Segunda-feira, 30 de Junho de 2008

DISTÂNCIA E PROXIMIDADE EM FILME


Decorre no próximo dia 5, pelas 22:00, a projecção do filme Tão perto / tão longe, no âmbito do programa Gulbenkian Distância e Proximidade. No anfiteatro ao ar livre. São oito filmes encomendados a vários realizadores.
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Domingo, 29 de Junho de 2008

O LIVRO IMPRESSO ESTÁ CONDENADO, DIZ JEFF GOMEZ


O livro de Jeff Gomez (2008), Print is dead, tem um subtítulo Books in our digital age, o que denota, a meu ver, a sua ambiguidade no modo de olhar os livros. Por um lado, o impresso está morto (ou impressão, ou imprensa, o que também incluiria jornais e outras publicações). Por outro, apesar dos livros em papel parecerem condenados, Gomez fala de livros na época do digital.

Gomez começou por ser escritor, mas está ligado à consultadoria de editoras desde 1999. Tem um blogue com o título do livro,
Print is Dead, onde escreve com regularidade. Olhando as três partes do seu livro - parem com o impresso, totalmente ligado (pela electrónica e internet) e dizer adeus ao livro -, tem-se o pano de fundo: o livro de papel está a ficar um objecto para coleccionador pois as formas electrónicas estão a tornar-se hegemónicas.

Para isso, Gomez fala em gerações, a dos mais velhos ainda apegados ao papel, a dos mais novos que navegam e recolhem toda a informação da internet. Para esta geração mais nova, Gomez é simpático, chamando-a de, simultaneamente, geração do download e do upload. Ou seja, para além de descarregarem gratuitamente a informação da internet, a nova geração é produtora de conteúdos. A geração download é a que transformou o negócio da música, caso do Napster (1999), que pulverizou as grandes etiquetas e os direitos de autor, e do iPod (2001), máquina que guarda centenas ou milhares de músicas numa só memória; a geração upload é a que fez o sucesso do YouTube (2005), em que o revolucionário não foi ver vídeos de curta duração na internet mas tornar os consumidores os próprios produtores de clips. Logo, a geração internet tem 10 anos de actividade; podemos dizer que são os jovens de cerca de 20 anos de idade actualmente.

O autor californiano, a viver actualmente em New Jersey (Estados Unidos), escreve sobre cultura de computador e cultura de clip, numa grande admiração tecnológica, que até inclui os blogues, pelo que o possa integrar na corrente do determinismo tecnológico. Aliás, ele cita com alguma abundância Marshall McLuhan mas nunca refere John B. Thompson (Books in the digital age, 2005), por exemplo.

Como consultor de empresas de livros, diz que os jovens não lêem livros ou jornais em papel porque têm essa informação no formato digital. Em boa verdade, ele reconhece os fracassos do eBook e do CD-ROM, como falsos pontos de arranque do sucesso da leitura digital. E, nas páginas finais (pp. 187-191), apresenta cinco conselhos que indicam que o livro em papel vai continuar a existir, entre os quais escreve que os editores continuarão a ser os caçadores de talentos e aconselhar a gerir carreiras, há necessidade de exposição formal por parte de editores e livreiros, as comunidades online apoiam a formação de leitores.
Leitura: Jeff Gomez (2008). Print is dead. Books in our digital age. Londres, Nova Iorque, Melburne e Hong Kong: MacMillan, 221 páginas
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publicado por industrias-culturais às 10:32
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O LIVRO IMPRESSO ESTÁ CONDENADO, DIZ JEFF GOMEZ


O livro de Jeff Gomez (2008), Print is dead, tem um subtítulo Books in our digital age, o que denota, a meu ver, a sua ambiguidade no modo de olhar os livros. Por um lado, o impresso está morto (ou impressão, ou imprensa, o que também incluiria jornais e outras publicações). Por outro, apesar dos livros em papel parecerem condenados, Gomez fala de livros na época do digital.

