Terça-feira, 24 de Fevereiro de 2015

Indústrias criativas em Viana do Castelo


Jornal de Notícias, 24 de Fevereiro de 2015
publicado por industrias-culturais às 09:31
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Segunda-feira, 23 de Fevereiro de 2015

Óscares

A atribuição dos 87ª edição dos Óscares de cinema na última noite em Hollywood deu quatro troféus a Birdman (A Inesperada Virtude da Ignorância), do mexicano Alejandro González Iñarritu, e Grand Budapest Hotel, de Wes Anderson. Mas aquele recebeu os prémios de Melhor Filme e Melhor Realizador, ao passo que Grand Budapest Hotel teve prémios nas categorias técnicas. Julianne Moore recebeu o Óscar de Melhor Actriz com O Meu Nome é Alice e Patricia Arquette e J. K. Simmonsnas categorias de actriz e actor secundários. Os filmes perdedores da noite foram O Jogo da Imitação de Morten Tyldum, Boyhood – Momentos de uma Vida de Richard Linklater e Sniper Americano de Clint Eastwood.
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publicado por industrias-culturais às 09:17
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Sábado, 21 de Fevereiro de 2015

Sol de inverno

Os homens, já velhos, conversavam na paragem de autocarro na praça Bernardim Ribeiro (Torrão). Mais ao lado, outros homens bebiam cerveja. O sol estava a fugir e o vento arisco ameaçava baixar rapidamente a temperatura. Na rádio, ouvia-se ir haver um acentuado arrefecimento noturno. Por isso, as portas das casas estavam fechadas e pouca gente se via na rua. O relógio da igreja da praça marcava cinco horas da tarde.


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publicado por industrias-culturais às 19:01
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Sexta-feira, 20 de Fevereiro de 2015

Rever a história da rádio

E se eu atrasasse o começo da história da rádio em Portugal para 1923 (e não 1924) e o começo das emissões regulares da Emissora Nacional para bastantes meses antes de Agosto de 1935? Não seria mais confortável para a ideia de modernidade tecnológica da rádio no país? O artigo do Diário de Notícias de 27 de Fevereiro de 1929 refere que CT1AA começou a emitir experimentalmente em 1923, um documento (cópia) indica que CT1AB começou a experimentar emissões de rádio em 1924. A programação da Emissora Nacional de 22 de Março de 1935 parece-me muito bem alinhada com dois períodos de emissão (à hora de almoço e ao fim da tarde e noite), como se lê ainda no Diário de Notícias de 21 de Janeiro de 1935. Já a transmissão de jogos de futebol parece também alicerçada em 1935 (Diário de Notícias de 6 de Janeiro de 1935).

Do programa da Emissora Nacional, destaco os noticiários às 12:35, 20:30 e 22:30, a cotação da Bolsa de Lisboa, a informação meteorológica e o sinal horário (21:30). Seis períodos de música em discos e igual número de períodos de música em directo com as orquestras da estação relevavam o equilíbrio musical entre gravação e ao vivo, tendência que iria pender para o primeiro tipo de música. O director era ainda António Joyce, antes da nomeação de Henrique Galvão. Mozart, Granados, Verdi, Mendelssohn, Massenet, Strauss, Brahms, Beethoven (em disco) e Leoncavallo seriam compositores interpretados nesse dia. Se a música séria (ou clássica) tinha identificação, o mesmo não acontecia com a música de discos, então ainda com menos dignidade. Quanto a CT1GL (Rádio Clube Português), a emitir ao fim da tarde e noite, mantinha uma forte programação de música clássica, em especial a tocada pelo quarteto da estação. Um noticiário e música ligeira (de baile) eram outros elementos constituintes da sua programação. Esta tornar-se-ia mais popular poucos anos depois, ao passo que a Emissora Nacional começaria em 1948 a ter desdobramento de programas de música ligeira e música clássica.







