa expansão com um anúncio de J. Pimenta, então um construtor afamado e que ficou conhecido através do slogan "Pois, pois, Jota Pimenta", enunciado a significar que o problema da habitação estava resolvido com os seus empreendimentos.

O texto de Helena Matos tem de ser lido todo, para nos apercebermos das ironias, dos trocadilhos, das "coisas da vida" num país pequeno, pobre e silenciado. Basta atentar num dos cartunes publicados no livro (p. 48), retirado do Diário Popular, conversa entre o merceeiro e a cliente, com aquele a dizer: "É o que eu lhe digo, D. Rita: quando havia batatas, não havia bacalhau. Agora, que há bacalhau, não há batatas". Era o custo de vida. No Natal de 1973, foi difícil arranjar bacalhau. Suspeitava-se que havia insuficiências de distribuição ou especulação (p. 47). Numa altura assim, dizia-se que os preços estavam "pela hora da morte", exactamente o título do capítulo 3 da obra.

Da sua bibliografia, Helena Matos escreveu o livro Salazar, em dois volumes (A Construção do Mito; A Propaganda).

Leitura: Helena Matos (2013). Os Filhos do Zip Zip. Lisboa: A Esfera dos Livros, 359 páginas
publicado por industrias-culturais às 13:15
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Os filhos do Zip Zip

Helena Matos (1961-), para este livro, serviu-se de jornais e revistas da época, com destaque para o Diário Popular, jornal que dava muita atenção ao quotidiano, Diário de Lisboa, O Século, Diário de Notícias e O Século Ilustrado, ao longo da década de 1960 e até 1974. Ela usou outras fontes, como indica no final do livro. O livro, no seu todo, resultou de trabalhos que lhe foram encomendados, em especial a consultoria histórica feita, a pedido da RTP, para a série Conta-me Como Foi. Mais recentemente, ouvi Helena Matos em trabalhos feitos para a Antena 1, onde ela comentava o quotidiano dos portugueses nos anos em volta de 1974, a propósito dos 40 anos de implantação do regime democrático no nosso país.

O título do livro, Os Filhos do Zip Zip, constitui uma referência a um programa de televisão famoso na época e que marcou uma espécie de transição ou, pelo menos, de anseio de mudança política. Esta, como sabemos, veio a fazer-se por via militar e não civil, embora abrisse caminho a uma vasta alteração na sociedade civil.

A obra Os Filhos do Zip Zip divide-se em seis partes, cada uma delas com título apelativo e que reflecte valores partilhados na época: adeus aldeia, nós por cá vamos andando, estranha forma de vida, os desejados, mundo de aventuras, conversas em família. E tem 23 capítulos, onde identifica problemas muito sentidos então: subúrbios, delitos, guerra colonial, Tempo Zip (o programa de televisão e de rádio), questões femininas, amor, rock'n'roll, juventude, notícias sobre mistérios, sangue na estrada, conversas em família de Caetano, "por motivos alheios à nossa vontade" (diapositivo mostrado quando o programa da RTP sofria alguma avaria), primavera marcelista.

Na sua biografia, Helena Matos é apresentada como antiga professora do ensino secundário e jornalista. Dessa dupla vertente de pedagoga e de construtora de notícias surge uma capacidade de expor os temas com vivacidade e mantendo uma narrativa atraente. De produtora de notícias, ela passou a analista de notícias; daí, o recurso sistemático à análise das notícias e ao seu enquadramento histórico, social e linguístico. Isso verifica-se logo na entrada do livro - "Maio de 1973: os eléctricos deixam de circular na Estrada da Luz e também em Benfica. A Casa das Gravatas vai dar lugar a um banco e no Rossio fecha o Hotel Francfort" (p. 16). Logo depois, salta (e explica) para um fenómeno então a ter uma grande expansão: o crescimento urbano para a periferia de Lisboa. Sem o explicitar no texto, ela ilustra essa expansão com um anúncio de J. Pimenta, então um construtor afamado e que ficou conhecido através do slogan "Pois, pois, Jota Pimenta", enunciado a significar que o problema da habitação estava resolvido com os seus empreendimentos.

O texto de Helena Matos tem de ser lido todo, para nos apercebermos das ironias, dos trocadilhos, das "coisas da vida" num país pequeno, pobre e silenciado. Basta atentar num dos cartunes publicados no livro (p. 48), retirado do Diário Popular, conversa entre o merceeiro e a cliente, com aquele a dizer: "É o que eu lhe digo, D. Rita: quando havia batatas, não havia bacalhau. Agora, que há bacalhau, não há batatas". Era o custo de vida. No Natal de 1973, foi difícil arranjar bacalhau. Suspeitava-se que havia insuficiências de distribuição ou especulação (p. 47). Numa altura assim, dizia-se que os preços estavam "pela hora da morte", exactamente o título do capítulo 3 da obra.

