Terça-feira, 30 de Setembro de 2014

Manuela Patrocínio

Em 1957, Manuela Patrocínio começou a sua actividade como locutora de rádio, então ao serviço do SNI, participando também em folhetins radiofónicos. Concorreu a um lugar na Emissora Nacional como locutora e ficou. Que Quer Ouvir (discos pedidos), Correio dos Ouvintes e Clube dos Madrugadores (para emigrantes) foram programas em que se destacou.



No Correio dos Ouvintes de 6 de Dezembro de 1966, programa com música e mensagens para portugueses no mundo (referido como "dedicado aos que se encontram ausentes do lar"), Manuela Patrocínio falava nos nomes dos ouvintes. A Américo de Jesus Nunes pedia que lhe fizesse chegar uma fita gravada para ser transmitida no Natal, a Joaquim Vieira Fontes, a residir em Cabo Verde, dedicava uma música e enviava revistas, a Júlio da Silva Matos era portadora de mensagem de saudades da noiva dele e fez tocar a música Cantiga de Boa Gente, a César Joaquim Simões dava conta da saúde da tia dele e passava Carlos do Carmo. Muito mais gente foi receptora de mensagens, incluindo um alferes J. E. Marques Patrocínio, a quem a locutora tratou familiarmente por Zé (no bate-papo semanal) e mandou cumprimentos ao capitão Valente e ao alferes Fevereiro. Namorar pela rádio?

Hoje, já não há esta poesia nas ondas hertzianas, pois o telefone celular e o Facebook substituíram as mensagens unidireccionais da rádio. Mas, afinal, o serviço público continua, com a locutora-jornalista da Antena 1 Alice Vilaça a falar diariamente com Portugueses no Mundo, onde estes contam histórias do país de acolhimento, do emprego, dos sítios a visitar, da comida e das saudades. Só não há música nem mensagens de familiares nem um certo sentimento de inferioridade ou obrigação.

[imagens retiradas da revista Plateia, de 13 de Abril de 1971, e da página do sítio do Museu RTP, de 6 de Dezembro de 1966].
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publicado por industrias-culturais às 21:14
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Manuela Patrocínio

Em 1957, Manuela Patrocínio começou a sua actividade como locutora de rádio, então ao serviço do SNI, participando também em folhetins radiofónicos. Concorreu a um lugar na Emissora Nacional como locutora e ficou. Que Quer Ouvir (discos pedidos), Correio dos Ouvintes e Clube dos Madrugadores (para emigrantes) foram programas em que se destacou.



No Correio dos Ouvintes de 6 de Dezembro de 1966, programa com música e mensagens para portugueses no mundo (referido como "dedicado aos que se encontram ausentes do lar"), Manuela Patrocínio falava nos nomes dos ouvintes. A Américo de Jesus Nunes pedia que lhe fizesse chegar uma fita gravada para ser transmitida no Natal, a Joaquim Vieira Fontes, a residir em Cabo Verde, dedicava uma música e enviava revistas, a Júlio da Silva Matos era portadora de mensagem de saudades da noiva dele e fez tocar a música Cantiga de Boa Gente, a César Joaquim Simões dava conta da saúde da tia dele e passava Carlos do Carmo. Muito mais gente foi receptora de mensagens, incluindo um alferes J. E. Marques Patrocínio, a quem a locutora tratou familiarmente por Zé (no bate-papo semanal) e mandou cumprimentos ao capitão Valente e ao alferes Fevereiro. Namorar pela rádio?

Hoje, já não há esta poesia nas ondas hertzianas, pois o telefone celular e o Facebook substituíram as mensagens unidireccionais da rádio. Mas, afinal, o serviço público continua, com a locutora-jornalista da Antena 1 Alice Vilaça a falar diariamente com Portugueses no Mundo, onde estes contam histórias do país de acolhimento, do emprego, dos sítios a visitar, da comida e das saudades. Só não há música nem mensagens de familiares nem um certo sentimento de inferioridade ou obrigação.

