Quarta-feira, 2 de Julho de 2014

Sophia

Retiro do Diário de Notícias online: "«A concessão das honras de Panteão Nacional a Sophia de Mello Breyner Andresen faz da sua memória um símbolo colectivo», afirmou hoje José Manuel dos Santos, no elogio fúnebre à poetisa, na sua trasladação para este o monumento nacional. Na sua alocução, José Manuel dos Santos, membro da Academia Nacional de Belas Artes, sublinhou que esta decisão da Assembleia da República «não faz - nunca fará - de Sophia um escritor oficial ou um poeta de regime, mesmo daquele que a reconheceu e que ela reconheceu». Santos ressalva que a entrada de Sophia no Panteão Nacional «é rito, símbolo e sinal». «Tem aquela solenidade, irmã do silêncio e da solidão, que é o contrário da pompa e da propaganda»".
tags:
publicado por industrias-culturais às 20:40
link | comentar | favorito
Terça-feira, 1 de Julho de 2014

Carlos do Carmo

Do Expresso online: "Carlos do Carmo acaba de ser distinguido com o Lifetime Achievement Award, o Grammy que premeia a obra das grandes referências do panorama musical internacional. É a primeira vez que a maior e mais importante distinção da indústria musical internacional é atribuída a um artista português".
tags:
publicado por industrias-culturais às 22:04
link | comentar | favorito

Carlos do Carmo

Do Expresso online: "Carlos do Carmo acaba de ser distinguido com o Lifetime Achievement Award, o Grammy que premeia a obra das grandes referências do panorama musical internacional. É a primeira vez que a maior e mais importante distinção da indústria musical internacional é atribuída a um artista português".
tags:
publicado por industrias-culturais às 22:04
link | comentar | favorito

Carlos do Carmo

Do Expresso online: "Carlos do Carmo acaba de ser distinguido com o Lifetime Achievement Award, o Grammy que premeia a obra das grandes referências do panorama musical internacional. É a primeira vez que a maior e mais importante distinção da indústria musical internacional é atribuída a um artista português".
tags:
publicado por industrias-culturais às 22:04
link | comentar | favorito

Paisagens sonoras

A paisagem sonora incorpora duas dimensões (som e silêncio) (p. 48), quer dizer som e vibração acústica (p. 13), actua na relação entre escutar e produzir som (p. 17), na harmonização de soar e ouvir (p. 18). Resumo para Carlos Alberto Augusto: paisagem sonora inclui ruído, silêncio e música. O seu livro Sons e Silêncios da Paisagem Sonora Portuguesa (2014) contém quatro capítulos (Rebates, Silêncios, Trovas, Harmonias), uma introdução e uma conclusão (Coda).

Seguindo um investigador (Bernie Krause), distingue  três tipos de paisagem sonora: geofonia (sons da natureza, mar e vento), biofonia (sons dos animais e das plantas) e antropofonia (sons dos objectos feitos pelo homem, como as máquinas) (p. 24). O ruído é o caso do som intimidatório que invade a privacidade individual (p. 27), como o escape de uma motoreta ou o concerto na praça pública. Aparentemente, o ruído opõe-se ao silêncio. Mas John Cage concluiu que o silêncio não existe: fechado numa câmara anecóica (compartimento usado pelos especialistas de acústica, que elimina todos os ruídos do ambiente), Cage começou a ouvir ruídos - sons do fluxo sanguíneo e da corrente eléctrica que percorre o corpo humano (p. 47). Isso levou Carlos Alberto Augusto a preparar uma teoria do silêncio em seis constatações, uma delas em que indica que cada sociedade produz o seu silêncio (p. 52). Pode prevalecer o silêncio da suspeita e da desconfiança (p. 53), por exemplo nos países sem liberdade de expressão.

O primeiro símbolo que o autor estuda é o sino, instrumento poderoso cujo domínio sempre foi praticado pela Igreja e, em cada paróquia, dá conta da passagem do tempo mas também de acontecimentos sociais e de alerta (toque de rebate) (p. 20). O sino ainda repercute uma relação do espaço sonoro que define a área da paróquia: o sino da minha aldeia. Mas o autor estudo outros meios sonoros, caso da rádio. O som que se ouve através da rádio é transportado de um espaço para um outro espaço e tempo, a esquizofonia, que significa a não coincidência entre o espaço/tempo de produção e a sua recepção (pp. 40-41).