Gomez começou por ser escritor, mas está ligado à consultadoria de editoras desde 1999. Tem um blogue com o título do livro,
Print is Dead, onde escreve com regularidade. Olhando as três partes do seu livro - parem com o impresso, totalmente ligado (pela electrónica e internet) e dizer adeus ao livro -, tem-se o pano de fundo: o livro de papel está a ficar um objecto para coleccionador pois as formas electrónicas estão a tornar-se hegemónicas.

Para isso, Gomez fala em gerações, a dos mais velhos ainda apegados ao papel, a dos mais novos que navegam e recolhem toda a informação da internet. Para esta geração mais nova, Gomez é simpático, chamando-a de, simultaneamente, geração do download e do upload. Ou seja, para além de descarregarem gratuitamente a informação da internet, a nova geração é produtora de conteúdos. A geração download é a que transformou o negócio da música, caso do Napster (1999), que pulverizou as grandes etiquetas e os direitos de autor, e do iPod (2001), máquina que guarda centenas ou milhares de músicas numa só memória; a geração upload é a que fez o sucesso do YouTube (2005), em que o revolucionário não foi ver vídeos de curta duração na internet mas tornar os consumidores os próprios produtores de clips. Logo, a geração internet tem 10 anos de actividade; podemos dizer que são os jovens de cerca de 20 anos de idade actualmente.

O autor californiano, a viver actualmente em New Jersey (Estados Unidos), escreve sobre cultura de computador e cultura de clip, numa grande admiração tecnológica, que até inclui os blogues, pelo que o possa integrar na corrente do determinismo tecnológico. Aliás, ele cita com alguma abundância Marshall McLuhan mas nunca refere John B. Thompson (Books in the digital age, 2005), por exemplo.

Como consultor de empresas de livros, diz que os jovens não lêem livros ou jornais em papel porque têm essa informação no formato digital. Em boa verdade, ele reconhece os fracassos do eBook e do CD-ROM, como falsos pontos de arranque do sucesso da leitura digital. E, nas páginas finais (pp. 187-191), apresenta cinco conselhos que indicam que o livro em papel vai continuar a existir, entre os quais escreve que os editores continuarão a ser os caçadores de talentos e aconselhar a gerir carreiras, há necessidade de exposição formal por parte de editores e livreiros, as comunidades online apoiam a formação de leitores.
Leitura: Jeff Gomez (2008). Print is dead. Books in our digital age. Londres, Nova Iorque, Melburne e Hong Kong: MacMillan, 221 páginas
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O livro de Jeff Gomez (2008), Print is dead, tem um subtítulo Books in our digital age, o que denota, a meu ver, a sua ambiguidade no modo de olhar os livros. Por um lado, o impresso está morto (ou impressão, ou imprensa, o que também incluiria jornais e outras publicações). Por outro, apesar dos livros em papel parecerem condenados, Gomez fala de livros na época do digital.

Gomez começou por ser escritor, mas está ligado à consultadoria de editoras desde 1999. Tem um blogue com o título do livro,
Print is Dead, onde escreve com regularidade. Olhando as três partes do seu livro - parem com o impresso, totalmente ligado (pela electrónica e internet) e dizer adeus ao livro -, tem-se o pano de fundo: o livro de papel está a ficar um objecto para coleccionador pois as formas electrónicas estão a tornar-se hegemónicas.

Para isso, Gomez fala em gerações, a dos mais velhos ainda apegados ao papel, a dos mais novos que navegam e recolhem toda a informação da internet. Para esta geração mais nova, Gomez é simpático, chamando-a de, simultaneamente, geração do download e do upload. Ou seja, para além de descarregarem gratuitamente a informação da internet, a nova geração é produtora de conteúdos. A geração download é a que transformou o negócio da música, caso do Napster (1999), que pulverizou as grandes etiquetas e os direitos de autor, e do iPod (2001), máquina que guarda centenas ou milhares de músicas numa só memória; a geração upload é a que fez o sucesso do YouTube (2005), em que o revolucionário não foi ver vídeos de curta duração na internet mas tornar os consumidores os próprios produtores de clips. Logo, a geração internet tem 10 anos de actividade; podemos dizer que são os jovens de cerca de 20 anos de idade actualmente.

