Sábado, 4 de Fevereiro de 2012
NOTA À IMPRENSA
Intelectuais brasileiros e portugueses pedem permanência de Carlos Fino em Brasília
Preocupados com a informação de que o Ministério dos Negócios Estrangeiros português teria decidido extinguir o cargo de Conselheiro de Imprensa na Embaixada de Portugal em Brasília, dezenas de jornalistas, acadêmicos e diversos outros profissionais do Brasil e Portugal decidiram enviar carta ao actual responsável pela diplomacia portuguesa, Paulo Portas.
A medida, se tomada, implicaria na saída do jornalista Carlos Fino, que ao longo dos últimos anos vem, com todo o empenho e dedicação, desempenhando essas funções.
O objetivo da missiva, disponível online em
http://www.peticoesonline.com/peticao/fica-fino/346, é evitar que tal decisão se concretize, o que, a verificar-se, além de prejudicar algumas iniciativas de cooperação em curso na área da mídia, poderia também refletir-se negativamente nas celebrações do Ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal, que irão realizar-se entre 7 de setembro de 2012 e 10 de Junho de 2013.
A campanha conta com perfil nas redes sociais (www.twitter.com/ficafino e
https://www.facebook.com/pages/Carlos-Fino/293117707412186?ref=tn_tnmn) e com a participação de prestigiados jornalistas e professores de diversas instituições de ensino superior dos dois países.
Depoimentos
Abaixo, alguns depoimentos a respeito da importância da permanência de Carlos Fino em Brasília:
“Aprovo e apóio com entusiasmo esta iniciativa. (...) Em 14 anos de contato com vários conselheiros de imprensa de várias embaixadas aqui em Brasília, asseguro que ele é dos melhores profissionais que já passaram por esta capital, em termos de eficiência, disposição e extremo profissionalismo no atendimento aos jornalistas em busca de informação. Isso torna ainda mais viável e consolidado o aprofundamento das relações bilaterais.”
Vera Souto – Editora - TV Globo
Carlos Fino é um dos mais emblemáticos jornalistas portugueses, de tal maneira marcou, ao longo de quarenta anos, a sua memória pública e o seu imaginário. Trabalhando na Embaixada Portuguesa em Brasília, "Carlos Fino colocou a sua extraordinária carreira profissional ao serviço da aproximação das comunidades portuguesa e brasileira, assim como do inter-conhecimento e da cooperação entre os média de Portugal e do Brasil. Seria lastimável que este aristocrata do jornalismo português fosse afastado de um lugar onde tem feito um notável trabalho, servindo Portugal e prestigiando o jornalismo português.
Moisés de Lemos Martins - Presidente da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM), e também da Federação Internacional de Comunicação Lusófona (LUSOCOM)
“É com muita honra e a certeza de estar tomando a iniciativa correta por tudo o que o Sr. Carlos Fino tem realizado em prol da cooperação no âmbito da CPLP que assino a presente carta de apoio.”
Lúcio Flávio Vale da Silva, Coordenador Externo da Escola Internacional de Futebol da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - EIF-CPLP-FEF-UnB
“O estreitamento das relações entre Brasil e Portugal tem no jornalista Carlos Fino um entusiasmado defensor, como provam sua ação na embaixada de Portugal e também a participação, como convidado especial, na série de TV Lá e Cá, exibida na RTP2 e na TV Cultura, durante minha gestão como presidente da emissora”.
Paulo Markun – jornalista, ex-apresentador do programa “Roda Viva” – da TV Cultura, o mais prestigiado programa de entrevistas da TV brasileira
“Meus sinceros cumprimentos pela iniciativa. (...) tenho o privilégio de poder considerar o CarlosFino um grande amigo, extraordinária figura humana e um dos mais competentes profissionais a quem tive o prazer de conhecer no exercício do jornalismo. Ético, sério, inteligente, perspicaz, amigo incondicional dos amigos, Carlos é daquelas pessoas a quem chamo de "amigo sem tempo nem distância". Está e estará sempre presente em minha memória e no coração. Torço para que ele permaneça no posto especialmente quando se celebra o Ano de Portugal no Brasil (e vice-versa). Afastá-lo do cargo neste momento será uma perda irreparável. Vamos aguardar que o bom senso prevaleça de modo a permitir que possamos continuar tendo a satisfação de conviver com o Carlos por, pelo menos, mais alguns anos.
Humberto Netto – jornalista
“Com certeza, (...) não podemos deixar que isso ocorra! Carlos é um grande profissional, além de um amigo.E, certamente, gostaríamos de tê-lo por aqui não apenas neste que será o ano de PT no BR, mas, por muito tempo, haja vista que Carlos tem nos brindado com sua experiência ímpar junto aos jornalistas brasileiros e lusófonos. Seria uma perda inestimável se ele fosse removido do Brasil. Não concordamos com isso, evidentemente.”
Alcimir Carmo, secretário executivo na Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa
Acredito que a imprensa brasileira, por exemplo, nunca esteve tão perto de Portugal graças ao brilhante trabalho que vem sendo realizado por Carlos Fino.Um jornalista que conhece comunicação como ninguém e sempre pronto a dar informações e auxiliar a todos quando se trata de divulgar Portugal.
Edgar Lisboa, Colunista Político do Jornal do Comércio (RS), presidente do Instituto Brasileiro do Rádio (IBR)
Exmo. Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Dr. Paulo Portas,
O ano de 2012 é estratégico para as relações luso-brasileiras, na medida em que a partir de setembro será celebrado o ano de Portugal no Brasil e vice-versa, momento adequado para o lançamento de bases de uma cooperação cada vez mais permanente que transforme retórica em práticas e atitudes.
Nesse sentido, nós, abaixo-assinados, gostaríamos de contar com a decisão de Vossa Excelência no sentido de manter a presença do jornalista Carlos Fino à frente das atividades como Conselheiro de Imprensa na Embaixada de Portugal em Brasília.
Uma eventual saída de Carlos Fino, agora, precisamente quando se prepara aquele evento, poderia colocar em risco uma série de esforços e articulações, umas já em curso outras em começo de projeto, promissoras de impactos humanos, científicos e económicos positivos no relacionamento entre os dois países.
Ao longo dos últimos sete anos, pudemos testemunhar o esforço de Carlos Fino em abrir espaço para a relação luso-brasileira nos órgãos de comunicação social, destacando sua atividade na assessoria da imprensa e na série de programas "Lá e Cá", trabalho realizado em parceria da RTP com a TV Cultura, que tem plenas possibilidades de prosseguir, agora numa nova série em acordo com a TV Brasil.
Cumpre relatar também que, como atestam os jornalistas que recorreram à Embaixada em busca de informação, é importante destacar a eficiência, o profissionalismo e a extrema correção com que ele sempre desempenhou sua tarefa. Na prática, isso também colaborou para o aprofundamento das relações bilaterais, na medida em que os meios de comunicação passam a veicular mais informações e abrir mais espaço sobre Portugal.
Ademais, são incontáveis as colaborações de Carlos Fino ao intercâmbio entre Brasil e Portugal, por meio de sua presença em encontros audiovisuais (a exemplo do Festlatino, em Pernambuco), eventos acadêmicos (LUSOCOM, em São Paulo), palestras, cursos (como o por ele realizado na Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro e também em São Paulo, na Bienal Internacional do Livro e sob os auspícios da Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa - FJLP) promoção de acordos de cooperação e participação em debates com estudantes, pesquisadores e professores de graduação e pós-graduação de prestigiosas instituições de ensino brasileiras, tais como, entre outras, Universidade de Brasília, Universidade Católica de Brasília, Universidade de Fortaleza, Universidade de São Paulo, Itaú Cultural, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal Fluminense, e portuguesas como Universidade do Minho, Universidade Lusíada, Universidade de Coimbra, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Universidade Portucalense.
Sabemos que o momento econômico português exige medidas de contenção que sacrificarão necessariamente muitas iniciativas e comprometerão muitos planos anteriormente definidos. No entanto, julgamos que, mesmo neste contexto, a ligação de Portugal ao Brasil deve não só ser protegida como até fortalecida. Numa altura em que as notícias dão abundantemente conta da intensificação dos fluxos de emigração de Portugal para o Brasil, apelamos à especial sensibilidade do Governo Português, no sentido de, com este gesto, encorajar uma relação entre dois países a que não faltam razões para reforçar os seus laços.
São motivações de ordem histórica, económica, política e simbólica que fundamentam o nosso entendimento de que a presença de Carlos Fino em Brasília, pelo menos até ao termo do Ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal, se traduziria em ganho efectivo para ambos os países, em termos de visibilidade, ação e promoção de uma cooperação cada vez mais alicerçada e com resultados que podem ser aferidos.
Encerrar o posto de conselheiro de imprensa na embaixada e afastar uma pessoa que desfruta de reconhecido prestígio junto dos media e dos meios universitários da comunicação no Brasil, e que, além disso, tem dado provas de grande empenho no fomento das relações bilaterais, não será certamente,
Senhor Ministro, a melhor forma de começar o Ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal.
Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos.
