Sábado, 31 de Maio de 2014

Ficção histórica televisiva

A História na Ficção Televisiva Portuguesa é um livro coordenado por Catarina Duff Burnay agora publicado e com capítulos assinados pela responsável da obra e por José Miguel Sardica, Eduardo Cintra Torres, Rogério Santos, Carlos Capucho e Pedro Lopes, todos docentes da Universidade Católica Portuguesa.

Como aborda a introdução, assinada por Catarina Duff Burnay e José Miguel Sardica, "a ficção televisiva sempre se constituiu como um produto âncora na definição das grelhas de programação. Histórias inspiradas na realidade e na memória são produzidas pelos canais públicos e privados de maneira continuada, arrastando audiências de forma transversal" (p. 13).

Os autores dos capítulos debruçaram-se cada um sobre uma série ou telefilme de ficção histórica. Assim, Eduardo Cintra Torres escreve sobre A Raia dos Medos (RTP1, 2000), Rogério Santos sobre A Vida Privada de Salazar (SIC, 2009), Carlos Capucho sobre Até Amanhã Camaradas (SIC, 2005) e Pedro Lopes sobre Conta-me Como Foi (RTP, 2007-2011). Um dos capítulos fundamentais deste novo livro é intitulado Os Temas da Ficção Histórica Audiovisual em Portugal (1909-2013), assinado por Catarina Duff Burnay e Eduardo Cintra Torres. Aqui, os dois autores escrevem: "pretendemos comparar a produção da memória histórica ficcional no audiovisual desde 1909, procurando continuidades e contrastes nos temas trabalhados pelo meio de massas audiovisual dominante em cada período" (p. 29), incluindo cinema, teleteatro e ficção dramática televisiva nos canais generalistas.

O trabalho agora publicado, que resulta de uma investigação desenvolvida nos últimos anos e com apresentação em congressos nacionais e internacionais, será lançado no próximo sábado, dia 7, pelas 17:00, no pavilhão da Universidade Católica Editora, na feira do livro de Lisboa.

Catarina Duff Burnay é responsável da licenciatura de Comunicação Social e Cultural da Universidade Católica Portuguesa, dirigente da Faculdade de Ciências Humanas daquela universidade e coordenadora da equipa portuguesa do Observatório Iberoamericano da Ficção Televisiva (OBITEL). O outro membro que assina a introdução, José Miguel Sardica, é o director da mesma Faculdade de Ciências Humanas.
publicado por industrias-culturais às 23:19
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Ficção histórica televisiva

A História na Ficção Televisiva Portuguesa é um livro coordenado por Catarina Duff Burnay agora publicado e com capítulos assinados pela responsável da obra e por José Miguel Sardica, Eduardo Cintra Torres, Rogério Santos, Carlos Capucho e Pedro Lopes, todos docentes da Universidade Católica Portuguesa.

Como aborda a introdução, assinada por Catarina Duff Burnay e José Miguel Sardica, "a ficção televisiva sempre se constituiu como um produto âncora na definição das grelhas de programação. Histórias inspiradas na realidade e na memória são produzidas pelos canais públicos e privados de maneira continuada, arrastando audiências de forma transversal" (p. 13).

Os autores dos capítulos debruçaram-se cada um sobre uma série ou telefilme de ficção histórica. Assim, Eduardo Cintra Torres escreve sobre A Raia dos Medos (RTP1, 2000), Rogério Santos sobre A Vida Privada de Salazar (SIC, 2009), Carlos Capucho sobre Até Amanhã Camaradas (SIC, 2005) e Pedro Lopes sobre Conta-me Como Foi (RTP, 2007-2011). Um dos capítulos fundamentais deste novo livro é intitulado Os Temas da Ficção Histórica Audiovisual em Portugal (1909-2013), assinado por Catarina Duff Burnay e Eduardo Cintra Torres. Aqui, os dois autores escrevem: "pretendemos comparar a produção da memória histórica ficcional no audiovisual desde 1909, procurando continuidades e contrastes nos temas trabalhados pelo meio de massas audiovisual dominante em cada período" (p. 29), incluindo cinema, teleteatro e ficção dramática televisiva nos canais generalistas.