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publicado por industrias-culturais às 23:28
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Terça-feira, 17 de Fevereiro de 2015

Indústrias criativas - um apontamento


Segundo o DMCS (Department for Communication, Media and Sports, Reino Unido), indústrias criativas são as indústrias que têm origem na criatividade, competências e talento individuais com potencial para criar riqueza e emprego através da geração e exploração da propriedade intelectual. O conceito nasceu na Austrália e no Reino Unido no final da década de 1990. Engloba actividades como cinema, televisão, fonografia, videojogos, imprensa, teatro, software de entretenimento, festivais, publicidade, museus e património cultural. Para Rosamund Davies e Gauti Sigthorsson (Introducing the Creative Industries, 2013), as indústrias criativas compõem-se de três características: criatividade humana, veículos de mensagens simbólicas e propriedade intelectual. Se, em alguns países, as indústrias do audiovisual são fortes, noutros países elas ligam-se ao património cultural, ao turismo e acesso a locais de beleza natural ou habitat de animais.

Escaroupim, perto de Salvaterra de Magos e junto ao rio Tejo, é uma aldeia conhecida pelas casas dos avieiros (pescadores oriundos de Vieira de Leiria) e pelas colónias de garças, que se podem observar na primavera.
publicado por industrias-culturais às 19:00
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Segunda-feira, 16 de Fevereiro de 2015

Ainda bem que me pergunta - a minha homenagem a Daniel Ricardo


Tinha 73 anos, exercia ainda funções de editor executivo do gabinete editorial da Visão, revista de que foi fundador.No começo da década de 1960, frequentou até ao quarto ano a Faculdade de Direito de Lisboa, onde foi dirigente da Associação de Estudantes. Para o jornalismo, entrou em 1968, no vespertino A Capital, onde cedo chegou a a funções de chefia. Trabalhou ainda nas seguintes publicações e jornais: Flama, O Século Ilustrado, Diário de Notícias, O Diário, Sete e O Jornal. Militante do Partido Comunista, pertenceu aos corpos gerentes do Sindicato e do Clube dos Jornalistas e integrou o secretariado da Comissão da Carteira Profissional.  Desde 1978, dedicou-se também ao ensino do jornalismo, como colaborador do CENJOR (Centro de Formação de Jornalistas) e coordenou o curso de pós-graduação em jornalismo Impresa e Universidade Nova de Lisboa a partir de 2011. Faleceu no final da semana passada.

Escreveu os livros de estilo de O Diário, O Jornal e Visão e foi autor dos livros Manual de Jornalismo e Ainda bem que me pergunta. Manual de escrita jornalística, este último publicado em 2003 e que analiso agora. No livro, o autor parte do princípio de que escrever, para o jornalista, é para ser lido. Daí, relevar a linguagem do jornalismo e os objectivos do profissional: informar, explicar, convencer, divertir, não esquecendo que o faz para públicos diferentes. Lema: para escrever bem, é preciso pensar bem. Em que o talento literário aparece como fundamental.

Se a literatura é uma arte, o jornalismo surge como uma técnica de comunicação - as fronteiras, as diferenças e as qualidades das duas disciplinas. No texto jornalístico, continua o autor, interessa o conteúdo: informações e explicações objetivas dos episódios da realidade social. Pelo que cabe à escrita jornalística tornar as mensagens informativas e explicativas o mais acessíveis e atraentes. A escrita jornalística faz-se por meio de frases curtas, verbos no indicativo e na voz ativa, com linguagem simples e afirmativa.

O uso de vocabulário  nas peças jornalísticas constitui um elemento útil a observar. Os leitores conhecem em média o significado de três mil vocábulos. O autor reduz mesmo para 2200 palavras o indispensável e conta que Manuel da Fonseca, nos seus romances, não utilizou mais do que 500 palavras etimologicamente diferentes. Nas suas peças (notícia, reportagem, entrevista, crónica, comentário), o jornalista precisa de escrever de modo simples, direto e sem uso de charadas. Para escrever bem, identifica Daniel Ricardo, é preciso ler muito, como romances policiais (para ganhar ritmo e lógica de narração) e jornais, compreender a linha editorial do meio em que trabalha e estar em formação (aprendizagem) contínua.

Num jornal diário, um texto não deve ultrapassar 450 palavras. Mesmo assim, lê-lo-ão apenas 29% dos leitores. Cada período do texto não pode ultrapassar 36 palavras, havendo quem defenda 15 palavras como tamanho de boa compreensibilidade [no período, eu usei 19 palavras]. Sobre o ritmo da escrita, o autor usa metáforas radiofónicas: o locutor que apresenta música clássica fala lentamente, para criar um ambiente agradável, ao passo que o relatador desportivo acelera a sua descrição quando o jogador se aproxima da baliza e remata, a criar uma grande expectativa.