Com os melhores cumprimentos,
1) Fernando Oliveira Paulino, professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
2) Vera Souto, jornalista, Editora-TV Globo
3) Rogério Santos, professor da Universidade Católica Portuguesa
4) Madalena Oliveira, professora da Universidade do Minho
5) Giovana Teles, jornalista
6) Moisés de Lemos Martins, Presidente da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM), e também da Federação Internacional de Comunicação Lusófona (LUSOCOM)
7) Dad Squarisi, jornalista
8) Laurindo Leal Filho, professor da Universidade de São Paulo
9) Zélia Leal Adguirni, professora da Universidade de Brasília
10) Lúcio Flávio Vale da Silva, Coordenador Externo da Escola Internacional de Futebol da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - EIF-CPLP-FEF-UnB
11) Humberto França, vice-presidente para Relações Internacionais da Fundação Biblioteca Brasileira de Nova York e Presidente e fundador do Movimento Festlatino
12) Ricardo Noblat, jornalista
13) Francisco Câmpera, repórter da TV Bandeirantes
14) Samy Leal Adguirni, repórter da Folha de S. Paulo, correspondente em Teerã
15) Paulo Markun, jornalista
16) Antonio Hohlfeldt, Presidente da INTERCOM - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
17) Dione Moura, professora da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
18) Luiz Martins da Silva, prof. da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
19) Viviane dos Santos Brochardt, mestranda da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
20) Guiomar de Grammont, professora da Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais
21) Pedro Rafael Vilela Ferreira, mestrando da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
22) Luana Spinillo Poroca, mestranda do Programa de Pós Graduação em Comunicação da Universidade de Brasília
23) Rodrigo Garcia Vieira Braz, doutorando da Faculdade de Comunicação da UnB
24) Eduardo Hollanda - Revista Brasileiros - Editor Especial
25) Márcia Marques, professora da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
26) Roberto Petti, Gestão de Direitos e de Beneficiamento de Conteúdo TV Globo
27) José Carlos Torves, Diretor executivo da Federação Nacional de Jornalistas
28) Rolemberg Estevão de Souza, Conselheiro da Carreira de Diplomata do Ministério das Relações Exteriores
29) Sylvia Moretzsohn, professora de jornalismo na Universidade Federal Fluminense (Niterói/RJ)
30) Leyberson Lelis Chaves Pedrosa, jornalista e mestrando em Comunicação Social pela Universidade de Brasília.
31) José Eduardo Barella, jornalista
32) Paulo Caruso, Revista Época e Fundação Padre Anchieta - TV Cultura , São Paulo
33) José Brandão Coelho, Presidente Honorífico,Câmara de Comércio Brasil Portugal Paraná
34) Sérgio Dayrell Porto, professor da Faculdade de Comunicação da UnB
35) Alfredo Prado, jornalista, diretor dos portais Portugal Digital e África21 Digital
36) Kátia Cubel, jornalista, presidente do Prêmio Engenho de Comunicação – O Dia em que o Jornalista Vira Notícia
37) Carlos Manuel Pedroso Neves Cristo, Diretor da "Flecha de Lima Associados"
38) Alexandre Jorge Cavalcanti Ayres, médico do Hospital Universitário de Brasília
39) Humberto Netto, Assessor de Imprensa da Delegação da União Europeia no Brasil
40) Alcimir Antonio do Carmo, secretário executivo da Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa – FJLP
41) Osvaldo Ferreira, Maestro Titular - Orquestra Sinfônica do Paraná, Programador Musical - Allgarve 2011, Director Artístico - Oficina de Música de Curitiba
42) Ana Elisa Santana, jornalista e funcionária da TV Escola
43) Carlos Alberto Ribeiro De Xavier - Assessor Especial do Ministério da Educação
44) Manuel Fernando Lousada Soares, Diretor da LS – Net, Ex Secretário de Estado Adjunto de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
45) Liziane Guazina, Professora da Faculdade de Comunicação da UnB.
46) Ana Lúcia Prado Reis dos Santos, professora da Universidade da Amazônia, Belém-Pará e doutoranda da Universidade Fernando Pessoa, Porto-Portugal.
46) Victor Gentilli, jornalista, professor da Universidade Federal do Espírito Santo
47) Rogério Christofoletti, professor da Universidade Federal de Santa Catarina
48) Luiz Egypto de Cerqueira, jornalista, redator-chefe do Observatório da Imprensa (Brasil)
49) Ray Cunha, escritor e jornalista
50) Fábio Henrique Pereira, professor da Faculdade de Comunicação da UnB.
51) Flávia Rocha, jornalista
52) Walter Guimarães, jornalista
53) Paulo Victor Chagas, estudante e extensionista do Programa Comunicação Comunitária
54) Emily Almeida Azarias, estudante de Comunicação da Universidade de Brasília
55) Luiz Motta, professor da Faculdade de Comunicação da UnB, ex-secretário de Comunicação do Distrito Federal
56) Francisco Sant'Anna, jornalista, editor responsável do programa Diplomacia da TV Senado.
57) Lúcia Helena Alves de Sá, Presidente da Associação Casa Agostinho da Silva
58) Amândio Silva, Presidente da Associação Mares Navegados
59) Silvestre Gorgulho, Jornalista e ex-secretário de Estado de Cultura do Distrito Federal
60) Mariana Martins de Carvalho, doutoranda do Programa de Pós Graduação da Universidade de Brasília
NOTA À IMPRENSA
Intelectuais brasileiros e portugueses pedem permanência de Carlos Fino em Brasília
Preocupados com a informação de que o Ministério dos Negócios Estrangeiros português teria decidido extinguir o cargo de Conselheiro de Imprensa na Embaixada de Portugal em Brasília, dezenas de jornalistas, acadêmicos e diversos outros profissionais do Brasil e Portugal decidiram enviar carta ao actual responsável pela diplomacia portuguesa, Paulo Portas.
A medida, se tomada, implicaria na saída do jornalista Carlos Fino, que ao longo dos últimos anos vem, com todo o empenho e dedicação, desempenhando essas funções.
O objetivo da missiva, disponível online em
http://www.peticoesonline.com/peticao/fica-fino/346, é evitar que tal decisão se concretize, o que, a verificar-se, além de prejudicar algumas iniciativas de cooperação em curso na área da mídia, poderia também refletir-se negativamente nas celebrações do Ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal, que irão realizar-se entre 7 de setembro de 2012 e 10 de Junho de 2013.
A campanha conta com perfil nas redes sociais (www.twitter.com/ficafino e
https://www.facebook.com/pages/Carlos-Fino/293117707412186?ref=tn_tnmn) e com a participação de prestigiados jornalistas e professores de diversas instituições de ensino superior dos dois países.
Depoimentos
Abaixo, alguns depoimentos a respeito da importância da permanência de Carlos Fino em Brasília:
“Aprovo e apóio com entusiasmo esta iniciativa. (...) Em 14 anos de contato com vários conselheiros de imprensa de várias embaixadas aqui em Brasília, asseguro que ele é dos melhores profissionais que já passaram por esta capital, em termos de eficiência, disposição e extremo profissionalismo no atendimento aos jornalistas em busca de informação. Isso torna ainda mais viável e consolidado o aprofundamento das relações bilaterais.”
Vera Souto – Editora - TV Globo
Carlos Fino é um dos mais emblemáticos jornalistas portugueses, de tal maneira marcou, ao longo de quarenta anos, a sua memória pública e o seu imaginário. Trabalhando na Embaixada Portuguesa em Brasília, "Carlos Fino colocou a sua extraordinária carreira profissional ao serviço da aproximação das comunidades portuguesa e brasileira, assim como do inter-conhecimento e da cooperação entre os média de Portugal e do Brasil. Seria lastimável que este aristocrata do jornalismo português fosse afastado de um lugar onde tem feito um notável trabalho, servindo Portugal e prestigiando o jornalismo português.
Moisés de Lemos Martins - Presidente da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM), e também da Federação Internacional de Comunicação Lusófona (LUSOCOM)
“É com muita honra e a certeza de estar tomando a iniciativa correta por tudo o que o Sr. Carlos Fino tem realizado em prol da cooperação no âmbito da CPLP que assino a presente carta de apoio.”
Lúcio Flávio Vale da Silva, Coordenador Externo da Escola Internacional de Futebol da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - EIF-CPLP-FEF-UnB
“O estreitamento das relações entre Brasil e Portugal tem no jornalista Carlos Fino um entusiasmado defensor, como provam sua ação na embaixada de Portugal e também a participação, como convidado especial, na série de TV Lá e Cá, exibida na RTP2 e na TV Cultura, durante minha gestão como presidente da emissora”.
Paulo Markun – jornalista, ex-apresentador do programa “Roda Viva” – da TV Cultura, o mais prestigiado programa de entrevistas da TV brasileira
“Meus sinceros cumprimentos pela iniciativa. (...) tenho o privilégio de poder considerar o CarlosFino um grande amigo, extraordinária figura humana e um dos mais competentes profissionais a quem tive o prazer de conhecer no exercício do jornalismo. Ético, sério, inteligente, perspicaz, amigo incondicional dos amigos, Carlos é daquelas pessoas a quem chamo de "amigo sem tempo nem distância". Está e estará sempre presente em minha memória e no coração. Torço para que ele permaneça no posto especialmente quando se celebra o Ano de Portugal no Brasil (e vice-versa). Afastá-lo do cargo neste momento será uma perda irreparável. Vamos aguardar que o bom senso prevaleça de modo a permitir que possamos continuar tendo a satisfação de conviver com o Carlos por, pelo menos, mais alguns anos.
Humberto Netto – jornalista
“Com certeza, (...) não podemos deixar que isso ocorra! Carlos é um grande profissional, além de um amigo.E, certamente, gostaríamos de tê-lo por aqui não apenas neste que será o ano de PT no BR, mas, por muito tempo, haja vista que Carlos tem nos brindado com sua experiência ímpar junto aos jornalistas brasileiros e lusófonos. Seria uma perda inestimável se ele fosse removido do Brasil. Não concordamos com isso, evidentemente.”
Alcimir Carmo, secretário executivo na Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa
Acredito que a imprensa brasileira, por exemplo, nunca esteve tão perto de Portugal graças ao brilhante trabalho que vem sendo realizado por Carlos Fino.Um jornalista que conhece comunicação como ninguém e sempre pronto a dar informações e auxiliar a todos quando se trata de divulgar Portugal.
Edgar Lisboa, Colunista Político do Jornal do Comércio (RS), presidente do Instituto Brasileiro do Rádio (IBR)
Exmo. Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Dr. Paulo Portas,
O ano de 2012 é estratégico para as relações luso-brasileiras, na medida em que a partir de setembro será celebrado o ano de Portugal no Brasil e vice-versa, momento adequado para o lançamento de bases de uma cooperação cada vez mais permanente que transforme retórica em práticas e atitudes.
