Quarta-feira, 31 de Março de 2004

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NOTÍCIAS DOS JORNAIS

Segundo a Associação Portuguesa para o Controlo das Tiragens (APCT), o jornal Correio da Manhã atingiu os 110 mil exemplares vendidos, consolidando o lugar cimeiro, enquanto o 24 Horas passou de 37 mil exemplares em 2002 para 47 mil em 2003. Já neste mês, as vendas destes matutinos ultrapassaram os seus máximos: o lançamento de uma enciclopédia no primeiro caso e de "notícias" (?) como a colocação de uma bomba na gare do Oriente despertaram o interesse dos leitores. É o tempo dos jornais populares ou de cariz tabloidizante. Para mim, a influência dos formatos leves e sensacionalistas de noticiários televisivos conduzem a este sucesso. Já Jornal de Notícias, Público e Diário de Notícias baixaram respectivamente para 102527, 54306 e 47131 exemplares.

NOTÍCIAS DA TELEVISÃO

Após muitos anos com estúdios e redacção na Av. 5 de Outubro, aqui perto do Campo Pequeno, a RTP passa-se para a Av. Marechal Gomes da Costa. As "más línguas" dizem que ela vai para a zona J de Chelas, o que é depreciativo para um edifício adequado. O certo é que se troca o conforto envolvente das avenidas novas, com restaurantes, lojas, centros comerciais e cafés por uma zona onde nada isso há. É a sina das televisões. A TVI, em Queluz, fica a meio de uma rua a pique e sem saída; a SIC, na Outorela, em Carnaxide, fica numa rua onde só passa o autocarro. Talvez seja por causa da produtividade.

Com alguns jornais, isso também aconteceu. O tempo dos jornais concentrados no Bairro Alto desapareceu. Por sorte, a redacção de Lisboa do Público está num sítio excelente, na rua Viriato, perto da cosmopolita Picoas e do Saldanha. E o Diário de Notícias mantém-se no cimo da Av. da Liberdade, junto ao Marquês. Aparentemente, desapareceu a ideia de se mudar para lá do aeroporto. No Porto, tirando o Jornal de Notícias, que domina do alto da rua Gonçalo Cristóvão, os quase desaparecidos Comércio do Porto e Primeiro de Janeiro há muito que deixaram os magnificentes edifícios da Av. dos Aliados (agora uma instalação bancária) e da Rua de Santa Catarina (edifício substituido pelo centro comercial Via Catarina).

Voltando à televisão pública. Agora que ela se vai instalando em Cabo Ruivo, fala-se de administrações. É que a presidida por Almerindo Marques é a da holding. Faltam as administrações das empresas de televisão e rádio da agora Rádio e Televisão de Portugal. Por certo, não faltarão candidatos, resolvido o passivo da televisão (que passou para a holding).

DIRECTOR DE PROGRAMAS DE TELEVISÃO PRECISA-SE

Recolhi, no caderno de emprego do El Pais de domingo passado, um anúncio curioso.

Uma produtora de televisão pedia director de programas de televisão para uma produtora. Requeria-se ampla experiência no meio televisivo e conhecimento no mercado audiovisual, com incorporação imediata no posto, em Lisboa. A remuneração prevista bruta seria de € 70 mil por ano. Respostas a pilardiazprod@hotmail ou pilardiaz@netcabo.pt.

Qual será a produtora?
publicado por industrias-culturais às 09:04
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Segundo a Associação Portuguesa para o Controlo das Tiragens (APCT), o jornal Correio da Manhã atingiu os 110 mil exemplares vendidos, consolidando o lugar cimeiro, enquanto o 24 Horas passou de 37 mil exemplares em 2002 para 47 mil em 2003. Já neste mês, as vendas destes matutinos ultrapassaram os seus máximos: o lançamento de uma enciclopédia no primeiro caso e de "notícias" (?) como a colocação de uma bomba na gare do Oriente despertaram o interesse dos leitores. É o tempo dos jornais populares ou de cariz tabloidizante. Para mim, a influência dos formatos leves e sensacionalistas de noticiários televisivos conduzem a este sucesso. Já Jornal de Notícias, Público e Diário de Notícias baixaram respectivamente para 102527, 54306 e 47131 exemplares.

