Terça-feira, 19 de Maio de 2015

Museu Nacional Ferroviário

Inaugurou ontem no Entroncamento o projeto expositivo coletivo coordenado pela P28 com a participação de Paulo Mendes, Pedro Cabral Santo, Sandro Resende e Susana Anágua. Trabalho Património Social em Manutenção Permanente Século XX – 2015. Impressão em lona de uma imagem composta a partir de uma fotografia original de António Pedro Ferreira de 1982 (fonte: www.paulomendes.org).



publicado por industrias-culturais às 09:20
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Segunda-feira, 18 de Maio de 2015

Aldeias históricas

António Ferro criou um concurso da aldeia mais portuguesa de Portugal, em 1938, ganhando Monsanto. A ideia era desenvolver nos portugueses o culto pela tradição. Margarida Acciaiuoli, no seu livro sobre António Ferro. A Vertigem da Palavra (2013: 215) indica que as condições para o concurso implicavam "a conservação das suas características na habitação, no mobiliário e alfaias domésticas, no trajo, nas artes e nas indústrias populares, nas formas de comércio", na preservação da poesia, dos contos, da música, do teatro e das festas. Monsanto venceu, sem unanimidade, face a Orada, Alte e Azinhaga, no Alentejo. Continua Acciaiuoli (2013: 216): "A surpresa de alguns manifesta-se, a iniciativa é criticada, e António Ferro apressa-se então a elucidar os objetivos que tinham presidido a essa sua realização".

Ferro, o intelectual orgânico do Estado Novo, apresentaria Monsanto como "a imagem empolgante da nossa pobreza honrada e limpa" (Acciaiuoli, 2013: 217). O concurso não se repetiu e ficou na memória psicológica a ideia da aldeia mais portuguesa de Portugal aplicada aquela aldeia de Idanha-a-Nova. Hoje, ela faz parte do lote de aldeias históricas, algumas recuperadas recentemente como Castelo Novo (Fundão), parcialmente na segunda fotografia.

 
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Domingo, 17 de Maio de 2015

Rio Tejo


Vila Velha de Ródão, ao sul do distrito de Castelo Branco.
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Notícias do CIMJ



Ontem, na minha caixa de correio, vi esta imagem e um comentário sobre o fim do CIMJ (Centro de Investigação Media e Jornalismo), instituição fundada em finais de 1997 por Nelson Traquina e outros investigadores de ciências da comunicação e do jornalismo. Depois, veio uma mensagem mais tranquila. O CIMJ acabou enquanto modelo autónomo como existia no começo mas associou-se a outras unidades das universidades (Nova de Lisboa, Porto, Aveiro, Lusófona), formando um centro de maior massa crítica em termos de investigadores. O CIMJ, que dá o nome a uma linha de investigação no seio desse consórcio, tem três projetos em curso até final do ano e seis outros aguardam resultado do recente concurso da FCT.

Atualização (19.5.2015). Registo aqui um dos comentários no Facebook, escrito por Teresa Mendes Flores, sobre a nova vida do CIMJ: "Eu não sou fundadora, mas foi com muito orgulho que participei neste centro com uma dinâmica tão especial, com um espírito aberto e colegial, integrador das pessoas - sem olhar a hierarquias e proveniências - e a olhar para as mais valias que cada um e cada uma pudessem trazer. Sonho que se consiga continuar este espírito no novo centro".
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Sábado, 16 de Maio de 2015

Troya Naos no Fundão


Para a companhia EOS Theatron, Troya Naos é "uma revisão contemporânea dessa epopeia vista pelos olhos de quem mais a sofreu, as esposas, as filhas, as mães. Uma montagem de dança e teatro que pretende ser um apelo da vida contra a ausência de razão e a loucura da destruição, da morte". Na realidade, a peça articula de um modo singular a representação, a dança, a luz e a música, um espetáculo quase total. Os adereços teem uma importância vital na representação: a estrutura metálica é casa, prisão, navio, ponto alto onde se fala e escuta, porta de entrada e saída, escada; os panos servem para vestir, vela de navio, esconderijo, simples elemento estético a voar no espaço. O único reparo foi a colocação da voz de alguns dos atores, em palco que não tiveram tempo de conhecer e com representação em castelhano.

Dirigida por Maru Bernal, a peça de Eurípides agora exibida no Fundão contou com os atores Cesar Marañón (Ulisses), María Rodríguez (Briseida), Adrián Moreno (Heitor), Hugo Villegas (Aquiles), María Canel (Penélope), Carlota Díaz (Andrómaca), Sonia Rábago (Andrómaca), Ana Fernández (Climnestra) e Maru Bernal (Helena). A companhia tem sede em Cabezón de la Sal, na comunidade autónoma de Cantabria (Espanha).