Nesse sentido, nós, abaixo-assinados, gostaríamos de contar com a decisão de Vossa Excelência no sentido de manter a presença do jornalista Carlos Fino à frente das atividades como Conselheiro de Imprensa na Embaixada de Portugal em Brasília.
Uma eventual saída de Carlos Fino, agora, precisamente quando se prepara aquele evento, poderia colocar em risco uma série de esforços e articulações, umas já em curso outras em começo de projeto, promissoras de impactos humanos, científicos e económicos positivos no relacionamento entre os dois países.
Ao longo dos últimos sete anos, pudemos testemunhar o esforço de Carlos Fino em abrir espaço para a relação luso-brasileira nos órgãos de comunicação social, destacando sua atividade na assessoria da imprensa e na série de programas "Lá e Cá", trabalho realizado em parceria da RTP com a TV Cultura, que tem plenas possibilidades de prosseguir, agora numa nova série em acordo com a TV Brasil.
Cumpre relatar também que, como atestam os jornalistas que recorreram à Embaixada em busca de informação, é importante destacar a eficiência, o profissionalismo e a extrema correção com que ele sempre desempenhou sua tarefa. Na prática, isso também colaborou para o aprofundamento das relações bilaterais, na medida em que os meios de comunicação passam a veicular mais informações e abrir mais espaço sobre Portugal.
Ademais, são incontáveis as colaborações de Carlos Fino ao intercâmbio entre Brasil e Portugal, por meio de sua presença em encontros audiovisuais (a exemplo do Festlatino, em Pernambuco), eventos acadêmicos (LUSOCOM, em São Paulo), palestras, cursos (como o por ele realizado na Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro e também em São Paulo, na Bienal Internacional do Livro e sob os auspícios da Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa - FJLP) promoção de acordos de cooperação e participação em debates com estudantes, pesquisadores e professores de graduação e pós-graduação de prestigiosas instituições de ensino brasileiras, tais como, entre outras, Universidade de Brasília, Universidade Católica de Brasília, Universidade de Fortaleza, Universidade de São Paulo, Itaú Cultural, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal Fluminense, e portuguesas como Universidade do Minho, Universidade Lusíada, Universidade de Coimbra, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Universidade Portucalense.
Sabemos que o momento econômico português exige medidas de contenção que sacrificarão necessariamente muitas iniciativas e comprometerão muitos planos anteriormente definidos. No entanto, julgamos que, mesmo neste contexto, a ligação de Portugal ao Brasil deve não só ser protegida como até fortalecida. Numa altura em que as notícias dão abundantemente conta da intensificação dos fluxos de emigração de Portugal para o Brasil, apelamos à especial sensibilidade do Governo Português, no sentido de, com este gesto, encorajar uma relação entre dois países a que não faltam razões para reforçar os seus laços.
São motivações de ordem histórica, económica, política e simbólica que fundamentam o nosso entendimento de que a presença de Carlos Fino em Brasília, pelo menos até ao termo do Ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal, se traduziria em ganho efectivo para ambos os países, em termos de visibilidade, ação e promoção de uma cooperação cada vez mais alicerçada e com resultados que podem ser aferidos.
Encerrar o posto de conselheiro de imprensa na embaixada e afastar uma pessoa que desfruta de reconhecido prestígio junto dos media e dos meios universitários da comunicação no Brasil, e que, além disso, tem dado provas de grande empenho no fomento das relações bilaterais, não será certamente,
Senhor Ministro, a melhor forma de começar o Ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal.
Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos.
Com os melhores cumprimentos,
1) Fernando Oliveira Paulino, professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
2) Vera Souto, jornalista, Editora-TV Globo
3) Rogério Santos, professor da Universidade Católica Portuguesa
4) Madalena Oliveira, professora da Universidade do Minho
5) Giovana Teles, jornalista
6) Moisés de Lemos Martins, Presidente da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM), e também da Federação Internacional de Comunicação Lusófona (LUSOCOM)
7) Dad Squarisi, jornalista
8) Laurindo Leal Filho, professor da Universidade de São Paulo
9) Zélia Leal Adguirni, professora da Universidade de Brasília
10) Lúcio Flávio Vale da Silva, Coordenador Externo da Escola Internacional de Futebol da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - EIF-CPLP-FEF-UnB
11) Humberto França, vice-presidente para Relações Internacionais da Fundação Biblioteca Brasileira de Nova York e Presidente e fundador do Movimento Festlatino
12) Ricardo Noblat, jornalista
13) Francisco Câmpera, repórter da TV Bandeirantes
14) Samy Leal Adguirni, repórter da Folha de S. Paulo, correspondente em Teerã
15) Paulo Markun, jornalista
16) Antonio Hohlfeldt, Presidente da INTERCOM - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
17) Dione Moura, professora da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
18) Luiz Martins da Silva, prof. da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
19) Viviane dos Santos Brochardt, mestranda da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
20) Guiomar de Grammont, professora da Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais
21) Pedro Rafael Vilela Ferreira, mestrando da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
22) Luana Spinillo Poroca, mestranda do Programa de Pós Graduação em Comunicação da Universidade de Brasília
23) Rodrigo Garcia Vieira Braz, doutorando da Faculdade de Comunicação da UnB
24) Eduardo Hollanda - Revista Brasileiros - Editor Especial
25) Márcia Marques, professora da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
26) Roberto Petti, Gestão de Direitos e de Beneficiamento de Conteúdo TV Globo
27) José Carlos Torves, Diretor executivo da Federação Nacional de Jornalistas
28) Rolemberg Estevão de Souza, Conselheiro da Carreira de Diplomata do Ministério das Relações Exteriores
29) Sylvia Moretzsohn, professora de jornalismo na Universidade Federal Fluminense (Niterói/RJ)
30) Leyberson Lelis Chaves Pedrosa, jornalista e mestrando em Comunicação Social pela Universidade de Brasília.
31) José Eduardo Barella, jornalista
32) Paulo Caruso, Revista Época e Fundação Padre Anchieta - TV Cultura , São Paulo
33) José Brandão Coelho, Presidente Honorífico,Câmara de Comércio Brasil Portugal Paraná
34) Sérgio Dayrell Porto, professor da Faculdade de Comunicação da UnB
35) Alfredo Prado, jornalista, diretor dos portais Portugal Digital e África21 Digital
36) Kátia Cubel, jornalista, presidente do Prêmio Engenho de Comunicação – O Dia em que o Jornalista Vira Notícia
37) Carlos Manuel Pedroso Neves Cristo, Diretor da "Flecha de Lima Associados"
38) Alexandre Jorge Cavalcanti Ayres, médico do Hospital Universitário de Brasília
39) Humberto Netto, Assessor de Imprensa da Delegação da União Europeia no Brasil
40) Alcimir Antonio do Carmo, secretário executivo da Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa – FJLP
41) Osvaldo Ferreira, Maestro Titular - Orquestra Sinfônica do Paraná, Programador Musical - Allgarve 2011, Director Artístico - Oficina de Música de Curitiba
42) Ana Elisa Santana, jornalista e funcionária da TV Escola
43) Carlos Alberto Ribeiro De Xavier - Assessor Especial do Ministério da Educação
44) Manuel Fernando Lousada Soares, Diretor da LS – Net, Ex Secretário de Estado Adjunto de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
45) Liziane Guazina, Professora da Faculdade de Comunicação da UnB.
46) Ana Lúcia Prado Reis dos Santos, professora da Universidade da Amazônia, Belém-Pará e doutoranda da Universidade Fernando Pessoa, Porto-Portugal.
46) Victor Gentilli, jornalista, professor da Universidade Federal do Espírito Santo
47) Rogério Christofoletti, professor da Universidade Federal de Santa Catarina
48) Luiz Egypto de Cerqueira, jornalista, redator-chefe do Observatório da Imprensa (Brasil)
49) Ray Cunha, escritor e jornalista
50) Fábio Henrique Pereira, professor da Faculdade de Comunicação da UnB.
51) Flávia Rocha, jornalista
52) Walter Guimarães, jornalista
53) Paulo Victor Chagas, estudante e extensionista do Programa Comunicação Comunitária
54) Emily Almeida Azarias, estudante de Comunicação da Universidade de Brasília
55) Luiz Motta, professor da Faculdade de Comunicação da UnB, ex-secretário de Comunicação do Distrito Federal
56) Francisco Sant'Anna, jornalista, editor responsável do programa Diplomacia da TV Senado.
57) Lúcia Helena Alves de Sá, Presidente da Associação Casa Agostinho da Silva
58) Amândio Silva, Presidente da Associação Mares Navegados
59) Silvestre Gorgulho, Jornalista e ex-secretário de Estado de Cultura do Distrito Federal
60) Mariana Martins de Carvalho, doutoranda do Programa de Pós Graduação da Universidade de Brasília
NOTA À IMPRENSA
Intelectuais brasileiros e portugueses pedem permanência de Carlos Fino em Brasília
Preocupados com a informação de que o Ministério dos Negócios Estrangeiros português teria decidido extinguir o cargo de Conselheiro de Imprensa na Embaixada de Portugal em Brasília, dezenas de jornalistas, acadêmicos e diversos outros profissionais do Brasil e Portugal decidiram enviar carta ao actual responsável pela diplomacia portuguesa, Paulo Portas.
A medida, se tomada, implicaria na saída do jornalista Carlos Fino, que ao longo dos últimos anos vem, com todo o empenho e dedicação, desempenhando essas funções.
O objetivo da missiva, disponível online em
http://www.peticoesonline.com/peticao/fica-fino/346, é evitar que tal decisão se concretize, o que, a verificar-se, além de prejudicar algumas iniciativas de cooperação em curso na área da mídia, poderia também refletir-se negativamente nas celebrações do Ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal, que irão realizar-se entre 7 de setembro de 2012 e 10 de Junho de 2013.