Da sua bibliografia, Helena Matos escreveu o livro Salazar, em dois volumes (A Construção do Mito; A Propaganda).

Leitura: Helena Matos (2013). Os Filhos do Zip Zip. Lisboa: A Esfera dos Livros, 359 páginas
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Helena Matos (1961-), para este livro, serviu-se de jornais e revistas da época, com destaque para o Diário Popular, jornal que dava muita atenção ao quotidiano, Diário de Lisboa, O Século, Diário de Notícias e O Século Ilustrado, ao longo da década de 1960 e até 1974. Ela usou outras fontes, como indica no final do livro. O livro, no seu todo, resultou de trabalhos que lhe foram encomendados, em especial a consultoria histórica feita, a pedido da RTP, para a série Conta-me Como Foi. Mais recentemente, ouvi Helena Matos em trabalhos feitos para a Antena 1, onde ela comentava o quotidiano dos portugueses nos anos em volta de 1974, a propósito dos 40 anos de implantação do regime democrático no nosso país.

O título do livro, Os Filhos do Zip Zip, constitui uma referência a um programa de televisão famoso na época e que marcou uma espécie de transição ou, pelo menos, de anseio de mudança política. Esta, como sabemos, veio a fazer-se por via militar e não civil, embora abrisse caminho a uma vasta alteração na sociedade civil.

A obra Os Filhos do Zip Zip divide-se em seis partes, cada uma delas com título apelativo e que reflecte valores partilhados na época: adeus aldeia, nós por cá vamos andando, estranha forma de vida, os desejados, mundo de aventuras, conversas em família. E tem 23 capítulos, onde identifica problemas muito sentidos então: subúrbios, delitos, guerra colonial, Tempo Zip (o programa de televisão e de rádio), questões femininas, amor, rock'n'roll, juventude, notícias sobre mistérios, sangue na estrada, conversas em família de Caetano, "por motivos alheios à nossa vontade" (diapositivo mostrado quando o programa da RTP sofria alguma avaria), primavera marcelista.

Na sua biografia, Helena Matos é apresentada como antiga professora do ensino secundário e jornalista. Dessa dupla vertente de pedagoga e de construtora de notícias surge uma capacidade de expor os temas com vivacidade e mantendo uma narrativa atraente. De produtora de notícias, ela passou a analista de notícias; daí, o recurso sistemático à análise das notícias e ao seu enquadramento histórico, social e linguístico. Isso verifica-se logo na entrada do livro - "Maio de 1973: os eléctricos deixam de circular na Estrada da Luz e também em Benfica. A Casa das Gravatas vai dar lugar a um banco e no Rossio fecha o Hotel Francfort" (p. 16). Logo depois, salta (e explica) para um fenómeno então a ter uma grande expansão: o crescimento urbano para a periferia de Lisboa. Sem o explicitar no texto, ela ilustra essa expansão com um anúncio de J. Pimenta, então um construtor afamado e que ficou conhecido através do slogan "Pois, pois, Jota Pimenta", enunciado a significar que o problema da habitação estava resolvido com os seus empreendimentos.

O texto de Helena Matos tem de ser lido todo, para nos apercebermos das ironias, dos trocadilhos, das "coisas da vida" num país pequeno, pobre e silenciado. Basta atentar num dos cartunes publicados no livro (p. 48), retirado do Diário Popular, conversa entre o merceeiro e a cliente, com aquele a dizer: "É o que eu lhe digo, D. Rita: quando havia batatas, não havia bacalhau. Agora, que há bacalhau, não há batatas". Era o custo de vida. No Natal de 1973, foi difícil arranjar bacalhau. Suspeitava-se que havia insuficiências de distribuição ou especulação (p. 47). Numa altura assim, dizia-se que os preços estavam "pela hora da morte", exactamente o título do capítulo 3 da obra.

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Helena Matos (1961-), para este livro, serviu-se de jornais e revistas da época, com destaque para o Diário Popular, jornal que dava muita atenção ao quotidiano, Diário de Lisboa, O Século, Diário de Notícias e O Século Ilustrado, ao longo da década de 1960 e até 1974. Ela usou outras fontes, como indica no final do livro. O livro, no seu todo, resultou de trabalhos que lhe foram encomendados, em especial a consultoria histórica feita, a pedido da RTP, para a série Conta-me Como Foi. Mais recentemente, ouvi Helena Matos em trabalhos feitos para a Antena 1, onde ela comentava o quotidiano dos portugueses nos anos em volta de 1974, a propósito dos 40 anos de implantação do regime democrático no nosso país.

O título do livro, Os Filhos do Zip Zip, constitui uma referência a um programa de televisão famoso na época e que marcou uma espécie de transição ou, pelo menos, de anseio de mudança política. Esta, como sabemos, veio a fazer-se por via militar e não civil, embora abrisse caminho a uma vasta alteração na sociedade civil.

