Quarta-feira, 30 de Setembro de 2009
No dia 20 de Julho último, escrevi aqui sobre a tese de doutoramento de Nelson Ribeiro, Radio broadcasting in Portugal during World War II, defendida na Universidade de Lincoln, no Reino Unido. Tive o grato prazer de ser membro do júri. Agora, houve a aprovação das amendments recomendadas no viva examination (exame). Naquele país, a defesa da tese de doutoramento não implica logo a aprovação; há sempre revisões a fazer, como gralhas ortográficas, falta de indicação de livros, erros de perspectiva. No caso, houve pequeníssimas correcções a fazer no trabalho. O júri era constituído pela professora Ann Gray, daquela universidade, pelo professor David Hendy, da Universidade de Westminster, e por este blogueiro.Parabéns, Nelson. Esperamos a publicação da tese e mais trabalhos sobre a história da rádio e dos media.Nelson Ribeiro é director de programas da Rádio Renascença e docente da Universidade Católica Portuguesa
No dia 20 de Julho último, escrevi aqui sobre a tese de doutoramento de Nelson Ribeiro, Radio broadcasting in Portugal during World War II, defendida na Universidade de Lincoln, no Reino Unido. Tive o grato prazer de ser membro do júri. Agora, houve a aprovação das amendments recomendadas no viva examination (exame). Naquele país, a defesa da tese de doutoramento não implica logo a aprovação; há sempre revisões a fazer, como gralhas ortográficas, falta de indicação de livros, erros de perspectiva. No caso, houve pequeníssimas correcções a fazer no trabalho. O júri era constituído pela professora Ann Gray, daquela universidade, pelo professor David Hendy, da Universidade de Westminster, e por este blogueiro.Parabéns, Nelson. Esperamos a publicação da tese e mais trabalhos sobre a história da rádio e dos media.Nelson Ribeiro é director de programas da Rádio Renascença e docente da Universidade Católica Portuguesa
No dia 20 de Julho último, escrevi aqui sobre a tese de doutoramento de Nelson Ribeiro, Radio broadcasting in Portugal during World War II, defendida na Universidade de Lincoln, no Reino Unido. Tive o grato prazer de ser membro do júri. Agora, houve a aprovação das amendments recomendadas no viva examination (exame). Naquele país, a defesa da tese de doutoramento não implica logo a aprovação; há sempre revisões a fazer, como gralhas ortográficas, falta de indicação de livros, erros de perspectiva. No caso, houve pequeníssimas correcções a fazer no trabalho. O júri era constituído pela professora Ann Gray, daquela universidade, pelo professor David Hendy, da Universidade de Westminster, e por este blogueiro.Parabéns, Nelson. Esperamos a publicação da tese e mais trabalhos sobre a história da rádio e dos media.Nelson Ribeiro é director de programas da Rádio Renascença e docente da Universidade Católica Portuguesa
No dia 20 de Julho último, escrevi aqui sobre a tese de doutoramento de Nelson Ribeiro, Radio broadcasting in Portugal during World War II, defendida na Universidade de Lincoln, no Reino Unido. Tive o grato prazer de ser membro do júri. Agora, houve a aprovação das amendments recomendadas no viva examination (exame). Naquele país, a defesa da tese de doutoramento não implica logo a aprovação; há sempre revisões a fazer, como gralhas ortográficas, falta de indicação de livros, erros de perspectiva. No caso, houve pequeníssimas correcções a fazer no trabalho. O júri era constituído pela professora Ann Gray, daquela universidade, pelo professor David Hendy, da Universidade de Westminster, e por este blogueiro.Parabéns, Nelson. Esperamos a publicação da tese e mais trabalhos sobre a história da rádio e dos media.Nelson Ribeiro é director de programas da Rádio Renascença e docente da Universidade Católica Portuguesa
No dia 20 de Julho último, escrevi aqui sobre a tese de doutoramento de Nelson Ribeiro, Radio broadcasting in Portugal during World War II, defendida na Universidade de Lincoln, no Reino Unido. Tive o grato prazer de ser membro do júri. Agora, houve a aprovação das amendments recomendadas no viva examination (exame). Naquele país, a defesa da tese de doutoramento não implica logo a aprovação; há sempre revisões a fazer, como gralhas ortográficas, falta de indicação de livros, erros de perspectiva. No caso, houve pequeníssimas correcções a fazer no trabalho. O júri era constituído pela professora Ann Gray, daquela universidade, pelo professor David Hendy, da Universidade de Westminster, e por este blogueiro.Parabéns, Nelson. Esperamos a publicação da tese e mais trabalhos sobre a história da rádio e dos media.Nelson Ribeiro é director de programas da Rádio Renascença e docente da Universidade Católica Portuguesa
Na
newsletter de ontem da
Briefing, noticia-se que:
- "Paulo Ferreira, actual editor-adjunto do jornal Público, vai para a RTP, confirmou o Briefing junto de fonte do canal público de televisão. A saída de Paulo Ferreira surge na sequência das noticiadas mexidas na direcção do jornal da Sonae, que irão resultar na saída da direcção de José Manuel Fernandes. José Manuel Fernandes sai da direcção do jornal Público a 16 de Outubro, sendo substituído pela jornalista Bárbara Reis".
