Sexta-feira, 31 de Julho de 2015

Le Corbusier


Charles-Édouard Jeanneret, mais conhecido por Le Corbusier (1887), começou por se dedicar à relojoaria mas orientou-se depois para a arquitetura. Ele formou-se junto dos grandes arquitetos da época, como Hoffman, Pierret e Behrens, e viajou muito pela Europa. Mas a exposição no Centre Pompidou, em Paris, revela um igualmente talentoso pintor.

Sem qualquer intenção de o biografar, destaco alguns momentos da sua atividade: purismo, espírito novo, figuração dos corpos, equipamentos domésticos, modulor, unidades de habitação, período acústico, ressonância espiritual e cidade humanista.
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Quinta-feira, 30 de Julho de 2015

A Altice os media franceses


Patrick Drahi, o dono da Altice (que comprou a Portugal Telecom este ano), adquiriu um conjunto importante de meios de comunicação. No pacote, incluem-se Libération, L'Express e Stratégies. Agora, de acordo com o Le Monde, de 28 de julho, fez uma aliança com a NextRadio TV, de Alain Well, para comprar a BMFTV e a RMC, um grupo de media também importante no panorama francês. Uma oferta de ações no total de 600 milhões de euros. O jornal francês fala de uma cascata de holdings, de que Drahi é especialista.
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Quarta-feira, 29 de Julho de 2015

Magritte

O museu Magritte existe no local desde 2009. Lembro-me de o ter visitado noutro edifício há muito tempo. Está muito pedagógico e com um percurso ideal para se compreender a sua obra. René Magritte é um dos pintores que mais gosto. Não conhecia, contudo, o seu impacto como pintor de cartazes. A sua obra divide-se em três períodos principais: 1) 1898-1929, período desconstrutivista e primeiras obras surrealistas, 2) 1930-1950, trabalho de publicidade, aproximação ao partido comunista, pleno surrealismo, 3) 1951-1967, trabalho de repetição de grandes imagens como Empire des Lumières e Domain d'Arnheim [quadro de Francis Picabia em fundo].

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Terça-feira, 28 de Julho de 2015

Rádio em Portugal e no Brasil: trajetória e cenários

Foi publicado hoje o livro Rádio em Portugal e no Brasil: trajetória e cenários, na versão eletrónica (http://www.lasics.uminho.pt/ojs/index.php/cecs_ebooks/issue/view/179). É uma alegria ter um capítulo nesse livro, organizado por Madalena Oliveira e Nair Prata (agradeço à Madalena o convite para escrever no volume). O título do meu capítulo é História da rádio em Portugal: dos pioneiros à rádio nova (1924-1974).


No começo da nota de apresentação do livro, as duas organizadoras escreveram: "Comparativamente com outras áreas de conhecimento, os Estudos de Rádio e de Som têm, a nível mundial, uma tradição relativamente menor e mais discreta no quadro das Ciências da Comunicação. Embora as linguagens sonoras sejam até anteriores à comunicação visual, a consolidação dos chamados communication studies está muito mais ligada ao interesse despertado pelos suportes visuais que se expandiram ao longo do século XX do que ao interesse pelos meios de natureza exclusivamente acústica. Vários fatores poderão explicar, do ponto de vista histórico, este deficit de atenção dos investigadores pela comunicação sonora. A emergência da Comunicação como disciplina universitária é mais ou menos contemporânea do aparecimento da televisão. Por isso, o fascínio pela imagem em movimento, que já se conhecia desde o cinema, sobrepôs-se, logo no início da delimitação do campo da Comunicação, a qualquer outra forma de linguagem. Com uma presença sólida, mas menos eufórica do que a televisão, a rádio foi rapidamente negligenciada como meio num contexto de céleres transformações tecnológicas. Tornou-se quase invisível em termos académicos, embora nunca esquecida em absoluto".
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Segunda-feira, 27 de Julho de 2015

Ouvir a TSF Jazz, andar, visitar museus

Das práticas culturais, ouvir rádio e visitar museus são duas boas atividades. Um museu de pintura exige conhecimento ou vontade de aprendizagem. As obras expõem-se e precisam de códigos interpretativos e gente que discuta e troque saberes. Utensílios suplementares são os aparelhos em várias línguas que nos guiam pelas obras. Outra ajuda são os folhetos que distribuem à entrada da visita. Fenómeno mais recente é a fotografia (selfie) junto da obra, uma nova espécie de kitsch. Há museus que proíbem, há museus que se mostram permissivos nas suas obras de exposição permanente, mantendo as restrições quando elas estão em exposição temporária e pertencem a outras instituições. Mas as fotografias que fazemos são alguma vez utilizadas? Não começa a haver um excesso de imagens? Como as classificamos e como as partilhamos?