[imagens retiradas da revista Plateia, de 13 de Abril de 1971, e da página do sítio do Museu RTP, de 6 de Dezembro de 1966].
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Sábado, 27 de Setembro de 2014

Dona Alice Mexe o Tacho

Hoje à tarde, na Biblioteca de São Lázaro, em Lisboa, foi lançado o livro Dona Alice Mexe o Tacho, contos, lengas-lengas e poesias de Ana Ventura, Emílio Miranda, Fátima Vivas, Maria Apolinário e Rui Carvalho, vencedores de concurso promovido pela editora Alfarroba. Foram ainda publicados mais dois textos, de Cláudia Neto e Magda Massano e de Frederico Leite, como menções honrosas do referido concurso.

Foi uma sessão muito concorrida, até pelo número de autores. Literatura com histórias mais adequadas a públicos infantis, o objectivo do volume foi encontrar sabores e cheiros, doces e salgados, apetitosos e quentes ou frios, que se encontram a partir de uma receita culinária. Esta é o começo de cada história e, depois, existe um enredo, uma memória ou uma efabulação, como cada autor explicou durante a sessão. No vídeo, ouvem-se vozes, em especial de crianças, numa melhor contextualização da apresentação.


publicado por industrias-culturais às 20:59
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Dona Alice Mexe o Tacho

Hoje à tarde, na Biblioteca de São Lázaro, em Lisboa, foi lançado o livro Dona Alice Mexe o Tacho, contos, lengas-lengas e poesias de Ana Ventura, Emílio Miranda, Fátima Vivas, Maria Apolinário e Rui Carvalho, vencedores de concurso promovido pela editora Alfarroba. Foram ainda publicados mais dois textos, de Cláudia Neto e Magda Massano e de Frederico Leite, como menções honrosas do referido concurso.

Foi uma sessão muito concorrida, até pelo número de autores. Literatura com histórias mais adequadas a públicos infantis, o objectivo do volume foi encontrar sabores e cheiros, doces e salgados, apetitosos e quentes ou frios, que se encontram a partir de uma receita culinária. Esta é o começo de cada história e, depois, existe um enredo, uma memória ou uma efabulação, como cada autor explicou durante a sessão. No vídeo, ouvem-se vozes, em especial de crianças, numa melhor contextualização da apresentação.


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Ensino de música litúrgica na Feira


(Recorte da Voz Portucalense, de 24 de Setembro de 2014)

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publicado por industrias-culturais às 09:17
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Ensino de música litúrgica na Feira


(Recorte da Voz Portucalense, de 24 de Setembro de 2014)

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Sexta-feira, 26 de Setembro de 2014

Serviço Público de Media

Hoje, ao final da tarde, Alberto da Ponte, presidente da administração da RTP (à direita na imagem), falou sobre o Serviço Público de Media: Oportunidades e Desafios, na Universidade Católica, conforme eu indicara aqui. Após enunciar quatro tendências globais que afectam o mundo dos media (globalização, fragmentação, digitalização e concentrações), fez uma abordagem ao contexto nacional.


Para Alberto da Ponte, o grande cenário que o país defronta passa por uma nova relação de forças entre criadores e agregadores de conteúdos e distribuidores. Após crítica ao processo de constituição da televisão digital terrestre, onde manifestou dúvidas quanto ao seu futuro, ele acentuou a actual concorrência entre distribuidores de cabo e alertou ainda para a necessidade de alienar parte da produção de conteúdos para especialistas (o que significa redução de parte da produção dentro da RTP).

A sua conferência, que durou cerca de vinte minutos, serviu para falar do que está a ser feito na RTP, no serviço público de televisão e rádio. Em primeiro lugar, identificou o plano estratégico (plano de desenvolvimento e redimensionamento), depois, referiu a próxima assinatura do novo contrato de concessão por 16 anos (até 2030), finalizando com o alinhamento com a EBU (European Broadcasting Union), dentro do programa 2020. Aqui, o posicionamento da RTP atende a cinco áreas de foco: serviço público mais relevante e credível em termos de fonte de informação, mais relevância para públicos jovens, acelerador de inovação e conhecimento, defensor do serviço público de media, transformação da cultura organizacional e da cultura de liderança dentro da RTP.