Ver a apresentação da peça aqui.
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publicado por industrias-culturais às 23:21
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Sexta-feira, 15 de Maio de 2015

Concerto coral sinfónico na Covilhã

Foi hoje à noite, na igreja de S. Tiago, que o Coro do Orfeão da Covilhã, a fazer 90 anos de atividade, e a Orquestra Sinfónica da Escola Profissional de Artes da Covilhã cantaram e tocaram Händel, Bortniansky, Morricone, Fauré, Mozart, Vivaldi, Schubert e Verdi. A direção musical do coro cabe a Paulo Serra e a direção musical da orquestra cabe a Rogério Peixinho.

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Quinta-feira, 14 de Maio de 2015

Cultura pública em Castelo Branco

O Museu Cargaleiro, nome do popular artista plástico, em Castelo Branco, é constituído por dois edifícios próximos. Um, o Solar dos Cavaleiros, palacete do séc.XVIII, outro, um edifício contemporâneo, muito perto da Praça de Camões, mais conhecida como Praça Velha. Além de louças utilitárias do século XIX oriundas da zona de Sevilha e dos trabalhadores sazonais oriundos da Beira Baixa, que se deslocavam para o Alentejo com roupas e utensílios domésticos, os ratinhos, o mais importante da coleção do museu são as obras do mestre Cargaleiro e peças contemporâneas de cerâmica, feitas por artistas internacionais, numa soma de bom gosto e qualidade.

 
O Centro Cultural de Castelo Branco, equipamento cultural inaugurado em 2013, está em edifício da autoria do arquiteto catalão Josep Lluis Mateo, numa colaboração com o arquitcto português Carlos Reis de Figueiredo. Fica no Campo Mártires da Pátria, no centro da cidade, perto do Cine-Teatro Avenida e da Biblioteca Municipal.Possui um excelente auditório e tem exposições temporárias. A atual chama-se Everywhere is the same sky - Uma perspetiva de paisagem na coleção Norlinda e José Lima, com 50 artistas nacionais e estrangeiros: pintura a óleo, desenho, fotografia, vídeo, técnicas mistas.
 


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Quarta-feira, 13 de Maio de 2015

Os Mata-Ratos e o punk

No Diário de Lisboa de 31 de dezembro de 1984, era publicado um texto assinado por Rui Eduardo Paes sobre o punk e um festival musical em finais desse ano. O autor carregou forte nas palavras: "A assistência, um «naipe» de cristas ou cabelos ouriçados, com sebo, blusões pregados, jeans rasgadas, cervejas e escarros. Móbil da ocasião: acusar a hipocrisia presente na atual quadra festiva em que uns engolem o bacalhau e as filhoses lamentando entre garfadas ou trincadelas a miséria dos que têm salários em atraso ou já nem sequer têm emprego". Os punks, para Rui Eduardo Paes, estavam já enredados na apologia da destruição de tudo, da afirmação pela negativa".

O texto do Lisboa veio à baila após a leitura do livro de Paulo Lemos, Vida Suburbana, este ano editado pela Associação Cultural Burra de Milho. O livro, como já aqui escrevi, resultante da sua tese de mestrado na Universidade de Coimbra, trabalha o movimento punk (contexto da música popular urbana, semelhança de ideais políticos com o surrealismo, grafismo, fanzines e elementos e símbolos de identificação do movimento), enquadramento histórico desde a década de 1970 e sub-estilos, movimento punk em Portugal e caso dos Mata-Ratos. Durante anos, Paulo Lemos fez parte da banda punk açoriana Resposta Simples.

Como declaração inicial, eu não gosto da sonoridade dos Mata-Ratos, mas estou atento às mensagens contidas nas letras cantadas por Miguel Newton, aliás, co-orientador da tese de Paulo Lemos, e com um interessante prefácio no livro. A tese contou ainda com a orientação de Paulo Estudante. Embora o movimento punk tenha diversas raízes musicais na sua origem, ele soube desenvolver a sua própria identidade (p. 129), com os seus elementos e fãs a serem vistos como desestabilizadores sociais, visto no recorte de jornal acima, e que os conduziu a uma subcultura com um comportamento próprio. O autor identifica bandas como Crise Total, Kú de Judas, Mata-Ratos, Grito Final (todas de Lisboa), Cães Vadios (Porto), Bastardos do Cardeal (Viseu) e Cagalhões (Aveiro), com concertos em pequenos espaços e circuitos especiais.