Claro que a administração do jornal
Público faz o que entender do meio de que é proprietária, mas há, a meu ver, erros graves no que está a fazer ao jornal. Como leitor do jornal em papel não deixo de temer pelas consequências desses erros, que podem passar pelo desaparecimento do jornal - e o país não se pode dar ao luxo de perder jornais de qualidade - ou pela venda a um grupo que desvirtue a linha editorial do jornal.
Paulo Ferreira segue as peugadas de outros jornalistas de peso do jornal, o último dos quais José Vítor Malheiro. José Manuel Fernandes, mesmo com a questão das "escutas" em Belém (hoje, volta a defender o que parece óbvio não poder defender), ao sair deixa um sentido de perda, pois os mais antigos do jornal estão a desaparecer, quando a comemoração dos vinte anos do jornal, a aproximar-se no tempo, deveria mostrar uma grande vitalidade do jornalismo de qualidade e de investigação. O jornal fragiliza-se, pois perde memória e respeitabilidade conferida pelos seus jornalistas. Aliás, a vida de uma democracia faz-se mais com jornais com força do que discursos frágeis e pretensas lutas entre órgãos de soberania que não interessam a ninguém. Há muitos anos que penso que o
Público, e outros media, são um dos grandes garantes da democracia, mesmo que discorde do que os jornalistas A ou B escrevam.
Confesso que, quando se começou a falar da substituição do director, o nome que me veio à baila foi o de Miguel Gaspar, jornalista de provas dadas nomeadamente no
Diário de Notícias e em especial na fase difícil de transição da direcção de António José Teixeira para a de João Marcelino. Gaspar é um jornalista que olha o mundo político e a cultura de modo independente e profundo, que coloca equações ao que analisa e não simples "acho que". Bárbara Reis tem a vantagem de ser mulher, quando os media são dominados pelo género masculino e isso não é bom. Ela fez um percurso interessante: correspondente do jornal em Nova Iorque, assessora de imprensa em Timor-Leste. Mas há uma questão de visibilidade pública e de margem de manobra face a problemas complicados dentro e fora do jornal. Por exemplo: para o leitor, não é importante reconhecer a anterior capacidade editorial do novo director? Vai haver refundação do jornal? Ou, se a Sonae decidir vender o jornal, a força simbólica do director não irá pesar?
Na
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Briefing, noticia-se que:
- "Paulo Ferreira, actual editor-adjunto do jornal Público, vai para a RTP, confirmou o Briefing junto de fonte do canal público de televisão. A saída de Paulo Ferreira surge na sequência das noticiadas mexidas na direcção do jornal da Sonae, que irão resultar na saída da direcção de José Manuel Fernandes. José Manuel Fernandes sai da direcção do jornal Público a 16 de Outubro, sendo substituído pela jornalista Bárbara Reis".
Claro que a administração do jornal
Público faz o que entender do meio de que é proprietária, mas há, a meu ver, erros graves no que está a fazer ao jornal. Como leitor do jornal em papel não deixo de temer pelas consequências desses erros, que podem passar pelo desaparecimento do jornal - e o país não se pode dar ao luxo de perder jornais de qualidade - ou pela venda a um grupo que desvirtue a linha editorial do jornal.
Paulo Ferreira segue as peugadas de outros jornalistas de peso do jornal, o último dos quais José Vítor Malheiro. José Manuel Fernandes, mesmo com a questão das "escutas" em Belém (hoje, volta a defender o que parece óbvio não poder defender), ao sair deixa um sentido de perda, pois os mais antigos do jornal estão a desaparecer, quando a comemoração dos vinte anos do jornal, a aproximar-se no tempo, deveria mostrar uma grande vitalidade do jornalismo de qualidade e de investigação. O jornal fragiliza-se, pois perde memória e respeitabilidade conferida pelos seus jornalistas. Aliás, a vida de uma democracia faz-se mais com jornais com força do que discursos frágeis e pretensas lutas entre órgãos de soberania que não interessam a ninguém. Há muitos anos que penso que o
Público, e outros media, são um dos grandes garantes da democracia, mesmo que discorde do que os jornalistas A ou B escrevam.