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Após muitos anos com estúdios e redacção na Av. 5 de Outubro, aqui perto do Campo Pequeno, a RTP passa-se para a Av. Marechal Gomes da Costa. As "más línguas" dizem que ela vai para a zona J de Chelas, o que é depreciativo para um edifício adequado. O certo é que se troca o conforto envolvente das avenidas novas, com restaurantes, lojas, centros comerciais e cafés por uma zona onde nada isso há. É a sina das televisões. A TVI, em Queluz, fica a meio de uma rua a pique e sem saída; a SIC, na Outorela, em Carnaxide, fica numa rua onde só passa o autocarro. Talvez seja por causa da produtividade.

Com alguns jornais, isso também aconteceu. O tempo dos jornais concentrados no Bairro Alto desapareceu. Por sorte, a redacção de Lisboa do Público está num sítio excelente, na rua Viriato, perto da cosmopolita Picoas e do Saldanha. E o Diário de Notícias mantém-se no cimo da Av. da Liberdade, junto ao Marquês. Aparentemente, desapareceu a ideia de se mudar para lá do aeroporto. No Porto, tirando o Jornal de Notícias, que domina do alto da rua Gonçalo Cristóvão, os quase desaparecidos Comércio do Porto e Primeiro de Janeiro há muito que deixaram os magnificentes edifícios da Av. dos Aliados (agora uma instalação bancária) e da Rua de Santa Catarina (edifício substituido pelo centro comercial Via Catarina).

Voltando à televisão pública. Agora que ela se vai instalando em Cabo Ruivo, fala-se de administrações. É que a presidida por Almerindo Marques é a da holding. Faltam as administrações das empresas de televisão e rádio da agora Rádio e Televisão de Portugal. Por certo, não faltarão candidatos, resolvido o passivo da televisão (que passou para a holding).

DIRECTOR DE PROGRAMAS DE TELEVISÃO PRECISA-SE

Recolhi, no caderno de emprego do El Pais de domingo passado, um anúncio curioso.

Uma produtora de televisão pedia director de programas de televisão para uma produtora. Requeria-se ampla experiência no meio televisivo e conhecimento no mercado audiovisual, com incorporação imediata no posto, em Lisboa. A remuneração prevista bruta seria de € 70 mil por ano. Respostas a pilardiazprod@hotmail ou pilardiaz@netcabo.pt.

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Segundo a Associação Portuguesa para o Controlo das Tiragens (APCT), o jornal Correio da Manhã atingiu os 110 mil exemplares vendidos, consolidando o lugar cimeiro, enquanto o 24 Horas passou de 37 mil exemplares em 2002 para 47 mil em 2003. Já neste mês, as vendas destes matutinos ultrapassaram os seus máximos: o lançamento de uma enciclopédia no primeiro caso e de "notícias" (?) como a colocação de uma bomba na gare do Oriente despertaram o interesse dos leitores. É o tempo dos jornais populares ou de cariz tabloidizante. Para mim, a influência dos formatos leves e sensacionalistas de noticiários televisivos conduzem a este sucesso. Já Jornal de Notícias, Público e Diário de Notícias baixaram respectivamente para 102527, 54306 e 47131 exemplares.

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Após muitos anos com estúdios e redacção na Av. 5 de Outubro, aqui perto do Campo Pequeno, a RTP passa-se para a Av. Marechal Gomes da Costa. As "más línguas" dizem que ela vai para a zona J de Chelas, o que é depreciativo para um edifício adequado. O certo é que se troca o conforto envolvente das avenidas novas, com restaurantes, lojas, centros comerciais e cafés por uma zona onde nada isso há. É a sina das televisões. A TVI, em Queluz, fica a meio de uma rua a pique e sem saída; a SIC, na Outorela, em Carnaxide, fica numa rua onde só passa o autocarro. Talvez seja por causa da produtividade.

