Sexta-feira, 28 de Agosto de 2009

A VIDA DO QUEIJO LIMIANO

Na segunda-feira passada, dia 24, o jornal Público editou uma peça sobre os cinquenta anos do queijo Limiano (texto de Sara Dias Oliveira; infografia de Joaquim Guerreiro).

O texto começa assim:

  • Há mais de duas décadas que o Limiano é o queijo flamengo mais vendido em Portugal. Chamaram-lhe propositadamente "o feio" pelo seu aspecto tosco e ainda hoje é embalado à mão bola a bola. A receita, seguida à risca há meio século, foi criada por uma dupla de profissionais na arte de fazer queijo na fábrica Lacto Lima, em Ponte de Lima. A cada passo, o Limiano reafirma a sua posição de líder: acaba de ser eleito Sabor do Ano 2009 na categoria de queijo flamengo, pela segunda vez consecutiva, e de conquistar o prémio Superbrand pelo quarto ano sem interrupções.

Continua mais à frente:

  • O flamengo ocupa 40 por cento do mercado de queijo no nosso país. O Limiano detém 19 por cento da quota do flamengo, seguido do Terra Nostra, fabricado nos Açores pela mesma empresa, com 18 por cento. A Agros ocupa a terceira posição.


O produto da fábrica Lacto Lima, em Ponte de Lima foi comprado, em 1996, pelo grupo francês Bel (51%), e detido a 100% pelo mesmo grupo em 2004. Em 1999, passava a ser produzido em Vale de Cambra. A Bel Portugal comercializa ainda os queijos Terra Nostra, A Vaca Que Ri, Pastor, Loreto. A sua facturação atingiu cerca de € 120 milhões em 2008.

Além da história da marca de queijos, interessa-me o cartaz. A rapariga que aparece tem um penteado que nos leva ao tempo da criação do queijo. Lembra-nos as vedetas de cinema de finais da década de 1950, antes da ruptura estética da pop - e as fotos das nossas mães ou irmãs nesse tempo.

A rapariga está muito maquilhada, o que nos leva a querer saber a sua idade: 20 anos? Ou já fez 30 anos? É, simultaneamente, jovem e madura, pelo estilo clássico de roupa que veste. E também atraente e ingénua, olhando para nós com um sorriso que mistura coqueteria e franqueza.

Estas qualidades associam "genuinamente", como diz a publicidade, rapariga e queijo. Ele próprio artesanal, logo ingénuo num tempo de automatismos, feio e deselegante mas com qualidades: O masculino (o queijo) combina com uma mulher bonita, certamente com actividade profissional mas atenta às coisas da casa, numa época em que a mulher se emancipava da servidão do lar, oposição de géneros que resulta numa confluência, numa fusão - "sempre juntos".
publicado por industrias-culturais às 08:19
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