A campanha conta com perfil nas redes sociais (www.twitter.com/ficafino e
https://www.facebook.com/pages/Carlos-Fino/293117707412186?ref=tn_tnmn) e com a participação de prestigiados jornalistas e professores de diversas instituições de ensino superior dos dois países.
Depoimentos
Abaixo, alguns depoimentos a respeito da importância da permanência de Carlos Fino em Brasília:
“Aprovo e apóio com entusiasmo esta iniciativa. (...) Em 14 anos de contato com vários conselheiros de imprensa de várias embaixadas aqui em Brasília, asseguro que ele é dos melhores profissionais que já passaram por esta capital, em termos de eficiência, disposição e extremo profissionalismo no atendimento aos jornalistas em busca de informação. Isso torna ainda mais viável e consolidado o aprofundamento das relações bilaterais.”
Vera Souto – Editora - TV Globo
Carlos Fino é um dos mais emblemáticos jornalistas portugueses, de tal maneira marcou, ao longo de quarenta anos, a sua memória pública e o seu imaginário. Trabalhando na Embaixada Portuguesa em Brasília, "Carlos Fino colocou a sua extraordinária carreira profissional ao serviço da aproximação das comunidades portuguesa e brasileira, assim como do inter-conhecimento e da cooperação entre os média de Portugal e do Brasil. Seria lastimável que este aristocrata do jornalismo português fosse afastado de um lugar onde tem feito um notável trabalho, servindo Portugal e prestigiando o jornalismo português.
Moisés de Lemos Martins - Presidente da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM), e também da Federação Internacional de Comunicação Lusófona (LUSOCOM)
“É com muita honra e a certeza de estar tomando a iniciativa correta por tudo o que o Sr. Carlos Fino tem realizado em prol da cooperação no âmbito da CPLP que assino a presente carta de apoio.”
Lúcio Flávio Vale da Silva, Coordenador Externo da Escola Internacional de Futebol da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - EIF-CPLP-FEF-UnB
“O estreitamento das relações entre Brasil e Portugal tem no jornalista Carlos Fino um entusiasmado defensor, como provam sua ação na embaixada de Portugal e também a participação, como convidado especial, na série de TV Lá e Cá, exibida na RTP2 e na TV Cultura, durante minha gestão como presidente da emissora”.
Paulo Markun – jornalista, ex-apresentador do programa “Roda Viva” – da TV Cultura, o mais prestigiado programa de entrevistas da TV brasileira
“Meus sinceros cumprimentos pela iniciativa. (...) tenho o privilégio de poder considerar o CarlosFino um grande amigo, extraordinária figura humana e um dos mais competentes profissionais a quem tive o prazer de conhecer no exercício do jornalismo. Ético, sério, inteligente, perspicaz, amigo incondicional dos amigos, Carlos é daquelas pessoas a quem chamo de "amigo sem tempo nem distância". Está e estará sempre presente em minha memória e no coração. Torço para que ele permaneça no posto especialmente quando se celebra o Ano de Portugal no Brasil (e vice-versa). Afastá-lo do cargo neste momento será uma perda irreparável. Vamos aguardar que o bom senso prevaleça de modo a permitir que possamos continuar tendo a satisfação de conviver com o Carlos por, pelo menos, mais alguns anos.
Humberto Netto – jornalista
“Com certeza, (...) não podemos deixar que isso ocorra! Carlos é um grande profissional, além de um amigo.E, certamente, gostaríamos de tê-lo por aqui não apenas neste que será o ano de PT no BR, mas, por muito tempo, haja vista que Carlos tem nos brindado com sua experiência ímpar junto aos jornalistas brasileiros e lusófonos. Seria uma perda inestimável se ele fosse removido do Brasil. Não concordamos com isso, evidentemente.”
Alcimir Carmo, secretário executivo na Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa
Acredito que a imprensa brasileira, por exemplo, nunca esteve tão perto de Portugal graças ao brilhante trabalho que vem sendo realizado por Carlos Fino.Um jornalista que conhece comunicação como ninguém e sempre pronto a dar informações e auxiliar a todos quando se trata de divulgar Portugal.
Edgar Lisboa, Colunista Político do Jornal do Comércio (RS), presidente do Instituto Brasileiro do Rádio (IBR)
Exmo. Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Dr. Paulo Portas,
O ano de 2012 é estratégico para as relações luso-brasileiras, na medida em que a partir de setembro será celebrado o ano de Portugal no Brasil e vice-versa, momento adequado para o lançamento de bases de uma cooperação cada vez mais permanente que transforme retórica em práticas e atitudes.
Nesse sentido, nós, abaixo-assinados, gostaríamos de contar com a decisão de Vossa Excelência no sentido de manter a presença do jornalista Carlos Fino à frente das atividades como Conselheiro de Imprensa na Embaixada de Portugal em Brasília.
Uma eventual saída de Carlos Fino, agora, precisamente quando se prepara aquele evento, poderia colocar em risco uma série de esforços e articulações, umas já em curso outras em começo de projeto, promissoras de impactos humanos, científicos e económicos positivos no relacionamento entre os dois países.
Ao longo dos últimos sete anos, pudemos testemunhar o esforço de Carlos Fino em abrir espaço para a relação luso-brasileira nos órgãos de comunicação social, destacando sua atividade na assessoria da imprensa e na série de programas "Lá e Cá", trabalho realizado em parceria da RTP com a TV Cultura, que tem plenas possibilidades de prosseguir, agora numa nova série em acordo com a TV Brasil.
Cumpre relatar também que, como atestam os jornalistas que recorreram à Embaixada em busca de informação, é importante destacar a eficiência, o profissionalismo e a extrema correção com que ele sempre desempenhou sua tarefa. Na prática, isso também colaborou para o aprofundamento das relações bilaterais, na medida em que os meios de comunicação passam a veicular mais informações e abrir mais espaço sobre Portugal.
Ademais, são incontáveis as colaborações de Carlos Fino ao intercâmbio entre Brasil e Portugal, por meio de sua presença em encontros audiovisuais (a exemplo do Festlatino, em Pernambuco), eventos acadêmicos (LUSOCOM, em São Paulo), palestras, cursos (como o por ele realizado na Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro e também em São Paulo, na Bienal Internacional do Livro e sob os auspícios da Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa - FJLP) promoção de acordos de cooperação e participação em debates com estudantes, pesquisadores e professores de graduação e pós-graduação de prestigiosas instituições de ensino brasileiras, tais como, entre outras, Universidade de Brasília, Universidade Católica de Brasília, Universidade de Fortaleza, Universidade de São Paulo, Itaú Cultural, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal Fluminense, e portuguesas como Universidade do Minho, Universidade Lusíada, Universidade de Coimbra, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Universidade Portucalense.
Sabemos que o momento econômico português exige medidas de contenção que sacrificarão necessariamente muitas iniciativas e comprometerão muitos planos anteriormente definidos. No entanto, julgamos que, mesmo neste contexto, a ligação de Portugal ao Brasil deve não só ser protegida como até fortalecida. Numa altura em que as notícias dão abundantemente conta da intensificação dos fluxos de emigração de Portugal para o Brasil, apelamos à especial sensibilidade do Governo Português, no sentido de, com este gesto, encorajar uma relação entre dois países a que não faltam razões para reforçar os seus laços.
São motivações de ordem histórica, económica, política e simbólica que fundamentam o nosso entendimento de que a presença de Carlos Fino em Brasília, pelo menos até ao termo do Ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal, se traduziria em ganho efectivo para ambos os países, em termos de visibilidade, ação e promoção de uma cooperação cada vez mais alicerçada e com resultados que podem ser aferidos.
Encerrar o posto de conselheiro de imprensa na embaixada e afastar uma pessoa que desfruta de reconhecido prestígio junto dos media e dos meios universitários da comunicação no Brasil, e que, além disso, tem dado provas de grande empenho no fomento das relações bilaterais, não será certamente,
Senhor Ministro, a melhor forma de começar o Ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal.
Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos.
Com os melhores cumprimentos,
1) Fernando Oliveira Paulino, professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
2) Vera Souto, jornalista, Editora-TV Globo
3) Rogério Santos, professor da Universidade Católica Portuguesa
4) Madalena Oliveira, professora da Universidade do Minho
5) Giovana Teles, jornalista
6) Moisés de Lemos Martins, Presidente da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM), e também da Federação Internacional de Comunicação Lusófona (LUSOCOM)
7) Dad Squarisi, jornalista
8) Laurindo Leal Filho, professor da Universidade de São Paulo
9) Zélia Leal Adguirni, professora da Universidade de Brasília
10) Lúcio Flávio Vale da Silva, Coordenador Externo da Escola Internacional de Futebol da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - EIF-CPLP-FEF-UnB
11) Humberto França, vice-presidente para Relações Internacionais da Fundação Biblioteca Brasileira de Nova York e Presidente e fundador do Movimento Festlatino
12) Ricardo Noblat, jornalista
13) Francisco Câmpera, repórter da TV Bandeirantes
14) Samy Leal Adguirni, repórter da Folha de S. Paulo, correspondente em Teerã
15) Paulo Markun, jornalista
16) Antonio Hohlfeldt, Presidente da INTERCOM - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
17) Dione Moura, professora da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
18) Luiz Martins da Silva, prof. da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
19) Viviane dos Santos Brochardt, mestranda da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
20) Guiomar de Grammont, professora da Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais
21) Pedro Rafael Vilela Ferreira, mestrando da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
22) Luana Spinillo Poroca, mestranda do Programa de Pós Graduação em Comunicação da Universidade de Brasília
23) Rodrigo Garcia Vieira Braz, doutorando da Faculdade de Comunicação da UnB
24) Eduardo Hollanda - Revista Brasileiros - Editor Especial
25) Márcia Marques, professora da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
26) Roberto Petti, Gestão de Direitos e de Beneficiamento de Conteúdo TV Globo
27) José Carlos Torves, Diretor executivo da Federação Nacional de Jornalistas
28) Rolemberg Estevão de Souza, Conselheiro da Carreira de Diplomata do Ministério das Relações Exteriores
29) Sylvia Moretzsohn, professora de jornalismo na Universidade Federal Fluminense (Niterói/RJ)
30) Leyberson Lelis Chaves Pedrosa, jornalista e mestrando em Comunicação Social pela Universidade de Brasília.