O trabalho agora publicado, que resulta de uma investigação desenvolvida nos últimos anos e com apresentação em congressos nacionais e internacionais, será lançado no próximo sábado, dia 7, pelas 17:00, no pavilhão da Universidade Católica Editora, na feira do livro de Lisboa.

Catarina Duff Burnay é responsável da licenciatura de Comunicação Social e Cultural da Universidade Católica Portuguesa, dirigente da Faculdade de Ciências Humanas daquela universidade e coordenadora da equipa portuguesa do Observatório Iberoamericano da Ficção Televisiva (OBITEL). O outro membro que assina a introdução, José Miguel Sardica, é o director da mesma Faculdade de Ciências Humanas.
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Como aborda a introdução, assinada por Catarina Duff Burnay e José Miguel Sardica, "a ficção televisiva sempre se constituiu como um produto âncora na definição das grelhas de programação. Histórias inspiradas na realidade e na memória são produzidas pelos canais públicos e privados de maneira continuada, arrastando audiências de forma transversal" (p. 13).

Os autores dos capítulos debruçaram-se cada um sobre uma série ou telefilme de ficção histórica. Assim, Eduardo Cintra Torres escreve sobre A Raia dos Medos (RTP1, 2000), Rogério Santos sobre A Vida Privada de Salazar (SIC, 2009), Carlos Capucho sobre Até Amanhã Camaradas (SIC, 2005) e Pedro Lopes sobre Conta-me Como Foi (RTP, 2007-2011). Um dos capítulos fundamentais deste novo livro é intitulado Os Temas da Ficção Histórica Audiovisual em Portugal (1909-2013), assinado por Catarina Duff Burnay e Eduardo Cintra Torres. Aqui, os dois autores escrevem: "pretendemos comparar a produção da memória histórica ficcional no audiovisual desde 1909, procurando continuidades e contrastes nos temas trabalhados pelo meio de massas audiovisual dominante em cada período" (p. 29), incluindo cinema, teleteatro e ficção dramática televisiva nos canais generalistas.

O trabalho agora publicado, que resulta de uma investigação desenvolvida nos últimos anos e com apresentação em congressos nacionais e internacionais, será lançado no próximo sábado, dia 7, pelas 17:00, no pavilhão da Universidade Católica Editora, na feira do livro de Lisboa.

Catarina Duff Burnay é responsável da licenciatura de Comunicação Social e Cultural da Universidade Católica Portuguesa, dirigente da Faculdade de Ciências Humanas daquela universidade e coordenadora da equipa portuguesa do Observatório Iberoamericano da Ficção Televisiva (OBITEL). O outro membro que assina a introdução, José Miguel Sardica, é o director da mesma Faculdade de Ciências Humanas.
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Segunda-feira, 26 de Maio de 2014

A rádio em Arnheim

Rudolf Arnheim publicou o livro  Radio no mesmo ano em que Walter Benjamin divulgou o texto A Obra de Arte na Era da Reprodutibilidade Técnica - 1936. Ambos judeus, ambos malditos. Arnheim preparara o livro desde finais da década de 1920, interessado na emergência dos novos media (rádio, primeiro, televisão, depois). O gramofone, o telefone, o cinema sonoro e a expansão da imprensa corriam a par da reprodução (fotografia e cinema, tecnologias e meios de expressão trabalhados por Benjamin, que escrevia sobre a perda da aura ou do sentido único da obra pela reprodução que alargava o conhecimento e tornava democrático o acesso às obras). O magnetofone (o gravador de som) estava também a aparecer. Foi igualmente um tempo muito duro, com as ditaduras e o fascismo e o nazismo, que conduziram a um grande desastre na Europa.

Arnheim (1904-2007) começara a sua actividade profissional como jornalista e cronista em jornais e revistas, caso do jornal satírico Stachelschwein e de Weltbühne, este um meio ligado à esquerda política e interdito logo em 1933. Arnheim estudara história da arte e escreveu uma tese sobre psicologia da arte dentro da perspectiva da Gestalt. Aliás, a área mais conhecida dele foi essa. Lembro o livro Arte e Percepção Visual, texto que me deu muito trabalho a ler e trabalhar há mais de vinte anos. Em 1932, Arnheim escrevia O Filme Enquanto Arte, onde abordou a imagem fílmica. Os seus trabalhos sobre a rádio seguiram muito o raciocínio teórico aplicado ao cinema. No ano seguinte, devido à ascensão de Hitler ao poder, ele abandonou a Alemanha e instalou-se em Roma, onde o editor Ulrico Hoepli lhe encomendou uma enciclopédia do cinema, tarefa não completada devido às leis raciais de Mussolini. Mas foi em Itália que Arnheim escreveu em inglês Radio (1936), com a tradução italiana em 1937 (La Radio Cerca la sua Forma) e alemã apenas em 1979. Arnheim, após uma passagem pela Inglaterra, foi viver e trabalhar para os Estados Unidos, onde ensinou na Universidade no Exílio na New York School for Social Research e em universidades como Harvard e Michigan.