Leitura (muito aprazível): Carlos Alberto Augusto (2014). Sons e Silêncios da Paisagem Sonora Portuguesa. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 94 p., 3,50 € (capa mole)
publicado por industrias-culturais às 18:20
link | comentar | favorito

Paisagens sonoras

A paisagem sonora incorpora duas dimensões (som e silêncio) (p. 48), quer dizer som e vibração acústica (p. 13), actua na relação entre escutar e produzir som (p. 17), na harmonização de soar e ouvir (p. 18). Resumo para Carlos Alberto Augusto: paisagem sonora inclui ruído, silêncio e música. O seu livro Sons e Silêncios da Paisagem Sonora Portuguesa (2014) contém quatro capítulos (Rebates, Silêncios, Trovas, Harmonias), uma introdução e uma conclusão (Coda).

Seguindo um investigador (Bernie Krause), distingue  três tipos de paisagem sonora: geofonia (sons da natureza, mar e vento), biofonia (sons dos animais e das plantas) e antropofonia (sons dos objectos feitos pelo homem, como as máquinas) (p. 24). O ruído é o caso do som intimidatório que invade a privacidade individual (p. 27), como o escape de uma motoreta ou o concerto na praça pública. Aparentemente, o ruído opõe-se ao silêncio. Mas John Cage concluiu que o silêncio não existe: fechado numa câmara anecóica (compartimento usado pelos especialistas de acústica, que elimina todos os ruídos do ambiente), Cage começou a ouvir ruídos - sons do fluxo sanguíneo e da corrente eléctrica que percorre o corpo humano (p. 47). Isso levou Carlos Alberto Augusto a preparar uma teoria do silêncio em seis constatações, uma delas em que indica que cada sociedade produz o seu silêncio (p. 52). Pode prevalecer o silêncio da suspeita e da desconfiança (p. 53), por exemplo nos países sem liberdade de expressão.

O primeiro símbolo que o autor estuda é o sino, instrumento poderoso cujo domínio sempre foi praticado pela Igreja e, em cada paróquia, dá conta da passagem do tempo mas também de acontecimentos sociais e de alerta (toque de rebate) (p. 20). O sino ainda repercute uma relação do espaço sonoro que define a área da paróquia: o sino da minha aldeia. Mas o autor estudo outros meios sonoros, caso da rádio. O som que se ouve através da rádio é transportado de um espaço para um outro espaço e tempo, a esquizofonia, que significa a não coincidência entre o espaço/tempo de produção e a sua recepção (pp. 40-41).

Leitura (muito aprazível): Carlos Alberto Augusto (2014). Sons e Silêncios da Paisagem Sonora Portuguesa. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 94 p., 3,50 € (capa mole)
publicado por industrias-culturais às 18:20
link | comentar | favorito

Paisagens sonoras

A paisagem sonora incorpora duas dimensões (som e silêncio) (p. 48), quer dizer som e vibração acústica (p. 13), actua na relação entre escutar e produzir som (p. 17), na harmonização de soar e ouvir (p. 18). Resumo para Carlos Alberto Augusto: paisagem sonora inclui ruído, silêncio e música. O seu livro Sons e Silêncios da Paisagem Sonora Portuguesa (2014) contém quatro capítulos (Rebates, Silêncios, Trovas, Harmonias), uma introdução e uma conclusão (Coda).

Seguindo um investigador (Bernie Krause), distingue  três tipos de paisagem sonora: geofonia (sons da natureza, mar e vento), biofonia (sons dos animais e das plantas) e antropofonia (sons dos objectos feitos pelo homem, como as máquinas) (p. 24). O ruído é o caso do som intimidatório que invade a privacidade individual (p. 27), como o escape de uma motoreta ou o concerto na praça pública. Aparentemente, o ruído opõe-se ao silêncio. Mas John Cage concluiu que o silêncio não existe: fechado numa câmara anecóica (compartimento usado pelos especialistas de acústica, que elimina todos os ruídos do ambiente), Cage começou a ouvir ruídos - sons do fluxo sanguíneo e da corrente eléctrica que percorre o corpo humano (p. 47). Isso levou Carlos Alberto Augusto a preparar uma teoria do silêncio em seis constatações, uma delas em que indica que cada sociedade produz o seu silêncio (p. 52). Pode prevalecer o silêncio da suspeita e da desconfiança (p. 53), por exemplo nos países sem liberdade de expressão.