31) José Eduardo Barella, jornalista
32) Paulo Caruso, Revista Época e Fundação Padre Anchieta - TV Cultura , São Paulo
33) José Brandão Coelho, Presidente Honorífico,Câmara de Comércio Brasil Portugal Paraná
34) Sérgio Dayrell Porto, professor da Faculdade de Comunicação da UnB
35) Alfredo Prado, jornalista, diretor dos portais Portugal Digital e África21 Digital
36) Kátia Cubel, jornalista, presidente do Prêmio Engenho de Comunicação – O Dia em que o Jornalista Vira Notícia
37) Carlos Manuel Pedroso Neves Cristo, Diretor da "Flecha de Lima Associados"
38) Alexandre Jorge Cavalcanti Ayres, médico do Hospital Universitário de Brasília
39) Humberto Netto, Assessor de Imprensa da Delegação da União Europeia no Brasil
40) Alcimir Antonio do Carmo, secretário executivo da Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa – FJLP
41) Osvaldo Ferreira, Maestro Titular - Orquestra Sinfônica do Paraná, Programador Musical - Allgarve 2011, Director Artístico - Oficina de Música de Curitiba
42) Ana Elisa Santana, jornalista e funcionária da TV Escola
43) Carlos Alberto Ribeiro De Xavier - Assessor Especial do Ministério da Educação
44) Manuel Fernando Lousada Soares, Diretor da LS – Net, Ex Secretário de Estado Adjunto de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
45) Liziane Guazina, Professora da Faculdade de Comunicação da UnB.
46) Ana Lúcia Prado Reis dos Santos, professora da Universidade da Amazônia, Belém-Pará e doutoranda da Universidade Fernando Pessoa, Porto-Portugal.
46) Victor Gentilli, jornalista, professor da Universidade Federal do Espírito Santo
47) Rogério Christofoletti, professor da Universidade Federal de Santa Catarina
48) Luiz Egypto de Cerqueira, jornalista, redator-chefe do Observatório da Imprensa (Brasil)
49) Ray Cunha, escritor e jornalista
50) Fábio Henrique Pereira, professor da Faculdade de Comunicação da UnB.
51) Flávia Rocha, jornalista
52) Walter Guimarães, jornalista
53) Paulo Victor Chagas, estudante e extensionista do Programa Comunicação Comunitária
54) Emily Almeida Azarias, estudante de Comunicação da Universidade de Brasília
55) Luiz Motta, professor da Faculdade de Comunicação da UnB, ex-secretário de Comunicação do Distrito Federal
56) Francisco Sant'Anna, jornalista, editor responsável do programa Diplomacia da TV Senado.
57) Lúcia Helena Alves de Sá, Presidente da Associação Casa Agostinho da Silva
58) Amândio Silva, Presidente da Associação Mares Navegados
59) Silvestre Gorgulho, Jornalista e ex-secretário de Estado de Cultura do Distrito Federal
60) Mariana Martins de Carvalho, doutoranda do Programa de Pós Graduação da Universidade de Brasília
NOTA À IMPRENSA
Intelectuais brasileiros e portugueses pedem permanência de Carlos Fino em Brasília
Preocupados com a informação de que o Ministério dos Negócios Estrangeiros português teria decidido extinguir o cargo de Conselheiro de Imprensa na Embaixada de Portugal em Brasília, dezenas de jornalistas, acadêmicos e diversos outros profissionais do Brasil e Portugal decidiram enviar carta ao actual responsável pela diplomacia portuguesa, Paulo Portas.
A medida, se tomada, implicaria na saída do jornalista Carlos Fino, que ao longo dos últimos anos vem, com todo o empenho e dedicação, desempenhando essas funções.
O objetivo da missiva, disponível online em
http://www.peticoesonline.com/peticao/fica-fino/346, é evitar que tal decisão se concretize, o que, a verificar-se, além de prejudicar algumas iniciativas de cooperação em curso na área da mídia, poderia também refletir-se negativamente nas celebrações do Ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal, que irão realizar-se entre 7 de setembro de 2012 e 10 de Junho de 2013.
A campanha conta com perfil nas redes sociais (www.twitter.com/ficafino e
https://www.facebook.com/pages/Carlos-Fino/293117707412186?ref=tn_tnmn) e com a participação de prestigiados jornalistas e professores de diversas instituições de ensino superior dos dois países.
Depoimentos
Abaixo, alguns depoimentos a respeito da importância da permanência de Carlos Fino em Brasília:
“Aprovo e apóio com entusiasmo esta iniciativa. (...) Em 14 anos de contato com vários conselheiros de imprensa de várias embaixadas aqui em Brasília, asseguro que ele é dos melhores profissionais que já passaram por esta capital, em termos de eficiência, disposição e extremo profissionalismo no atendimento aos jornalistas em busca de informação. Isso torna ainda mais viável e consolidado o aprofundamento das relações bilaterais.”
Vera Souto – Editora - TV Globo
Carlos Fino é um dos mais emblemáticos jornalistas portugueses, de tal maneira marcou, ao longo de quarenta anos, a sua memória pública e o seu imaginário. Trabalhando na Embaixada Portuguesa em Brasília, "Carlos Fino colocou a sua extraordinária carreira profissional ao serviço da aproximação das comunidades portuguesa e brasileira, assim como do inter-conhecimento e da cooperação entre os média de Portugal e do Brasil. Seria lastimável que este aristocrata do jornalismo português fosse afastado de um lugar onde tem feito um notável trabalho, servindo Portugal e prestigiando o jornalismo português.
Moisés de Lemos Martins - Presidente da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM), e também da Federação Internacional de Comunicação Lusófona (LUSOCOM)
“É com muita honra e a certeza de estar tomando a iniciativa correta por tudo o que o Sr. Carlos Fino tem realizado em prol da cooperação no âmbito da CPLP que assino a presente carta de apoio.”
Lúcio Flávio Vale da Silva, Coordenador Externo da Escola Internacional de Futebol da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - EIF-CPLP-FEF-UnB
“O estreitamento das relações entre Brasil e Portugal tem no jornalista Carlos Fino um entusiasmado defensor, como provam sua ação na embaixada de Portugal e também a participação, como convidado especial, na série de TV Lá e Cá, exibida na RTP2 e na TV Cultura, durante minha gestão como presidente da emissora”.
Paulo Markun – jornalista, ex-apresentador do programa “Roda Viva” – da TV Cultura, o mais prestigiado programa de entrevistas da TV brasileira
“Meus sinceros cumprimentos pela iniciativa. (...) tenho o privilégio de poder considerar o CarlosFino um grande amigo, extraordinária figura humana e um dos mais competentes profissionais a quem tive o prazer de conhecer no exercício do jornalismo. Ético, sério, inteligente, perspicaz, amigo incondicional dos amigos, Carlos é daquelas pessoas a quem chamo de "amigo sem tempo nem distância". Está e estará sempre presente em minha memória e no coração. Torço para que ele permaneça no posto especialmente quando se celebra o Ano de Portugal no Brasil (e vice-versa). Afastá-lo do cargo neste momento será uma perda irreparável. Vamos aguardar que o bom senso prevaleça de modo a permitir que possamos continuar tendo a satisfação de conviver com o Carlos por, pelo menos, mais alguns anos.
Humberto Netto – jornalista
“Com certeza, (...) não podemos deixar que isso ocorra! Carlos é um grande profissional, além de um amigo.E, certamente, gostaríamos de tê-lo por aqui não apenas neste que será o ano de PT no BR, mas, por muito tempo, haja vista que Carlos tem nos brindado com sua experiência ímpar junto aos jornalistas brasileiros e lusófonos. Seria uma perda inestimável se ele fosse removido do Brasil. Não concordamos com isso, evidentemente.”
Alcimir Carmo, secretário executivo na Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa
Acredito que a imprensa brasileira, por exemplo, nunca esteve tão perto de Portugal graças ao brilhante trabalho que vem sendo realizado por Carlos Fino.Um jornalista que conhece comunicação como ninguém e sempre pronto a dar informações e auxiliar a todos quando se trata de divulgar Portugal.
Edgar Lisboa, Colunista Político do Jornal do Comércio (RS), presidente do Instituto Brasileiro do Rádio (IBR)
Exmo. Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Dr. Paulo Portas,
O ano de 2012 é estratégico para as relações luso-brasileiras, na medida em que a partir de setembro será celebrado o ano de Portugal no Brasil e vice-versa, momento adequado para o lançamento de bases de uma cooperação cada vez mais permanente que transforme retórica em práticas e atitudes.
Nesse sentido, nós, abaixo-assinados, gostaríamos de contar com a decisão de Vossa Excelência no sentido de manter a presença do jornalista Carlos Fino à frente das atividades como Conselheiro de Imprensa na Embaixada de Portugal em Brasília.
Uma eventual saída de Carlos Fino, agora, precisamente quando se prepara aquele evento, poderia colocar em risco uma série de esforços e articulações, umas já em curso outras em começo de projeto, promissoras de impactos humanos, científicos e económicos positivos no relacionamento entre os dois países.
Ao longo dos últimos sete anos, pudemos testemunhar o esforço de Carlos Fino em abrir espaço para a relação luso-brasileira nos órgãos de comunicação social, destacando sua atividade na assessoria da imprensa e na série de programas "Lá e Cá", trabalho realizado em parceria da RTP com a TV Cultura, que tem plenas possibilidades de prosseguir, agora numa nova série em acordo com a TV Brasil.