Direcção e distância, o ouvido e a sua imagem do mundo, a reverberação, o elogio da cegueira [a rádio não permite ver, ou o audível por supressão do visível], a arte de falar e a sonoplastia são alguns dos tópicos tratados nos capítulos do livro. Arnheim acreditava que a televisão mataria a rádio, do mesmo modo que o cinema mudo fora extinto pelo sonoro. Para ele, a televisão resultaria do casamento do cinema com a rádio, sendo esta a rainha do ouvido, da palavra, da literatura e da música (p. 269). Interessante a perspectiva, com Arnheim a falar em tubos de raios catódicos mesmo no começo da televisão (antes da II Guerra Mundial) - a televisão acabaria com a diferença do teatro, transmitiria filmes e peças de teatro, seria púlpito de conferências e cenário de concerto (p. 262).

A voz, a montagem radiofónica, a ideia de Hörspiel (peça para ouvir, peça radiofónica) que ultrapassava o teatro radiofónico e se assumia como todo o trabalho da rádio. Ainda não havia o registo magnético e algumas das imagens gráficas do livro dão conta de um tempo em que a emissão radiofónica ainda sentia problemas, caso dos ruídos, mas em que a divulgação universal se fazia. Um exemplo: o Papa transmitia a partir de Rádio Vaticano para todas as nunciaturas do mundo através de ondas curtas (p. 225). Arnheim também dava uma importância muito grande às estações públicas e ao modo como ela podia formar os gostos da população, num sentido pedagógico e popular. Aí, não andava muito longe de Brecht.

Leitura: Rudolf Arnheim (2005). Radio. Lot: Van Dieren Éditeur
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A rádio em Arnheim

Rudolf Arnheim publicou o livro  Radio no mesmo ano em que Walter Benjamin divulgou o texto A Obra de Arte na Era da Reprodutibilidade Técnica - 1936. Ambos judeus, ambos malditos. Arnheim preparara o livro desde finais da década de 1920, interessado na emergência dos novos media (rádio, primeiro, televisão, depois). O gramofone, o telefone, o cinema sonoro e a expansão da imprensa corriam a par da reprodução (fotografia e cinema, tecnologias e meios de expressão trabalhados por Benjamin, que escrevia sobre a perda da aura ou do sentido único da obra pela reprodução que alargava o conhecimento e tornava democrático o acesso às obras). O magnetofone (o gravador de som) estava também a aparecer. Foi igualmente um tempo muito duro, com as ditaduras e o fascismo e o nazismo, que conduziram a um grande desastre na Europa.

Arnheim (1904-2007) começara a sua actividade profissional como jornalista e cronista em jornais e revistas, caso do jornal satírico Stachelschwein e de Weltbühne, este um meio ligado à esquerda política e interdito logo em 1933. Arnheim estudara história da arte e escreveu uma tese sobre psicologia da arte dentro da perspectiva da Gestalt. Aliás, a área mais conhecida dele foi essa. Lembro o livro Arte e Percepção Visual, texto que me deu muito trabalho a ler e trabalhar há mais de vinte anos. Em 1932, Arnheim escrevia O Filme Enquanto Arte, onde abordou a imagem fílmica. Os seus trabalhos sobre a rádio seguiram muito o raciocínio teórico aplicado ao cinema. No ano seguinte, devido à ascensão de Hitler ao poder, ele abandonou a Alemanha e instalou-se em Roma, onde o editor Ulrico Hoepli lhe encomendou uma enciclopédia do cinema, tarefa não completada devido às leis raciais de Mussolini. Mas foi em Itália que Arnheim escreveu em inglês Radio (1936), com a tradução italiana em 1937 (La Radio Cerca la sua Forma) e alemã apenas em 1979. Arnheim, após uma passagem pela Inglaterra, foi viver e trabalhar para os Estados Unidos, onde ensinou na Universidade no Exílio na New York School for Social Research e em universidades como Harvard e Michigan.