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Domingo, 26 de Julho de 2015

Mona Hatoum

Mona Hatoum nasceu em 1952 no Líbano, filha de pais palestinianos. Quando a guerra civil rebentou no seu país, ela estava em Londres, não podendo regressar. Matriculou-se numa escola de arte em Londres, tendo adquirido a nacionalidade inglesa. Desde 2003, divide o seu tempo entre Londres e Berlim.Agora, uma exposição completa das sua obras, nomeadamente instalações desde o final da década de 1970, está presente no Centre Pompidou. Ela atraiu inicialmente pelas suas performances e trabalhos em vídeo com uma expressão assente em motivações sociais e políticas. Depois, começou a trabalhar em esculturas e grandes instalações. A sua obra articula-se entre minimalismo, arte cinestésica e conceptual com o surrealismo.
 
 
 


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Sábado, 25 de Julho de 2015

Museu da contrafação

O Museu da Contrafação (Muséee de Contrefaction) é, essencialmente, um espaço de compreensão do modo como o falso põe em perigo a economia, a segurança e a saúde. Sem ser um museu espetacular, ele tem uma mostra de mais de 500 produtos manufaturados que são falsificados em todo o mundo, grande parte dele situado na Ásia. A maioria dos produtos contrafeitos provém da alfândega francesa.

Medicamentos, roupa, cigarros, bebidas, cosméticos, calçado, relógios, artigos de desporto e CD e DVD são das principais áreas de fabrico de contrafação. O museu chama a atenção para a necessidade de manter os direitos intelectuais, as marcas, os modelos e o investimento na inovação. A contrafação representa 5 a 10% do comércio mundial, o que conduz a uma perda de 300 milhões de euros ao ano e cem mil empregos suprimidos na Europa.


O museu, situado na réu de la Faisanderie, 16, em Paris, tem uma particularidade: toca-se à campainha para entrar. A contrafação é mais descarada - não se anuncia.

Adenda a 27 de julho (a partir da leitura do Diário de Notícias): "Estudo europeu sobre contrafação no vestuário, calçado e acessórios estima que o fenómeno valha 10% das vendas totais do setor. E leva à perda de 25 mil postos de trabalho. A venda de roupa, sapatos e acessórios falsificados rouba 452 milhões de euros a Portugal, mais de 10% das vendas totais. E faz perder 18 mil empregos. Os números são ainda mais negros se considerados os efeitos indiretos: prejuízos de 992 milhões e 25 mil postos de trabalho perdidos".
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Quarta-feira, 22 de Julho de 2015

Pocilga

Há um jogo inicial de palavras, trocando a ordem de duas letras: corpos e porcos. Ambos são objeto de prazer - os corpos feitos para amar, os porcos para comer. Mas a peça de Pier Paolo Pasolini (1922-1975) é muito mais complexa do que isso, o que provoca o riso, por vezes, e a preocupação, noutras. Pocilga, já tornado filme pelo autor, conta a história de Julian, um rapaz que oculta a sua linha sexual, afastando-se da rapariga que o ama e não compreende o seu comportamento, escondendo-se junto aos porcos. Estes acabam por comer aquele, sem que os camponeses, habitantes para além da horta, tenham tido tempo para socorrer o rapaz. O pai deste era um homem com poder, um industrial com aspirações políticas, com um adversário igualmente poderoso e também industrial, que procura esmagá-lo com a sua capacidade intelectual e económica. Este último tinha um passado nazi e pode ser denunciado. Ida, a rapariga que se apaixonara por Julian, participaria numa manifestação alemã pela paz em Berlim e acabaria a casar-se com um reformista.