Cumpre relatar também que, como atestam os jornalistas que recorreram à Embaixada em busca de informação, é importante destacar a eficiência, o profissionalismo e a extrema correção com que ele sempre desempenhou sua tarefa. Na prática, isso também colaborou para o aprofundamento das relações bilaterais, na medida em que os meios de comunicação passam a veicular mais informações e abrir mais espaço sobre Portugal.
Ademais, são incontáveis as colaborações de Carlos Fino ao intercâmbio entre Brasil e Portugal, por meio de sua presença em encontros audiovisuais (a exemplo do Festlatino, em Pernambuco), eventos acadêmicos (LUSOCOM, em São Paulo), palestras, cursos (como o por ele realizado na Associação Brasileira de Imprensa, no Rio de Janeiro e também em São Paulo, na Bienal Internacional do Livro e sob os auspícios da Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa - FJLP) promoção de acordos de cooperação e participação em debates com estudantes, pesquisadores e professores de graduação e pós-graduação de prestigiosas instituições de ensino brasileiras, tais como, entre outras, Universidade de Brasília, Universidade Católica de Brasília, Universidade de Fortaleza, Universidade de São Paulo, Itaú Cultural, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal Fluminense, e portuguesas como Universidade do Minho, Universidade Lusíada, Universidade de Coimbra, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Universidade Portucalense.
Sabemos que o momento econômico português exige medidas de contenção que sacrificarão necessariamente muitas iniciativas e comprometerão muitos planos anteriormente definidos. No entanto, julgamos que, mesmo neste contexto, a ligação de Portugal ao Brasil deve não só ser protegida como até fortalecida. Numa altura em que as notícias dão abundantemente conta da intensificação dos fluxos de emigração de Portugal para o Brasil, apelamos à especial sensibilidade do Governo Português, no sentido de, com este gesto, encorajar uma relação entre dois países a que não faltam razões para reforçar os seus laços.
São motivações de ordem histórica, económica, política e simbólica que fundamentam o nosso entendimento de que a presença de Carlos Fino em Brasília, pelo menos até ao termo do Ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal, se traduziria em ganho efectivo para ambos os países, em termos de visibilidade, ação e promoção de uma cooperação cada vez mais alicerçada e com resultados que podem ser aferidos.
Encerrar o posto de conselheiro de imprensa na embaixada e afastar uma pessoa que desfruta de reconhecido prestígio junto dos media e dos meios universitários da comunicação no Brasil, e que, além disso, tem dado provas de grande empenho no fomento das relações bilaterais, não será certamente,
Senhor Ministro, a melhor forma de começar o Ano de Portugal no Brasil e do Brasil em Portugal.
Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos.
Com os melhores cumprimentos,
1) Fernando Oliveira Paulino, professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
2) Vera Souto, jornalista, Editora-TV Globo
3) Rogério Santos, professor da Universidade Católica Portuguesa
4) Madalena Oliveira, professora da Universidade do Minho
5) Giovana Teles, jornalista
6) Moisés de Lemos Martins, Presidente da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (SOPCOM), e também da Federação Internacional de Comunicação Lusófona (LUSOCOM)
7) Dad Squarisi, jornalista
8) Laurindo Leal Filho, professor da Universidade de São Paulo
9) Zélia Leal Adguirni, professora da Universidade de Brasília
10) Lúcio Flávio Vale da Silva, Coordenador Externo da Escola Internacional de Futebol da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - EIF-CPLP-FEF-UnB
11) Humberto França, vice-presidente para Relações Internacionais da Fundação Biblioteca Brasileira de Nova York e Presidente e fundador do Movimento Festlatino
12) Ricardo Noblat, jornalista
13) Francisco Câmpera, repórter da TV Bandeirantes
14) Samy Leal Adguirni, repórter da Folha de S. Paulo, correspondente em Teerã
15) Paulo Markun, jornalista
16) Antonio Hohlfeldt, Presidente da INTERCOM - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação
17) Dione Moura, professora da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
18) Luiz Martins da Silva, prof. da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
19) Viviane dos Santos Brochardt, mestranda da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
20) Guiomar de Grammont, professora da Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais
21) Pedro Rafael Vilela Ferreira, mestrando da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
22) Luana Spinillo Poroca, mestranda do Programa de Pós Graduação em Comunicação da Universidade de Brasília
23) Rodrigo Garcia Vieira Braz, doutorando da Faculdade de Comunicação da UnB
24) Eduardo Hollanda - Revista Brasileiros - Editor Especial
25) Márcia Marques, professora da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília
26) Roberto Petti, Gestão de Direitos e de Beneficiamento de Conteúdo TV Globo
27) José Carlos Torves, Diretor executivo da Federação Nacional de Jornalistas
28) Rolemberg Estevão de Souza, Conselheiro da Carreira de Diplomata do Ministério das Relações Exteriores
29) Sylvia Moretzsohn, professora de jornalismo na Universidade Federal Fluminense (Niterói/RJ)
30) Leyberson Lelis Chaves Pedrosa, jornalista e mestrando em Comunicação Social pela Universidade de Brasília.
31) José Eduardo Barella, jornalista
32) Paulo Caruso, Revista Época e Fundação Padre Anchieta - TV Cultura , São Paulo
33) José Brandão Coelho, Presidente Honorífico,Câmara de Comércio Brasil Portugal Paraná
34) Sérgio Dayrell Porto, professor da Faculdade de Comunicação da UnB
35) Alfredo Prado, jornalista, diretor dos portais Portugal Digital e África21 Digital
36) Kátia Cubel, jornalista, presidente do Prêmio Engenho de Comunicação – O Dia em que o Jornalista Vira Notícia
37) Carlos Manuel Pedroso Neves Cristo, Diretor da "Flecha de Lima Associados"
38) Alexandre Jorge Cavalcanti Ayres, médico do Hospital Universitário de Brasília
39) Humberto Netto, Assessor de Imprensa da Delegação da União Europeia no Brasil
40) Alcimir Antonio do Carmo, secretário executivo da Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa – FJLP
41) Osvaldo Ferreira, Maestro Titular - Orquestra Sinfônica do Paraná, Programador Musical - Allgarve 2011, Director Artístico - Oficina de Música de Curitiba
42) Ana Elisa Santana, jornalista e funcionária da TV Escola
43) Carlos Alberto Ribeiro De Xavier - Assessor Especial do Ministério da Educação
44) Manuel Fernando Lousada Soares, Diretor da LS – Net, Ex Secretário de Estado Adjunto de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
45) Liziane Guazina, Professora da Faculdade de Comunicação da UnB.
46) Ana Lúcia Prado Reis dos Santos, professora da Universidade da Amazônia, Belém-Pará e doutoranda da Universidade Fernando Pessoa, Porto-Portugal.
46) Victor Gentilli, jornalista, professor da Universidade Federal do Espírito Santo
47) Rogério Christofoletti, professor da Universidade Federal de Santa Catarina
48) Luiz Egypto de Cerqueira, jornalista, redator-chefe do Observatório da Imprensa (Brasil)
49) Ray Cunha, escritor e jornalista
50) Fábio Henrique Pereira, professor da Faculdade de Comunicação da UnB.
51) Flávia Rocha, jornalista
52) Walter Guimarães, jornalista
53) Paulo Victor Chagas, estudante e extensionista do Programa Comunicação Comunitária
54) Emily Almeida Azarias, estudante de Comunicação da Universidade de Brasília
55) Luiz Motta, professor da Faculdade de Comunicação da UnB, ex-secretário de Comunicação do Distrito Federal
56) Francisco Sant'Anna, jornalista, editor responsável do programa Diplomacia da TV Senado.
57) Lúcia Helena Alves de Sá, Presidente da Associação Casa Agostinho da Silva
58) Amândio Silva, Presidente da Associação Mares Navegados
59) Silvestre Gorgulho, Jornalista e ex-secretário de Estado de Cultura do Distrito Federal
60) Mariana Martins de Carvalho, doutoranda do Programa de Pós Graduação da Universidade de Brasília
Quinta-feira, 2 de Fevereiro de 2012
A tese de mestrado de Leonor Losa (
"Nós humanizámos a indústria". Reconfiguração da produção fonográfica e musical em Portugal na década de 60) foi defendida em 2009 na Universidade Nova de Lisboa. Trabalho de grande qualidade, fiquei a conhecer bastante melhor a atividade fonográfica do país naquele período quando o li agora.
Logo à entrada, a autora diz que a sua tese tinha por objetivo a reconfiguração da produção discográfica, em especial a do editor Arnaldo Trindade, a quem dedica os dois últimos capítulos. O texto tem introdução, cinco capítulos e conclusões. Os nomes dos capítulos são: 2) "Musicas" e "machinas falantes": mercado de partituras e fonogramas em Portugal desde meados do século XIX até à década de 30, 3) A emergência da rádio: sobreposição de reportórios dos anos 30 ao início dos anos 60 do seculo XX (criação da Emissora Nacional, surgimento de "fábricas de discos" e novos reportórios, centralidade da rádio), 4) Panorama editorial em Portugal nos anos 60 (protagonismo da Valentim de Carvalho, Fábrica de Discos Rádio Triunfo: nacionalização da produção fonográfica, Sassetti: edição de novos reportórios, atividade editorial no país nos anos 60), 5) Arnaldo Trindade: percurso biográfico e constituição da editora, 6) "Nós humanizámos a indústria". Reconfiguração da produção fonográfica em Portugal na década de 60 (postura editorial de Arnaldo Trindade e relação com os músicos, produção de "música de tema": tentativas de designação genérica dos produtos musicais).