Direcção e distância, o ouvido e a sua imagem do mundo, a reverberação, o elogio da cegueira [a rádio não permite ver, ou o audível por supressão do visível], a arte de falar e a sonoplastia são alguns dos tópicos tratados nos capítulos do livro. Arnheim acreditava que a televisão mataria a rádio, do mesmo modo que o cinema mudo fora extinto pelo sonoro. Para ele, a televisão resultaria do casamento do cinema com a rádio, sendo esta a rainha do ouvido, da palavra, da literatura e da música (p. 269). Interessante a perspectiva, com Arnheim a falar em tubos de raios catódicos mesmo no começo da televisão (antes da II Guerra Mundial) - a televisão acabaria com a diferença do teatro, transmitiria filmes e peças de teatro, seria púlpito de conferências e cenário de concerto (p. 262).

A voz, a montagem radiofónica, a ideia de Hörspiel (peça para ouvir, peça radiofónica) que ultrapassava o teatro radiofónico e se assumia como todo o trabalho da rádio. Ainda não havia o registo magnético e algumas das imagens gráficas do livro dão conta de um tempo em que a emissão radiofónica ainda sentia problemas, caso dos ruídos, mas em que a divulgação universal se fazia. Um exemplo: o Papa transmitia a partir de Rádio Vaticano para todas as nunciaturas do mundo através de ondas curtas (p. 225). Arnheim também dava uma importância muito grande às estações públicas e ao modo como ela podia formar os gostos da população, num sentido pedagógico e popular. Aí, não andava muito longe de Brecht.

Leitura: Rudolf Arnheim (2005). Radio. Lot: Van Dieren Éditeur
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A rádio em Arnheim

Rudolf Arnheim publicou o livro  Radio no mesmo ano em que Walter Benjamin divulgou o texto A Obra de Arte na Era da Reprodutibilidade Técnica - 1936. Ambos judeus, ambos malditos. Arnheim preparara o livro desde finais da década de 1920, interessado na emergência dos novos media (rádio, primeiro, televisão, depois). O gramofone, o telefone, o cinema sonoro e a expansão da imprensa corriam a par da reprodução (fotografia e cinema, tecnologias e meios de expressão trabalhados por Benjamin, que escrevia sobre a perda da aura ou do sentido único da obra pela reprodução que alargava o conhecimento e tornava democrático o acesso às obras). O magnetofone (o gravador de som) estava também a aparecer. Foi igualmente um tempo muito duro, com as ditaduras e o fascismo e o nazismo, que conduziram a um grande desastre na Europa.

Arnheim (1904-2007) começara a sua actividade profissional como jornalista e cronista em jornais e revistas, caso do jornal satírico Stachelschwein e de Weltbühne, este um meio ligado à esquerda política e interdito logo em 1933. Arnheim estudara história da arte e escreveu uma tese sobre psicologia da arte dentro da perspectiva da Gestalt. Aliás, a área mais conhecida dele foi essa. Lembro o livro Arte e Percepção Visual, texto que me deu muito trabalho a ler e trabalhar há mais de vinte anos. Em 1932, Arnheim escrevia O Filme Enquanto Arte, onde abordou a imagem fílmica. Os seus trabalhos sobre a rádio seguiram muito o raciocínio teórico aplicado ao cinema. No ano seguinte, devido à ascensão de Hitler ao poder, ele abandonou a Alemanha e instalou-se em Roma, onde o editor Ulrico Hoepli lhe encomendou uma enciclopédia do cinema, tarefa não completada devido às leis raciais de Mussolini. Mas foi em Itália que Arnheim escreveu em inglês Radio (1936), com a tradução italiana em 1937 (La Radio Cerca la sua Forma) e alemã apenas em 1979. Arnheim, após uma passagem pela Inglaterra, foi viver e trabalhar para os Estados Unidos, onde ensinou na Universidade no Exílio na New York School for Social Research e em universidades como Harvard e Michigan.