A obra Os Filhos do Zip Zip divide-se em seis partes, cada uma delas com título apelativo e que reflecte valores partilhados na época: adeus aldeia, nós por cá vamos andando, estranha forma de vida, os desejados, mundo de aventuras, conversas em família. E tem 23 capítulos, onde identifica problemas muito sentidos então: subúrbios, delitos, guerra colonial, Tempo Zip (o programa de televisão e de rádio), questões femininas, amor, rock'n'roll, juventude, notícias sobre mistérios, sangue na estrada, conversas em família de Caetano, "por motivos alheios à nossa vontade" (diapositivo mostrado quando o programa da RTP sofria alguma avaria), primavera marcelista.

Na sua biografia, Helena Matos é apresentada como antiga professora do ensino secundário e jornalista. Dessa dupla vertente de pedagoga e de construtora de notícias surge uma capacidade de expor os temas com vivacidade e mantendo uma narrativa atraente. De produtora de notícias, ela passou a analista de notícias; daí, o recurso sistemático à análise das notícias e ao seu enquadramento histórico, social e linguístico. Isso verifica-se logo na entrada do livro - "Maio de 1973: os eléctricos deixam de circular na Estrada da Luz e também em Benfica. A Casa das Gravatas vai dar lugar a um banco e no Rossio fecha o Hotel Francfort" (p. 16). Logo depois, salta (e explica) para um fenómeno então a ter uma grande expansão: o crescimento urbano para a periferia de Lisboa. Sem o explicitar no texto, ela ilustra essa expansão com um anúncio de J. Pimenta, então um construtor afamado e que ficou conhecido através do slogan "Pois, pois, Jota Pimenta", enunciado a significar que o problema da habitação estava resolvido com os seus empreendimentos.

O texto de Helena Matos tem de ser lido todo, para nos apercebermos das ironias, dos trocadilhos, das "coisas da vida" num país pequeno, pobre e silenciado. Basta atentar num dos cartunes publicados no livro (p. 48), retirado do Diário Popular, conversa entre o merceeiro e a cliente, com aquele a dizer: "É o que eu lhe digo, D. Rita: quando havia batatas, não havia bacalhau. Agora, que há bacalhau, não há batatas". Era o custo de vida. No Natal de 1973, foi difícil arranjar bacalhau. Suspeitava-se que havia insuficiências de distribuição ou especulação (p. 47). Numa altura assim, dizia-se que os preços estavam "pela hora da morte", exactamente o título do capítulo 3 da obra.

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Quinta-feira, 24 de Abril de 2014

Mural na avenida de Berna (Lisboa)

Retiro algumas informações do texto de Marisa Soares no Público de 13 de Abril último: a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, na avenida de Berna, lançou o repto a grafitters da galeria Underdogs (Frederico Draw, Gonçalo Ribeiro Mar, Diogo Machado Add Fuel e Miguel Januário) para pintarem uma parede daquele espaço de ensino.

No meio do espaço, a figura de Salgueiro Maia, um dos heróis de 25 de Abril de 1974, a partir de uma fotografia de Alfredo Cunha. O blogueiro passou no local quando os grafitters estavam a começar o seu trabalho.


publicado por industrias-culturais às 09:29
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Retiro algumas informações do texto de Marisa Soares no Público de 13 de Abril último: a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, na avenida de Berna, lançou o repto a grafitters da galeria Underdogs (Frederico Draw, Gonçalo Ribeiro Mar, Diogo Machado Add Fuel e Miguel Januário) para pintarem uma parede daquele espaço de ensino.

No meio do espaço, a figura de Salgueiro Maia, um dos heróis de 25 de Abril de 1974, a partir de uma fotografia de Alfredo Cunha. O blogueiro passou no local quando os grafitters estavam a começar o seu trabalho.


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Retiro algumas informações do texto de Marisa Soares no Público de 13 de Abril último: a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, na avenida de Berna, lançou o repto a grafitters da galeria Underdogs (Frederico Draw, Gonçalo Ribeiro Mar, Diogo Machado Add Fuel e Miguel Januário) para pintarem uma parede daquele espaço de ensino.

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Retiro algumas informações do texto de Marisa Soares no Público de 13 de Abril último: a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, na avenida de Berna, lançou o repto a grafitters da galeria Underdogs (Frederico Draw, Gonçalo Ribeiro Mar, Diogo Machado Add Fuel e Miguel Januário) para pintarem uma parede daquele espaço de ensino.

No meio do espaço, a figura de Salgueiro Maia, um dos heróis de 25 de Abril de 1974, a partir de uma fotografia de Alfredo Cunha. O blogueiro passou no local quando os grafitters estavam a começar o seu trabalho.


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