No quarto capítulo, a autora aborda a autonomização da produção fonográfica em Portugal e o protagonismo dos espetáculos (p. 57), bem como o papel da imprensa especializada, de que releva o
Mundo da Canção. A criação de uma fábrica de discos da Valentim de Carvalho ocorreu no começo da década de 1960, já depois do falecimento do fundador da empresa. Um dos sobrinhos, Rui Valentim de Carvalho, contra a vontade da empresa, abriu a fábrica do Campo Pequeno, onde se realizaria a prensagem de EP de gravações originais e cópias de gravações de editoras e etiquetas estrangeiras (p. 64). Na mesma década, seria construído o estúdio de Paço d'Arcos. A centralidade de reportório no fado (caso da fadista Amália Rodrigues) e a qualidade de gravações feitas pelo técnico de som Hugo Ribeiro garantiram a supremacia da editora. A Valentim de Carvalho apostou também em estilos de música importada caso das tipologias
rock'n'roll e
ié-ié (
pop de origem francesa). Já a Fábrica de Discos Rádio Triunfo, fundada em 1946 no Porto, começara como loja de rádios e aparelhos de transmissão (p. 65), dando início em 1948 à produção de fonogramas. A Rádio Triunfo seria também editora, tendo um catálogo forte em música de ranchos folclóricos e intérpretes que desenvolviam as suas carreiras na rádio (Tony de Matos, Maria de Lurdes Resende, Maria Clara, Gabriel Cardoso), com uma relação de proximidade com a Emissora Nacional, cujo estúdio em Vila Nova de Gaia era usado habitualmente para gravações de discos.
A Sasseti, fundada em 1848, seria comprada por António Marques de Almeida e dois outros sócios que tinham fundado a cooperativa Guilda da Música em 1967 (p. 70). Pouco tempo depois associada à organização Zip-Zip, a Sassetti teve uma forte incidência nas gravações de música erudita (Antologia da Música Europeia) e de música popular portuguesa (Sérgio Godinho, José Mário Branco, Luís Cília e José Afonso). Finalmente, a Arnaldo Trindade, cujo proprietário estivera com frequência nos Estados Unidos, distribuiu discos de cantores em voga franceses (Johnny Halliday, Françoise Hardi, Serge Gainsbourg) e ingleses (Sandie Shaw), mas também as etiquetas Island (soul music, rythm'n'blues) e Tamla Motown (reggae) (p. 76). Numa das visitas aos Estados Unidos, Arnaldo Trindade comprara uma máquina de gravação Ampex, de quatro pistas, começando a gravar em 1952. Iniciou a etiqueta Orfeu em 1956 e publicou discos do Conjunto Pedro Osório, Titãs, Conjunto Sousa Pinto, Pop Five Music Incorporated, mas também do Conjunto Maria Albertina, Conjunto António Mafra, Quim Barreiros, num apoio nítido à produção discográfica do norte do país (p. 81). Arnaldo Trindade notabilizou-se ainda pelas estratégias de promoção: oferta de fonogramas às estações de rádio, organização de concertos (exemplos: Elton John, Marino Marini, Sandie Shaw, Sylvie Vartan), publicidade televisiva e sistema contratual com os intérpretes, com pagamento de remuneração mensal tendo como contrapartida a gravação de um fonograma por ano (casos de Adriano Correia de Oliveira e José Afonso).
Textos publicados por Leonor Losa podem ler-se na
Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX, com direção de Salwa Castelo-Branco, conjunto de quatro volumes editados em 2010 pelo Círculo de Leitores.
Abaixo, texto de Orlando Dias Agudo publicado na revista
Antena, nº 80, de 1 de julho de 1968. O jornalista agradecia a gentileza de visitar as instalações da Valentim de Carvalho e da Fábrica Portuguesa de Discos da Rádio Triunfo. Na primeira fotografia, vê-se o técnico Hugo Ribeiro, apresentado na dissertação de mestrado de Leonor Losa.
A tese de mestrado de Leonor Losa (
"Nós humanizámos a indústria". Reconfiguração da produção fonográfica e musical em Portugal na década de 60) foi defendida em 2009 na Universidade Nova de Lisboa. Trabalho de grande qualidade, fiquei a conhecer bastante melhor a atividade fonográfica do país naquele período quando o li agora.
Logo à entrada, a autora diz que a sua tese tinha por objetivo a reconfiguração da produção discográfica, em especial a do editor Arnaldo Trindade, a quem dedica os dois últimos capítulos. O texto tem introdução, cinco capítulos e conclusões. Os nomes dos capítulos são: 2) "Musicas" e "machinas falantes": mercado de partituras e fonogramas em Portugal desde meados do século XIX até à década de 30, 3) A emergência da rádio: sobreposição de reportórios dos anos 30 ao início dos anos 60 do seculo XX (criação da Emissora Nacional, surgimento de "fábricas de discos" e novos reportórios, centralidade da rádio), 4) Panorama editorial em Portugal nos anos 60 (protagonismo da Valentim de Carvalho, Fábrica de Discos Rádio Triunfo: nacionalização da produção fonográfica, Sassetti: edição de novos reportórios, atividade editorial no país nos anos 60), 5) Arnaldo Trindade: percurso biográfico e constituição da editora, 6) "Nós humanizámos a indústria". Reconfiguração da produção fonográfica em Portugal na década de 60 (postura editorial de Arnaldo Trindade e relação com os músicos, produção de "música de tema": tentativas de designação genérica dos produtos musicais).
No quarto capítulo, a autora aborda a autonomização da produção fonográfica em Portugal e o protagonismo dos espetáculos (p. 57), bem como o papel da imprensa especializada, de que releva o
Mundo da Canção. A criação de uma fábrica de discos da Valentim de Carvalho ocorreu no começo da década de 1960, já depois do falecimento do fundador da empresa. Um dos sobrinhos, Rui Valentim de Carvalho, contra a vontade da empresa, abriu a fábrica do Campo Pequeno, onde se realizaria a prensagem de EP de gravações originais e cópias de gravações de editoras e etiquetas estrangeiras (p. 64). Na mesma década, seria construído o estúdio de Paço d'Arcos. A centralidade de reportório no fado (caso da fadista Amália Rodrigues) e a qualidade de gravações feitas pelo técnico de som Hugo Ribeiro garantiram a supremacia da editora. A Valentim de Carvalho apostou também em estilos de música importada caso das tipologias
rock'n'roll e
ié-ié (
pop de origem francesa). Já a Fábrica de Discos Rádio Triunfo, fundada em 1946 no Porto, começara como loja de rádios e aparelhos de transmissão (p. 65), dando início em 1948 à produção de fonogramas. A Rádio Triunfo seria também editora, tendo um catálogo forte em música de ranchos folclóricos e intérpretes que desenvolviam as suas carreiras na rádio (Tony de Matos, Maria de Lurdes Resende, Maria Clara, Gabriel Cardoso), com uma relação de proximidade com a Emissora Nacional, cujo estúdio em Vila Nova de Gaia era usado habitualmente para gravações de discos.
A Sasseti, fundada em 1848, seria comprada por António Marques de Almeida e dois outros sócios que tinham fundado a cooperativa Guilda da Música em 1967 (p. 70). Pouco tempo depois associada à organização Zip-Zip, a Sassetti teve uma forte incidência nas gravações de música erudita (Antologia da Música Europeia) e de música popular portuguesa (Sérgio Godinho, José Mário Branco, Luís Cília e José Afonso). Finalmente, a Arnaldo Trindade, cujo proprietário estivera com frequência nos Estados Unidos, distribuiu discos de cantores em voga franceses (Johnny Halliday, Françoise Hardi, Serge Gainsbourg) e ingleses (Sandie Shaw), mas também as etiquetas Island (soul music, rythm'n'blues) e Tamla Motown (reggae) (p. 76). Numa das visitas aos Estados Unidos, Arnaldo Trindade comprara uma máquina de gravação Ampex, de quatro pistas, começando a gravar em 1952. Iniciou a etiqueta Orfeu em 1956 e publicou discos do Conjunto Pedro Osório, Titãs, Conjunto Sousa Pinto, Pop Five Music Incorporated, mas também do Conjunto Maria Albertina, Conjunto António Mafra, Quim Barreiros, num apoio nítido à produção discográfica do norte do país (p. 81). Arnaldo Trindade notabilizou-se ainda pelas estratégias de promoção: oferta de fonogramas às estações de rádio, organização de concertos (exemplos: Elton John, Marino Marini, Sandie Shaw, Sylvie Vartan), publicidade televisiva e sistema contratual com os intérpretes, com pagamento de remuneração mensal tendo como contrapartida a gravação de um fonograma por ano (casos de Adriano Correia de Oliveira e José Afonso).
Textos publicados por Leonor Losa podem ler-se na
Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX, com direção de Salwa Castelo-Branco, conjunto de quatro volumes editados em 2010 pelo Círculo de Leitores.
Abaixo, texto de Orlando Dias Agudo publicado na revista
Antena, nº 80, de 1 de julho de 1968. O jornalista agradecia a gentileza de visitar as instalações da Valentim de Carvalho e da Fábrica Portuguesa de Discos da Rádio Triunfo. Na primeira fotografia, vê-se o técnico Hugo Ribeiro, apresentado na dissertação de mestrado de Leonor Losa.
A tese de mestrado de Leonor Losa (
"Nós humanizámos a indústria". Reconfiguração da produção fonográfica e musical em Portugal na década de 60) foi defendida em 2009 na Universidade Nova de Lisboa. Trabalho de grande qualidade, fiquei a conhecer bastante melhor a atividade fonográfica do país naquele período quando o li agora.