Confesso que, quando se começou a falar da substituição do director, o nome que me veio à baila foi o de Miguel Gaspar, jornalista de provas dadas nomeadamente no
Diário de Notícias e em especial na fase difícil de transição da direcção de António José Teixeira para a de João Marcelino. Gaspar é um jornalista que olha o mundo político e a cultura de modo independente e profundo, que coloca equações ao que analisa e não simples "acho que". Bárbara Reis tem a vantagem de ser mulher, quando os media são dominados pelo género masculino e isso não é bom. Ela fez um percurso interessante: correspondente do jornal em Nova Iorque, assessora de imprensa em Timor-Leste. Mas há uma questão de visibilidade pública e de margem de manobra face a problemas complicados dentro e fora do jornal. Por exemplo: para o leitor, não é importante reconhecer a anterior capacidade editorial do novo director? Vai haver refundação do jornal? Ou, se a Sonae decidir vender o jornal, a força simbólica do director não irá pesar?
Na
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Briefing, noticia-se que:
- "Paulo Ferreira, actual editor-adjunto do jornal Público, vai para a RTP, confirmou o Briefing junto de fonte do canal público de televisão. A saída de Paulo Ferreira surge na sequência das noticiadas mexidas na direcção do jornal da Sonae, que irão resultar na saída da direcção de José Manuel Fernandes. José Manuel Fernandes sai da direcção do jornal Público a 16 de Outubro, sendo substituído pela jornalista Bárbara Reis".
Claro que a administração do jornal
Público faz o que entender do meio de que é proprietária, mas há, a meu ver, erros graves no que está a fazer ao jornal. Como leitor do jornal em papel não deixo de temer pelas consequências desses erros, que podem passar pelo desaparecimento do jornal - e o país não se pode dar ao luxo de perder jornais de qualidade - ou pela venda a um grupo que desvirtue a linha editorial do jornal.
Paulo Ferreira segue as peugadas de outros jornalistas de peso do jornal, o último dos quais José Vítor Malheiro. José Manuel Fernandes, mesmo com a questão das "escutas" em Belém (hoje, volta a defender o que parece óbvio não poder defender), ao sair deixa um sentido de perda, pois os mais antigos do jornal estão a desaparecer, quando a comemoração dos vinte anos do jornal, a aproximar-se no tempo, deveria mostrar uma grande vitalidade do jornalismo de qualidade e de investigação. O jornal fragiliza-se, pois perde memória e respeitabilidade conferida pelos seus jornalistas. Aliás, a vida de uma democracia faz-se mais com jornais com força do que discursos frágeis e pretensas lutas entre órgãos de soberania que não interessam a ninguém. Há muitos anos que penso que o
Público, e outros media, são um dos grandes garantes da democracia, mesmo que discorde do que os jornalistas A ou B escrevam.
Confesso que, quando se começou a falar da substituição do director, o nome que me veio à baila foi o de Miguel Gaspar, jornalista de provas dadas nomeadamente no
Diário de Notícias e em especial na fase difícil de transição da direcção de António José Teixeira para a de João Marcelino. Gaspar é um jornalista que olha o mundo político e a cultura de modo independente e profundo, que coloca equações ao que analisa e não simples "acho que". Bárbara Reis tem a vantagem de ser mulher, quando os media são dominados pelo género masculino e isso não é bom. Ela fez um percurso interessante: correspondente do jornal em Nova Iorque, assessora de imprensa em Timor-Leste. Mas há uma questão de visibilidade pública e de margem de manobra face a problemas complicados dentro e fora do jornal. Por exemplo: para o leitor, não é importante reconhecer a anterior capacidade editorial do novo director? Vai haver refundação do jornal? Ou, se a Sonae decidir vender o jornal, a força simbólica do director não irá pesar?
Na
newsletter de ontem da
Briefing, noticia-se que:
- "Paulo Ferreira, actual editor-adjunto do jornal Público, vai para a RTP, confirmou o Briefing junto de fonte do canal público de televisão. A saída de Paulo Ferreira surge na sequência das noticiadas mexidas na direcção do jornal da Sonae, que irão resultar na saída da direcção de José Manuel Fernandes. José Manuel Fernandes sai da direcção do jornal Público a 16 de Outubro, sendo substituído pela jornalista Bárbara Reis".
Claro que a administração do jornal
Público faz o que entender do meio de que é proprietária, mas há, a meu ver, erros graves no que está a fazer ao jornal. Como leitor do jornal em papel não deixo de temer pelas consequências desses erros, que podem passar pelo desaparecimento do jornal - e o país não se pode dar ao luxo de perder jornais de qualidade - ou pela venda a um grupo que desvirtue a linha editorial do jornal.