O autor californiano, a viver actualmente em New Jersey (Estados Unidos), escreve sobre cultura de computador e cultura de clip, numa grande admiração tecnológica, que até inclui os blogues, pelo que o possa integrar na corrente do determinismo tecnológico. Aliás, ele cita com alguma abundância Marshall McLuhan mas nunca refere John B. Thompson (Books in the digital age, 2005), por exemplo.

Como consultor de empresas de livros, diz que os jovens não lêem livros ou jornais em papel porque têm essa informação no formato digital. Em boa verdade, ele reconhece os fracassos do eBook e do CD-ROM, como falsos pontos de arranque do sucesso da leitura digital. E, nas páginas finais (pp. 187-191), apresenta cinco conselhos que indicam que o livro em papel vai continuar a existir, entre os quais escreve que os editores continuarão a ser os caçadores de talentos e aconselhar a gerir carreiras, há necessidade de exposição formal por parte de editores e livreiros, as comunidades online apoiam a formação de leitores.
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O livro de Jeff Gomez (2008), Print is dead, tem um subtítulo Books in our digital age, o que denota, a meu ver, a sua ambiguidade no modo de olhar os livros. Por um lado, o impresso está morto (ou impressão, ou imprensa, o que também incluiria jornais e outras publicações). Por outro, apesar dos livros em papel parecerem condenados, Gomez fala de livros na época do digital.

Gomez começou por ser escritor, mas está ligado à consultadoria de editoras desde 1999. Tem um blogue com o título do livro,
Print is Dead, onde escreve com regularidade. Olhando as três partes do seu livro - parem com o impresso, totalmente ligado (pela electrónica e internet) e dizer adeus ao livro -, tem-se o pano de fundo: o livro de papel está a ficar um objecto para coleccionador pois as formas electrónicas estão a tornar-se hegemónicas.

Para isso, Gomez fala em gerações, a dos mais velhos ainda apegados ao papel, a dos mais novos que navegam e recolhem toda a informação da internet. Para esta geração mais nova, Gomez é simpático, chamando-a de, simultaneamente, geração do download e do upload. Ou seja, para além de descarregarem gratuitamente a informação da internet, a nova geração é produtora de conteúdos. A geração download é a que transformou o negócio da música, caso do Napster (1999), que pulverizou as grandes etiquetas e os direitos de autor, e do iPod (2001), máquina que guarda centenas ou milhares de músicas numa só memória; a geração upload é a que fez o sucesso do YouTube (2005), em que o revolucionário não foi ver vídeos de curta duração na internet mas tornar os consumidores os próprios produtores de clips. Logo, a geração internet tem 10 anos de actividade; podemos dizer que são os jovens de cerca de 20 anos de idade actualmente.

O autor californiano, a viver actualmente em New Jersey (Estados Unidos), escreve sobre cultura de computador e cultura de clip, numa grande admiração tecnológica, que até inclui os blogues, pelo que o possa integrar na corrente do determinismo tecnológico. Aliás, ele cita com alguma abundância Marshall McLuhan mas nunca refere John B. Thompson (Books in the digital age, 2005), por exemplo.

Como consultor de empresas de livros, diz que os jovens não lêem livros ou jornais em papel porque têm essa informação no formato digital. Em boa verdade, ele reconhece os fracassos do eBook e do CD-ROM, como falsos pontos de arranque do sucesso da leitura digital. E, nas páginas finais (pp. 187-191), apresenta cinco conselhos que indicam que o livro em papel vai continuar a existir, entre os quais escreve que os editores continuarão a ser os caçadores de talentos e aconselhar a gerir carreiras, há necessidade de exposição formal por parte de editores e livreiros, as comunidades online apoiam a formação de leitores.
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