Logo à entrada, a autora diz que a sua tese tinha por objetivo a reconfiguração da produção discográfica, em especial a do editor Arnaldo Trindade, a quem dedica os dois últimos capítulos. O texto tem introdução, cinco capítulos e conclusões. Os nomes dos capítulos são: 2) "Musicas" e "machinas falantes": mercado de partituras e fonogramas em Portugal desde meados do século XIX até à década de 30, 3) A emergência da rádio: sobreposição de reportórios dos anos 30 ao início dos anos 60 do seculo XX (criação da Emissora Nacional, surgimento de "fábricas de discos" e novos reportórios, centralidade da rádio), 4) Panorama editorial em Portugal nos anos 60 (protagonismo da Valentim de Carvalho, Fábrica de Discos Rádio Triunfo: nacionalização da produção fonográfica, Sassetti: edição de novos reportórios, atividade editorial no país nos anos 60), 5) Arnaldo Trindade: percurso biográfico e constituição da editora, 6) "Nós humanizámos a indústria". Reconfiguração da produção fonográfica em Portugal na década de 60 (postura editorial de Arnaldo Trindade e relação com os músicos, produção de "música de tema": tentativas de designação genérica dos produtos musicais).
No quarto capítulo, a autora aborda a autonomização da produção fonográfica em Portugal e o protagonismo dos espetáculos (p. 57), bem como o papel da imprensa especializada, de que releva o
Mundo da Canção. A criação de uma fábrica de discos da Valentim de Carvalho ocorreu no começo da década de 1960, já depois do falecimento do fundador da empresa. Um dos sobrinhos, Rui Valentim de Carvalho, contra a vontade da empresa, abriu a fábrica do Campo Pequeno, onde se realizaria a prensagem de EP de gravações originais e cópias de gravações de editoras e etiquetas estrangeiras (p. 64). Na mesma década, seria construído o estúdio de Paço d'Arcos. A centralidade de reportório no fado (caso da fadista Amália Rodrigues) e a qualidade de gravações feitas pelo técnico de som Hugo Ribeiro garantiram a supremacia da editora. A Valentim de Carvalho apostou também em estilos de música importada caso das tipologias
rock'n'roll e
ié-ié (
pop de origem francesa). Já a Fábrica de Discos Rádio Triunfo, fundada em 1946 no Porto, começara como loja de rádios e aparelhos de transmissão (p. 65), dando início em 1948 à produção de fonogramas. A Rádio Triunfo seria também editora, tendo um catálogo forte em música de ranchos folclóricos e intérpretes que desenvolviam as suas carreiras na rádio (Tony de Matos, Maria de Lurdes Resende, Maria Clara, Gabriel Cardoso), com uma relação de proximidade com a Emissora Nacional, cujo estúdio em Vila Nova de Gaia era usado habitualmente para gravações de discos.
A Sasseti, fundada em 1848, seria comprada por António Marques de Almeida e dois outros sócios que tinham fundado a cooperativa Guilda da Música em 1967 (p. 70). Pouco tempo depois associada à organização Zip-Zip, a Sassetti teve uma forte incidência nas gravações de música erudita (Antologia da Música Europeia) e de música popular portuguesa (Sérgio Godinho, José Mário Branco, Luís Cília e José Afonso). Finalmente, a Arnaldo Trindade, cujo proprietário estivera com frequência nos Estados Unidos, distribuiu discos de cantores em voga franceses (Johnny Halliday, Françoise Hardi, Serge Gainsbourg) e ingleses (Sandie Shaw), mas também as etiquetas Island (soul music, rythm'n'blues) e Tamla Motown (reggae) (p. 76). Numa das visitas aos Estados Unidos, Arnaldo Trindade comprara uma máquina de gravação Ampex, de quatro pistas, começando a gravar em 1952. Iniciou a etiqueta Orfeu em 1956 e publicou discos do Conjunto Pedro Osório, Titãs, Conjunto Sousa Pinto, Pop Five Music Incorporated, mas também do Conjunto Maria Albertina, Conjunto António Mafra, Quim Barreiros, num apoio nítido à produção discográfica do norte do país (p. 81). Arnaldo Trindade notabilizou-se ainda pelas estratégias de promoção: oferta de fonogramas às estações de rádio, organização de concertos (exemplos: Elton John, Marino Marini, Sandie Shaw, Sylvie Vartan), publicidade televisiva e sistema contratual com os intérpretes, com pagamento de remuneração mensal tendo como contrapartida a gravação de um fonograma por ano (casos de Adriano Correia de Oliveira e José Afonso).
Textos publicados por Leonor Losa podem ler-se na
Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX, com direção de Salwa Castelo-Branco, conjunto de quatro volumes editados em 2010 pelo Círculo de Leitores.
Abaixo, texto de Orlando Dias Agudo publicado na revista
Antena, nº 80, de 1 de julho de 1968. O jornalista agradecia a gentileza de visitar as instalações da Valentim de Carvalho e da Fábrica Portuguesa de Discos da Rádio Triunfo. Na primeira fotografia, vê-se o técnico Hugo Ribeiro, apresentado na dissertação de mestrado de Leonor Losa.
A tese de mestrado de Leonor Losa (
"Nós humanizámos a indústria". Reconfiguração da produção fonográfica e musical em Portugal na década de 60) foi defendida em 2009 na Universidade Nova de Lisboa. Trabalho de grande qualidade, fiquei a conhecer bastante melhor a atividade fonográfica do país naquele período quando o li agora.
Logo à entrada, a autora diz que a sua tese tinha por objetivo a reconfiguração da produção discográfica, em especial a do editor Arnaldo Trindade, a quem dedica os dois últimos capítulos. O texto tem introdução, cinco capítulos e conclusões. Os nomes dos capítulos são: 2) "Musicas" e "machinas falantes": mercado de partituras e fonogramas em Portugal desde meados do século XIX até à década de 30, 3) A emergência da rádio: sobreposição de reportórios dos anos 30 ao início dos anos 60 do seculo XX (criação da Emissora Nacional, surgimento de "fábricas de discos" e novos reportórios, centralidade da rádio), 4) Panorama editorial em Portugal nos anos 60 (protagonismo da Valentim de Carvalho, Fábrica de Discos Rádio Triunfo: nacionalização da produção fonográfica, Sassetti: edição de novos reportórios, atividade editorial no país nos anos 60), 5) Arnaldo Trindade: percurso biográfico e constituição da editora, 6) "Nós humanizámos a indústria". Reconfiguração da produção fonográfica em Portugal na década de 60 (postura editorial de Arnaldo Trindade e relação com os músicos, produção de "música de tema": tentativas de designação genérica dos produtos musicais).
No quarto capítulo, a autora aborda a autonomização da produção fonográfica em Portugal e o protagonismo dos espetáculos (p. 57), bem como o papel da imprensa especializada, de que releva o
Mundo da Canção. A criação de uma fábrica de discos da Valentim de Carvalho ocorreu no começo da década de 1960, já depois do falecimento do fundador da empresa. Um dos sobrinhos, Rui Valentim de Carvalho, contra a vontade da empresa, abriu a fábrica do Campo Pequeno, onde se realizaria a prensagem de EP de gravações originais e cópias de gravações de editoras e etiquetas estrangeiras (p. 64). Na mesma década, seria construído o estúdio de Paço d'Arcos. A centralidade de reportório no fado (caso da fadista Amália Rodrigues) e a qualidade de gravações feitas pelo técnico de som Hugo Ribeiro garantiram a supremacia da editora. A Valentim de Carvalho apostou também em estilos de música importada caso das tipologias
rock'n'roll e
ié-ié (
pop de origem francesa). Já a Fábrica de Discos Rádio Triunfo, fundada em 1946 no Porto, começara como loja de rádios e aparelhos de transmissão (p. 65), dando início em 1948 à produção de fonogramas. A Rádio Triunfo seria também editora, tendo um catálogo forte em música de ranchos folclóricos e intérpretes que desenvolviam as suas carreiras na rádio (Tony de Matos, Maria de Lurdes Resende, Maria Clara, Gabriel Cardoso), com uma relação de proximidade com a Emissora Nacional, cujo estúdio em Vila Nova de Gaia era usado habitualmente para gravações de discos.
A Sasseti, fundada em 1848, seria comprada por António Marques de Almeida e dois outros sócios que tinham fundado a cooperativa Guilda da Música em 1967 (p. 70). Pouco tempo depois associada à organização Zip-Zip, a Sassetti teve uma forte incidência nas gravações de música erudita (Antologia da Música Europeia) e de música popular portuguesa (Sérgio Godinho, José Mário Branco, Luís Cília e José Afonso). Finalmente, a Arnaldo Trindade, cujo proprietário estivera com frequência nos Estados Unidos, distribuiu discos de cantores em voga franceses (Johnny Halliday, Françoise Hardi, Serge Gainsbourg) e ingleses (Sandie Shaw), mas também as etiquetas Island (soul music, rythm'n'blues) e Tamla Motown (reggae) (p. 76). Numa das visitas aos Estados Unidos, Arnaldo Trindade comprara uma máquina de gravação Ampex, de quatro pistas, começando a gravar em 1952. Iniciou a etiqueta Orfeu em 1956 e publicou discos do Conjunto Pedro Osório, Titãs, Conjunto Sousa Pinto, Pop Five Music Incorporated, mas também do Conjunto Maria Albertina, Conjunto António Mafra, Quim Barreiros, num apoio nítido à produção discográfica do norte do país (p. 81). Arnaldo Trindade notabilizou-se ainda pelas estratégias de promoção: oferta de fonogramas às estações de rádio, organização de concertos (exemplos: Elton John, Marino Marini, Sandie Shaw, Sylvie Vartan), publicidade televisiva e sistema contratual com os intérpretes, com pagamento de remuneração mensal tendo como contrapartida a gravação de um fonograma por ano (casos de Adriano Correia de Oliveira e José Afonso).
Textos publicados por Leonor Losa podem ler-se na
Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX, com direção de Salwa Castelo-Branco, conjunto de quatro volumes editados em 2010 pelo Círculo de Leitores.
Abaixo, texto de Orlando Dias Agudo publicado na revista
Antena, nº 80, de 1 de julho de 1968. O jornalista agradecia a gentileza de visitar as instalações da Valentim de Carvalho e da Fábrica Portuguesa de Discos da Rádio Triunfo. Na primeira fotografia, vê-se o técnico Hugo Ribeiro, apresentado na dissertação de mestrado de Leonor Losa.