Paulo Ferreira segue as peugadas de outros jornalistas de peso do jornal, o último dos quais José Vítor Malheiro. José Manuel Fernandes, mesmo com a questão das "escutas" em Belém (hoje, volta a defender o que parece óbvio não poder defender), ao sair deixa um sentido de perda, pois os mais antigos do jornal estão a desaparecer, quando a comemoração dos vinte anos do jornal, a aproximar-se no tempo, deveria mostrar uma grande vitalidade do jornalismo de qualidade e de investigação. O jornal fragiliza-se, pois perde memória e respeitabilidade conferida pelos seus jornalistas. Aliás, a vida de uma democracia faz-se mais com jornais com força do que discursos frágeis e pretensas lutas entre órgãos de soberania que não interessam a ninguém. Há muitos anos que penso que o
Público, e outros media, são um dos grandes garantes da democracia, mesmo que discorde do que os jornalistas A ou B escrevam.
Confesso que, quando se começou a falar da substituição do director, o nome que me veio à baila foi o de Miguel Gaspar, jornalista de provas dadas nomeadamente no
Diário de Notícias e em especial na fase difícil de transição da direcção de António José Teixeira para a de João Marcelino. Gaspar é um jornalista que olha o mundo político e a cultura de modo independente e profundo, que coloca equações ao que analisa e não simples "acho que". Bárbara Reis tem a vantagem de ser mulher, quando os media são dominados pelo género masculino e isso não é bom. Ela fez um percurso interessante: correspondente do jornal em Nova Iorque, assessora de imprensa em Timor-Leste. Mas há uma questão de visibilidade pública e de margem de manobra face a problemas complicados dentro e fora do jornal. Por exemplo: para o leitor, não é importante reconhecer a anterior capacidade editorial do novo director? Vai haver refundação do jornal? Ou, se a Sonae decidir vender o jornal, a força simbólica do director não irá pesar?
Na
newsletter de ontem da
Briefing, noticia-se que:
- "Paulo Ferreira, actual editor-adjunto do jornal Público, vai para a RTP, confirmou o Briefing junto de fonte do canal público de televisão. A saída de Paulo Ferreira surge na sequência das noticiadas mexidas na direcção do jornal da Sonae, que irão resultar na saída da direcção de José Manuel Fernandes. José Manuel Fernandes sai da direcção do jornal Público a 16 de Outubro, sendo substituído pela jornalista Bárbara Reis".
Claro que a administração do jornal
Público faz o que entender do meio de que é proprietária, mas há, a meu ver, erros graves no que está a fazer ao jornal. Como leitor do jornal em papel não deixo de temer pelas consequências desses erros, que podem passar pelo desaparecimento do jornal - e o país não se pode dar ao luxo de perder jornais de qualidade - ou pela venda a um grupo que desvirtue a linha editorial do jornal.
Paulo Ferreira segue as peugadas de outros jornalistas de peso do jornal, o último dos quais José Vítor Malheiro. José Manuel Fernandes, mesmo com a questão das "escutas" em Belém (hoje, volta a defender o que parece óbvio não poder defender), ao sair deixa um sentido de perda, pois os mais antigos do jornal estão a desaparecer, quando a comemoração dos vinte anos do jornal, a aproximar-se no tempo, deveria mostrar uma grande vitalidade do jornalismo de qualidade e de investigação. O jornal fragiliza-se, pois perde memória e respeitabilidade conferida pelos seus jornalistas. Aliás, a vida de uma democracia faz-se mais com jornais com força do que discursos frágeis e pretensas lutas entre órgãos de soberania que não interessam a ninguém. Há muitos anos que penso que o
Público, e outros media, são um dos grandes garantes da democracia, mesmo que discorde do que os jornalistas A ou B escrevam.
Confesso que, quando se começou a falar da substituição do director, o nome que me veio à baila foi o de Miguel Gaspar, jornalista de provas dadas nomeadamente no
Diário de Notícias e em especial na fase difícil de transição da direcção de António José Teixeira para a de João Marcelino. Gaspar é um jornalista que olha o mundo político e a cultura de modo independente e profundo, que coloca equações ao que analisa e não simples "acho que". Bárbara Reis tem a vantagem de ser mulher, quando os media são dominados pelo género masculino e isso não é bom. Ela fez um percurso interessante: correspondente do jornal em Nova Iorque, assessora de imprensa em Timor-Leste. Mas há uma questão de visibilidade pública e de margem de manobra face a problemas complicados dentro e fora do jornal. Por exemplo: para o leitor, não é importante reconhecer a anterior capacidade editorial do novo director? Vai haver refundação do jornal? Ou, se a Sonae decidir vender o jornal, a força simbólica do director não irá pesar?