O primeiro símbolo que o autor estuda é o sino, instrumento poderoso cujo domínio sempre foi praticado pela Igreja e, em cada paróquia, dá conta da passagem do tempo mas também de acontecimentos sociais e de alerta (toque de rebate) (p. 20). O sino ainda repercute uma relação do espaço sonoro que define a área da paróquia: o sino da minha aldeia. Mas o autor estudo outros meios sonoros, caso da rádio. O som que se ouve através da rádio é transportado de um espaço para um outro espaço e tempo, a esquizofonia, que significa a não coincidência entre o espaço/tempo de produção e a sua recepção (pp. 40-41).

Leitura (muito aprazível): Carlos Alberto Augusto (2014). Sons e Silêncios da Paisagem Sonora Portuguesa. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 94 p., 3,50 € (capa mole)
publicado por industrias-culturais às 18:20
link | comentar | favorito

.mais sobre mim


. ver perfil

. seguir perfil

. 1 seguidor

.pesquisar

.Junho 2016

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
13
27
28
29
30

.Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

.posts recentes

. Transportes públicos japo...

. Televisão japonesa

. Templos em Tóquio

. Novos diretores de jornai...

. Santuário Fushimi Inari T...

. Templo do Pavilhão Dourad...

. Kiyomizu-dera (leste de Q...

. Castelo Nijo (Quioto)

. Quioto à hora do jantar

. Introdução ao teatro Bunr...

.arquivos

. Junho 2016

. Maio 2016

. Abril 2016

. Março 2016

. Fevereiro 2016

. Janeiro 2016

. Dezembro 2015

. Novembro 2015

. Outubro 2015

. Setembro 2015

. Agosto 2015

. Julho 2015

. Junho 2015

. Maio 2015

. Abril 2015

. Março 2015

. Fevereiro 2015

. Janeiro 2015

. Dezembro 2014

. Novembro 2014

. Outubro 2014

. Setembro 2014

. Agosto 2014

. Julho 2014

. Junho 2014

. Maio 2014

. Abril 2014

. Março 2014

. Fevereiro 2014

. Janeiro 2014

. Dezembro 2013

. Novembro 2013

. Outubro 2013

. Agosto 2013

. Julho 2013

. Junho 2013

. Maio 2013

. Abril 2013

. Março 2013

. Fevereiro 2013

. Janeiro 2013

. Dezembro 2012

. Novembro 2012

. Outubro 2012

. Setembro 2012

. Agosto 2012

. Julho 2012

. Junho 2012

. Maio 2012

. Abril 2012

. Março 2012

. Fevereiro 2012

. Janeiro 2012

. Dezembro 2011

. Novembro 2011

. Outubro 2011

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Julho 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Outubro 2010

. Setembro 2010

. Agosto 2010

. Julho 2010

. Junho 2010

. Maio 2010

. Abril 2010

. Março 2010

. Fevereiro 2010

. Janeiro 2010

. Dezembro 2009

. Novembro 2009

. Outubro 2009

. Setembro 2009

. Agosto 2009

. Julho 2009

. Junho 2009

. Maio 2009

. Abril 2009

. Março 2009

. Fevereiro 2009

. Janeiro 2009

. Dezembro 2008

. Novembro 2008

. Outubro 2008

. Setembro 2008

. Agosto 2008

. Julho 2008

. Junho 2008

. Maio 2008

. Abril 2008

. Março 2008

. Fevereiro 2008

. Janeiro 2008

. Dezembro 2007

. Novembro 2007

. Outubro 2007

. Setembro 2007

. Agosto 2007

. Julho 2007

. Junho 2007

. Maio 2007

. Abril 2007

. Março 2007

. Fevereiro 2007

. Janeiro 2007

. Dezembro 2006

. Novembro 2006

. Outubro 2006

. Setembro 2006

. Agosto 2006

. Julho 2006

. Junho 2006

. Maio 2006

. Abril 2006

. Março 2006

. Fevereiro 2006

. Janeiro 2006

. Dezembro 2005

. Novembro 2005

. Outubro 2005

. Setembro 2005

. Agosto 2005

. Julho 2005

. Junho 2005

. Maio 2005

. Abril 2005

. Março 2005

. Fevereiro 2005

. Janeiro 2005

. Dezembro 2004

. Novembro 2004

. Outubro 2004

. Setembro 2004

. Agosto 2004

. Julho 2004

. Junho 2004

. Maio 2004

. Abril 2004

. Março 2004

. Fevereiro 2004

. Janeiro 2004

. Dezembro 2003

. Novembro 2003

. Outubro 2003

. Agosto 2003

. Abril 2003

. Março 2003

.tags

. todas as tags

blogs SAPO

.subscrever feeds

Em destaque no SAPO Blogs
pub