O livro fala de estilos, títulos, leads, leis de proximidade (valores-notícia), verbos, grafias, livro de estilo, siglas e acrónimos, elipses e editoriais. Um livro adequado para ensinar a profissão aos novos jornalistas.

Leitura: Daniel Ricardo (2003). Ainda bem que me pergunta. Manual de escrita jornalística. Lisboa: Editorial Diário de Notícias, 252 páginas
publicado por industrias-culturais às 17:13
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Domingo, 15 de Fevereiro de 2015

Eugénia Maria

Vera Lagoa (pseudónimo de Maria Armanda Falcão, a primeira apresentadora das emissões experimentais da RTP em Setembro de 1956) teve uma coluna popular no Diário Popular, chamada Bisbilhotices. Na de 7 de Fevereiro de 1968, ela escreveu sobre uma locutora - Eugénia Maria - e a sua homenagem por ter ganho um prémio da Casa da Imprensa. Como coluna de mexericos sociais, retiro uma frase do texto: "Eugénia estreou um vestido que a emagrecia imenso, de gola e punhos brancos, que foi muito admirado". Na prosa, não sabemos qual o prémio que ela ganhou, nem o programa (Talismã, Rádio Clube Português) nem o produtor (Gilberto Cotta, e não somente Cotta), mas ficamos a conhecer a impressão causada pelo vestuário. Vera Lagoa foi, no meu entender - para além das opiniões políticas que ela produziu em semanário muito posterior a esta data -, o modelo de comentário das revistas populares, de televisão e cor de rosa que existem hoje.


publicado por industrias-culturais às 11:39
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Sábado, 14 de Fevereiro de 2015

A cultura no período de "olhar para dentro"

O título do volume 4 da História Contemporânea de Portugal - 1808-2010, dirigido por António Costa Pinto e Nuno Gonçalo Monteiro, é muito interessante: Olhando para Dentro, 1930-1960. O volume tem coordenação de José Luís Cardoso e contém capítulos assinados por José Luís Cardoso ("As chaves do período"; "O processo económico"), Bruno C. Reis ("A vida política"), Pedro Aires Oliveira ("Portugal no mundo"), Álvaro Garrido ("População e sociedade") e Daniel Melo ("A cultura").

O texto que mais interesse me despertou seria o de Daniel Melo pelo tema, com 33 páginas. Destaco os subtítulos: "Introdução: discursos e instituições oficiais de enquadramento"; "Literatura, imprensa e leitura"; "Artes plásticas e arquitectura"; "Teatro e cinema"; "Música e dança"; "Rádio e televisão"; "Mostrar Portugal a si mesmo e aos outros"; "Tertúlias, cafés e tabernas"; "Festas, desporto e lazeres vários"; "Universos socioculturais alternativos"; "Educação". Daniel Melo identifica autores, obras, acontecimentos, interliga grupos e correntes, tudo com uma escrita leve e muito atraente. Da minha leitura, o subtítulo sobre a rádio e a televisão é menos importante, talvez porque eu tenha trabalhado esses tópicos e não há surpresas, mas os últimos subtítulos fornecem informação e, acima de tudo, mostram uma riqueza de propostas e realizações de trabalho cultural mesmo sob a tutela de um regime político opressor e conservador.

Leitura: José Luís Cardoso (coord.) (2014). Olhando para Dentro, 1930-1960. In António Costa Pinto e Nuno Gonçalo Monteiro (dir.) História Contemporânea de Portugal - 1808-2010, 4º volume. Madrid e Lisboa: Mapfre e Penguin Random House, 252 páginas, 17,5 euros
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publicado por industrias-culturais às 22:10
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Guadiana

Alcoutim (Algarve), Terena, Mértola, Mourão, Juromenha, Monsaraz, Reguengo de Monsaraz, Vila Viçosa e Alandroal (Alentejo).

publicado por industrias-culturais às 18:37
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Sexta-feira, 13 de Fevereiro de 2015

Um contributo meu para o Dia Mundial da Rádio

Para as rádios da ARIC.

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publicado por industrias-culturais às 21:51
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