Direcção e distância, o ouvido e a sua imagem do mundo, a reverberação, o elogio da cegueira [a rádio não permite ver, ou o audível por supressão do visível], a arte de falar e a sonoplastia são alguns dos tópicos tratados nos capítulos do livro. Arnheim acreditava que a televisão mataria a rádio, do mesmo modo que o cinema mudo fora extinto pelo sonoro. Para ele, a televisão resultaria do casamento do cinema com a rádio, sendo esta a rainha do ouvido, da palavra, da literatura e da música (p. 269). Interessante a perspectiva, com Arnheim a falar em tubos de raios catódicos mesmo no começo da televisão (antes da II Guerra Mundial) - a televisão acabaria com a diferença do teatro, transmitiria filmes e peças de teatro, seria púlpito de conferências e cenário de concerto (p. 262).

A voz, a montagem radiofónica, a ideia de Hörspiel (peça para ouvir, peça radiofónica) que ultrapassava o teatro radiofónico e se assumia como todo o trabalho da rádio. Ainda não havia o registo magnético e algumas das imagens gráficas do livro dão conta de um tempo em que a emissão radiofónica ainda sentia problemas, caso dos ruídos, mas em que a divulgação universal se fazia. Um exemplo: o Papa transmitia a partir de Rádio Vaticano para todas as nunciaturas do mundo através de ondas curtas (p. 225). Arnheim também dava uma importância muito grande às estações públicas e ao modo como ela podia formar os gostos da população, num sentido pedagógico e popular. Aí, não andava muito longe de Brecht.

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Domingo, 25 de Maio de 2014

Ié-Ié - memórias musicais dos anos 60

Daniel Bacelar, Claves e Ekos tomaram ontem conta do palco da Associação Desportiva e Cultural da Encarnação e Olivais, apresentados por Teresa Lage. Foi um fantástico retorno à música da década de 1960. Tudo devido ao lançamento do livro de Luís Pinheiro de Almeida, Biografia do Ié-Ié, que aqui já retratei, e ontem apresentado por Nuno Galopim, jornalista e realizador de programas de rádio na Radar.

Daniel Bacelar foi o primeiro músico português a gravar um disco de rock, então com 17 anos, com Fui Louco por Ti e Nunca (lado A; o lado B pertenceu aos Conchas). Na apresentação do livro, Nuno Galopim falou de memórias da alvorada da música pop rock portuguesa, vinda de finais da década de 1950. Para ele, esta corrente de música nasceu em Coimbra, de uma banda que não chegou a gravar, os Babies, de que fazia parte José Cid. O critério de entrada no livro de Luís Pinheiro de Almeida seria o das bandas que editaram discos. O livro, que começara por ser uma biografia dos Sheiks, acabou por se alargar no tempo - antes e depois.

Nuno Galopim chamou ainda a atenção de como a ditadura se soube aproveitar do entusiasmo da "rapaziada" em tocar guitarra. Enquanto fazia isto, "não se metia na política", como então se dizia. E lembrou o momento mítico da organização do concurso de rock pop organizado pelo Movimento Nacional Feminino entre 1965 e 1966 no Teatro Monumental e apoiado pelos media controlados pelo Estado. Não havia uma agenda política nos músicos, consciencializados logo depois, como um disco do Quarteto 1111 iria revelar.



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Daniel Bacelar, Claves e Ekos tomaram ontem conta do palco da Associação Desportiva e Cultural da Encarnação e Olivais, apresentados por Teresa Lage. Foi um fantástico retorno à música da década de 1960. Tudo devido ao lançamento do livro de Luís Pinheiro de Almeida, Biografia do Ié-Ié, que aqui já retratei, e ontem apresentado por Nuno Galopim, jornalista e realizador de programas de rádio na Radar.

Daniel Bacelar foi o primeiro músico português a gravar um disco de rock, então com 17 anos, com Fui Louco por Ti e Nunca (lado A; o lado B pertenceu aos Conchas). Na apresentação do livro, Nuno Galopim falou de memórias da alvorada da música pop rock portuguesa, vinda de finais da década de 1950. Para ele, esta corrente de música nasceu em Coimbra, de uma banda que não chegou a gravar, os Babies, de que fazia parte José Cid. O critério de entrada no livro de Luís Pinheiro de Almeida seria o das bandas que editaram discos. O livro, que começara por ser uma biografia dos Sheiks, acabou por se alargar no tempo - antes e depois.