Destacou ainda a responsabilidade da televisão e rádio públicas em dimensões essenciais: confissões religiosas e actividades desportivas amadoras. Igualmente fez referência a um estudo de imagem da RTP, em que os consumidores de televisão e rádio pública reconhecem a sua qualidade de entretenimento (como os talk shows) e informação e a relação entre custo (taxa paga na factura da electricidade) e benefício. Resiliência, vontade de vencer e inteligência emocional foram as ideias finais da conferência do presidente da rádio e televisão pública.
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Serviço Público de Media

Hoje, ao final da tarde, Alberto da Ponte, presidente da administração da RTP (à direita na imagem), falou sobre o Serviço Público de Media: Oportunidades e Desafios, na Universidade Católica, conforme eu indicara aqui. Após enunciar quatro tendências globais que afectam o mundo dos media (globalização, fragmentação, digitalização e concentrações), fez uma abordagem ao contexto nacional.


Para Alberto da Ponte, o grande cenário que o país defronta passa por uma nova relação de forças entre criadores e agregadores de conteúdos e distribuidores. Após crítica ao processo de constituição da televisão digital terrestre, onde manifestou dúvidas quanto ao seu futuro, ele acentuou a actual concorrência entre distribuidores de cabo e alertou ainda para a necessidade de alienar parte da produção de conteúdos para especialistas (o que significa redução de parte da produção dentro da RTP).

A sua conferência, que durou cerca de vinte minutos, serviu para falar do que está a ser feito na RTP, no serviço público de televisão e rádio. Em primeiro lugar, identificou o plano estratégico (plano de desenvolvimento e redimensionamento), depois, referiu a próxima assinatura do novo contrato de concessão por 16 anos (até 2030), finalizando com o alinhamento com a EBU (European Broadcasting Union), dentro do programa 2020. Aqui, o posicionamento da RTP atende a cinco áreas de foco: serviço público mais relevante e credível em termos de fonte de informação, mais relevância para públicos jovens, acelerador de inovação e conhecimento, defensor do serviço público de media, transformação da cultura organizacional e da cultura de liderança dentro da RTP.

Destacou ainda a responsabilidade da televisão e rádio públicas em dimensões essenciais: confissões religiosas e actividades desportivas amadoras. Igualmente fez referência a um estudo de imagem da RTP, em que os consumidores de televisão e rádio pública reconhecem a sua qualidade de entretenimento (como os talk shows) e informação e a relação entre custo (taxa paga na factura da electricidade) e benefício. Resiliência, vontade de vencer e inteligência emocional foram as ideias finais da conferência do presidente da rádio e televisão pública.
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Quinta-feira, 25 de Setembro de 2014

Science Fiction Film and Television seeks submissions for a special issue on “Star Trek at 50.”

"Since its premiere on September 8, 1966, Gene Roddenberry’s Star Trek has become shorthand for liberal optimism about the future, even as the franchise’s later entries have moved towards increasingly dark depictions of aging (ST II-VII), war (DS9), lifeboat ethics (VOY), and post-9/11 securitization (ENT). This internal tension has now culminated in the rebooted “Abramsverse” depiction that — while nominally directed towards reinvigorating the franchise by returning it to its youthful origins— has seen the Spock’s home planet of Vulcan destroyed by terrorists (ST) and the Federation itself corrupted by a coup from its black-ops intelligence wing (STID). [...] Articles of 6,000-9,000 words should be formatted using MLA style and according to the submission guidelines available on our website. Submissions should be made via our online system at http://mc.manuscriptcentral.com:80/lup-sfftv".
publicado por industrias-culturais às 22:24
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Science Fiction Film and Television seeks submissions for a special issue on “Star Trek at 50.”

"Since its premiere on September 8, 1966, Gene Roddenberry’s Star Trek has become shorthand for liberal optimism about the future, even as the franchise’s later entries have moved towards increasingly dark depictions of aging (ST II-VII), war (DS9), lifeboat ethics (VOY), and post-9/11 securitization (ENT). This internal tension has now culminated in the rebooted “Abramsverse” depiction that — while nominally directed towards reinvigorating the franchise by returning it to its youthful origins— has seen the Spock’s home planet of Vulcan destroyed by terrorists (ST) and the Federation itself corrupted by a coup from its black-ops intelligence wing (STID). [...] Articles of 6,000-9,000 words should be formatted using MLA style and according to the submission guidelines available on our website. Submissions should be made via our online system at http://mc.manuscriptcentral.com:80/lup-sfftv".
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