Os media tiveram importância na promoção do punk, em especial em programas de rádio de António Sérgio e Luís Filipe Barros (p. 131). Se na década de 1980, as bandas divulgaram o seu trabalho através de auto-promoção dos espetáculos musicais e gravações em maqueta, na década seguinte surgiram editoras independentes e que possibilitaram a consolidação desta tribo na cena musical e cultural do país.

Leitura: Paulo Lemos (2015). Vida Suburbana. Terceira: Associação Cultural Burra de Milho, 148 páginas, 7,42 euros
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Terça-feira, 12 de Maio de 2015

O punk pelas suas próprias palavras

As Palavras do Punk. Uma Viagem Fora dos Trilhos pelo Portugal Contemporâneo, de Augusto Santos Silva e Paula Guerra, é um guia da música e da expressão do punk. Dividido em três partes (primeiras palavras, palavras seguintes, últimas palavras) e 16 capítulos, o livro insere-se na investigação KISMIF (Keep it simple, make it fast), que engloba investigadores das Faculdades de Economia e de Letras da Universidade do Porto, em parceria com duas outras universidades (Griffith e Lleida).

Os autores começam por identificar o punk como uma forma musical, entroncada no grande universo do rock'n'roll, a partir da segunda metade da década de 1970 (p. 7). Inovação, dissidência e lógica do faça você mesmo (do it yourself) são marcas iniciais apontadas pelos dois sociólogos, num livro baseado na análise das letras das músicas das bandas portuguesas e nas entrevistas a protagonistas no activo ou já retirados, num total de 214, buscando saber o que querem dizer os punks (discursos dos actores e das suas criações). A investigação em curso identificou já 788 bandas, 1429 registos e 177 edições de fanzines (p. 26). Logo, três abordagens: documental, recolha de testemunhos, observação de contextos (editoras, espaços de concerto, referências nos media, escolas e bairros, numa observação da cena punk nacional).

As primeiras bandas seriam Faíscas, Aqui d'el-Rock, Minas & Armadilhas, Xutos & Pontapés, UHF e Raios e Coriscos, a que se seguiriam, já no começo da década de 1980, Mata-Ratos, Kú de Judas, Grito Final e Crise Total. Uma banda marcante do punk nacional seria a dos Censurados, com a figura de João Ribas, já desaparecido. Um radialista muito importante na divulgação dos sons do punk foi António Sérgio (Rádio Comercial).

Se o punk é um passo na evolução do rock, enquanto condição histórica na linha de desconstrução da cultura urbana (p. 219), ele tornou-se um paradigma produtivo e organizacional (p. 221), com destaque para ocupações de casas e acções de provocação, uma conformação de campo, com traços plurais e diversificados (p. 222), e a convergência para um padrão de avaliação e posicionamento no tempo social.

O livro é muito mais do que isto e eu não pretendo fazer aqui uma recensão crítica mas tão só dar conhecimento da edição de um livro bem escrito, com muito material empírico e uma análise séria.

Leitura: Augusto Santos Silva e Paula Guerra (2015). As Palavras do Punk. Uma Viagem Fora dos Trilhos pelo Portugal Contemporâneo. Lisboa: Alêtheia Editores, 259 p., 16,50 euros
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Domingo, 10 de Maio de 2015

Novos dirigentes da SOCOM

Ontem, foi eleita a nova equipa directiva da SOPCOM. Os sócios presentes na Assembleia Geral votaram unanimemente na lista apresentada por Paulo Serra, professor catedrático da Universidade da Beira Interior (informação veiculada pela própria SOPCOM).

Assembleia Geral:
Presidente: Tito Cardoso e Cunha [Universidade da Beira Interior]
Vice-presidente: Gustavo Cardoso [ISCTE]
Secretário: Jorge Veríssimo [Escola Superior de Comunicação Social]

Direcção:
Presidente: Joaquim Paulo Serra [Universidade da Beira Interior]
Vice-Presidente: Madalena Oliveira [Universidade do Minho]
Vice-Presidente: José Gomes Pinto [Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias de Lisboa]
Secretária-Geral: Gisela Gonçalves [Universidade da Beira Interior]
Tesoureiro: Nuno Moutinho [Universidade do Porto]
Vogal: Carlos Camponez [Universidade de Coimbra]
Vogal: Filipa Subtil [Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa]

Conselho Fiscal:
Presidente: Jorge Pedro Sousa [Universidade Fernando Pessoa]
Vice-Presidente: Rogério Santos [Universidade Católica Portuguesa]
Secretária: Fernanda Ribeiro [Universidade do Porto]
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