Nuno Galopim chamou ainda a atenção de como a ditadura se soube aproveitar do entusiasmo da "rapaziada" em tocar guitarra. Enquanto fazia isto, "não se metia na política", como então se dizia. E lembrou o momento mítico da organização do concurso de rock pop organizado pelo Movimento Nacional Feminino entre 1965 e 1966 no Teatro Monumental e apoiado pelos media controlados pelo Estado. Não havia uma agenda política nos músicos, consciencializados logo depois, como um disco do Quarteto 1111 iria revelar.



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Daniel Bacelar, Claves e Ekos tomaram ontem conta do palco da Associação Desportiva e Cultural da Encarnação e Olivais, apresentados por Teresa Lage. Foi um fantástico retorno à música da década de 1960. Tudo devido ao lançamento do livro de Luís Pinheiro de Almeida, Biografia do Ié-Ié, que aqui já retratei, e ontem apresentado por Nuno Galopim, jornalista e realizador de programas de rádio na Radar.

Daniel Bacelar foi o primeiro músico português a gravar um disco de rock, então com 17 anos, com Fui Louco por Ti e Nunca (lado A; o lado B pertenceu aos Conchas). Na apresentação do livro, Nuno Galopim falou de memórias da alvorada da música pop rock portuguesa, vinda de finais da década de 1950. Para ele, esta corrente de música nasceu em Coimbra, de uma banda que não chegou a gravar, os Babies, de que fazia parte José Cid. O critério de entrada no livro de Luís Pinheiro de Almeida seria o das bandas que editaram discos. O livro, que começara por ser uma biografia dos Sheiks, acabou por se alargar no tempo - antes e depois.

Nuno Galopim chamou ainda a atenção de como a ditadura se soube aproveitar do entusiasmo da "rapaziada" em tocar guitarra. Enquanto fazia isto, "não se metia na política", como então se dizia. E lembrou o momento mítico da organização do concurso de rock pop organizado pelo Movimento Nacional Feminino entre 1965 e 1966 no Teatro Monumental e apoiado pelos media controlados pelo Estado. Não havia uma agenda política nos músicos, consciencializados logo depois, como um disco do Quarteto 1111 iria revelar.



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Sábado, 24 de Maio de 2014

A Lancheira (2013)

Filme realizado por Ritesh Batra, com Irrfan Khan, Nimrat Kaur e Nawazuddin Siddiqui, tem duas histórias, a primeira delas antropológica, a dos dabbawalas de Mumbai [मुंबई], capital do estado indiano de Maharashtra, comunidade de mais de cinco mil entregadores de dabbas (lancheiras ou marmitas). Os dabbas entregam nos escritórios as refeições vindas das cozinhas das donas de casa e restaurantes, devolvidas ao fim do dia às respectivas casas. A entrega envolve diversos meios de transporte e a entrega é feita por analfabetos que usam um sistema de código de cores e símbolos para as entregar.

A história do filme é a de Saajan (Irrfan Khan), contabilista viúvo, que começa a receber a marmita de Ila (Nimrat Kaur), jovem mulher desprezada que procura reconquistar o marido através de pratos saborosos. Ela descobriu imediatamente a troca das lancheiras mas, em vez de reparar de imediato o erro dizendo ao marido ou ao dabba, estabeleceu um diálogo com o receptor da alimentação através de mensagens em bilhetes no fundo da marmita. Assim, começa uma troca de confissões até à marcação de um encontro. Aí, embora sem dialogarem directamente, Saajan compreende estar muito velho para avançar com o contacto. No próximo bilhete, ele escreve não poder acabar com os sonhos da jovem mulher mas dá conta dessa diferença de idade e de perspectivas de futuro, o que significa um corte definitivo nessa relação através de mensagens.

No filme, há uma calma imensa, um olhar intenso sobre os sentimentos humanos, a percepção de vidas vazias, cuja rotina acaba por destruir os ideais. Vidas que decorrem entre casa e o emprego, aqui com tarefas repetitivas, onde cada um procura ocupar o lugar do outro, no transporte público como no emprego. O filme não conclui, deixa pistas ao espectador.

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