Subtil é o jogo conversacional de Julian com o filósofo Espinosa na pocilga. Em fundo, a situação política alemã da época, onde se conciliavam o passado nazi e a burguesia no poder, (o texto foi escrito em 1966). Pergunta Julian se o recém-chegado à pocilga é o novo médico, ao que o interpelado responde ser Espinosa, o que causa muito espanto no jovem.

John Romão foi tradutor e encenador da peça, com música de José Álvaro Correia e figurinos de Carolina Queirós Machado. Na interpretação, destaco Ana Bustorff, João Lagarto, Albano Jerónimo e Mariana Tengner Barros.
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Terça-feira, 21 de Julho de 2015

O táxi de Jafar Panahi

O dissidente iraniano Jafar Panahi (1960-) ganhou o Urso de Ouro da Berlinale, o festival de cinema de Berlim, com Taxi. Dias antes, o mesmo filme recebera o prémio Fipresci (Federação Internacional de Críticos de Cinema).

O filme conta a história de um taxista que monta dissimulada uma câmara de filmar e segue as conversas dos seus clientes. Nunca vimos a ação senão dentro do táxi. É como se estivéssemos presos dentro de uma caixa. Aliás, Panahi não pode sair do Irão para receber o prémio mas a própria sobrinha, que entra no filme como sobrinha. Para o júri do festival de Berlim, o realizador criou "uma carta de amor ao cinema".Se as primeiras personagens do filme revelam pessoas comuns com problemas aparentemente vulgares, há um crescendo de densidade, visível no diálogo entre o "profissional" de assaltos (à falta de uma melhor definição minha) e a professora, com o primeiro a acusar a segunda de não usar o véu a tapar o cabelo. A entrada da "senhora das flores", uma advogada que ia ficar sem carteira profissional por defender dissidentes, enquadra melhor a história. Com dissidências e muitas prisões.

Curiosamente, aquilo que é proibido - filmar livremente - aparece de modo intenso na vontade de um estudante querer seguir cinema e da jovem sobrinha preparar na escola um filme "distribuível", passando o tempo todo a usar uma máquina de fotografia e imagem em movimento. Também outra personagem forte do filme é vendedor de cópias pirateadas de filmes proibidos de exibição no país e comenta que o realizador estava a filmar usando atores e atrizes para figurarem no filme. No final, dois homens saem de uma motocicleta e arrombam o carro de Panahi, roubando a câmara de filmar. O ecrã fica totalmente escuro.


Retiro do jornal Público a informação seguinte: Taxi é a "continuação da série de «filmes escondidos» do iraniano, que começou com This Is Not a Film e Behind the Curtain. São filmes realizados depois de Panahi ter sido preso em 2010 e proibido de trabalhar (ou viajar) durante 20 anos por alegadamente fazer «filmes críticos do regime»". Em 2009, Panahi apoiou o candidato Mir Hussein Mussav à presidência da República. Cineastas como Martin Scorsese, Steven Spielberg, Oliver Stone, Steven Soderbergh, Paul Thomas Anderson, Joel Coen e Ethan Coen e Francis Ford Coppola, atores como Robert De Niro, Robert Redford, Brian Cox, Pierre Richard e Mehdi Hashemi e atrizes como Isabelle Huppert e Anouk Aimée e instituições como a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch condenaram a prisão do cineasta e a proibição de sair do país, sem que se conheçam as razões da sua condenação.
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Audiências de rádio

Os resultados divulgados pela Marktest (Bareme Rádio) relativos à terceira vaga de 2015 (junho) mostram que a Rádio Comercial (Grupo Media Capital Rádios) teve um reach semanal de 32,7%, uma audiência acumulada de véspera de 17,3% e 26,5% de share de audiência, seguidas da RFM (Grupo r/com), com valores de 32,8%, 15,5% e 21,4%, e da Rádio Renascença, com valores de 14,9%, 5,7% e 7,9%. Por Grupos de estações, o Grupo Media Capital Rádios assegurou 37,3% de share de audiência, as do Grupo r/com 33,2%, as do Grupo RTP 8,7% e a TSF 3,7%.
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