Com alguns jornais, isso também aconteceu. O tempo dos jornais concentrados no Bairro Alto desapareceu. Por sorte, a redacção de Lisboa do Público está num sítio excelente, na rua Viriato, perto da cosmopolita Picoas e do Saldanha. E o Diário de Notícias mantém-se no cimo da Av. da Liberdade, junto ao Marquês. Aparentemente, desapareceu a ideia de se mudar para lá do aeroporto. No Porto, tirando o Jornal de Notícias, que domina do alto da rua Gonçalo Cristóvão, os quase desaparecidos Comércio do Porto e Primeiro de Janeiro há muito que deixaram os magnificentes edifícios da Av. dos Aliados (agora uma instalação bancária) e da Rua de Santa Catarina (edifício substituido pelo centro comercial Via Catarina).

Voltando à televisão pública. Agora que ela se vai instalando em Cabo Ruivo, fala-se de administrações. É que a presidida por Almerindo Marques é a da holding. Faltam as administrações das empresas de televisão e rádio da agora Rádio e Televisão de Portugal. Por certo, não faltarão candidatos, resolvido o passivo da televisão (que passou para a holding).

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Recolhi, no caderno de emprego do El Pais de domingo passado, um anúncio curioso.

Uma produtora de televisão pedia director de programas de televisão para uma produtora. Requeria-se ampla experiência no meio televisivo e conhecimento no mercado audiovisual, com incorporação imediata no posto, em Lisboa. A remuneração prevista bruta seria de € 70 mil por ano. Respostas a pilardiazprod@hotmail ou pilardiaz@netcabo.pt.

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Segundo a Associação Portuguesa para o Controlo das Tiragens (APCT), o jornal Correio da Manhã atingiu os 110 mil exemplares vendidos, consolidando o lugar cimeiro, enquanto o 24 Horas passou de 37 mil exemplares em 2002 para 47 mil em 2003. Já neste mês, as vendas destes matutinos ultrapassaram os seus máximos: o lançamento de uma enciclopédia no primeiro caso e de "notícias" (?) como a colocação de uma bomba na gare do Oriente despertaram o interesse dos leitores. É o tempo dos jornais populares ou de cariz tabloidizante. Para mim, a influência dos formatos leves e sensacionalistas de noticiários televisivos conduzem a este sucesso. Já Jornal de Notícias, Público e Diário de Notícias baixaram respectivamente para 102527, 54306 e 47131 exemplares.



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Após muitos anos com estúdios e redacção na Av. 5 de Outubro, aqui perto do Campo Pequeno, a RTP passa-se para a Av. Marechal Gomes da Costa. As "más línguas" dizem que ela vai para a zona J de Chelas, o que é depreciativo para um edifício adequado. O certo é que se troca o conforto envolvente das avenidas novas, com restaurantes, lojas, centros comerciais e cafés por uma zona onde nada isso há. É a sina das televisões. A TVI, em Queluz, fica a meio de uma rua a pique e sem saída; a SIC, na Outorela, em Carnaxide, fica numa rua onde só passa o autocarro. Talvez seja por causa da produtividade.



Com alguns jornais, isso também aconteceu. O tempo dos jornais concentrados no Bairro Alto desapareceu. Por sorte, a redacção de Lisboa do Público está num sítio excelente, na rua Viriato, perto da cosmopolita Picoas e do Saldanha. E o Diário de Notícias mantém-se no cimo da Av. da Liberdade, junto ao Marquês. Aparentemente, desapareceu a ideia de se mudar para lá do aeroporto. No Porto, tirando o Jornal de Notícias, que domina do alto da rua Gonçalo Cristóvão, os quase desaparecidos Comércio do Porto e Primeiro de Janeiro há muito que deixaram os magnificentes edifícios da Av. dos Aliados (agora uma instalação bancária) e da Rua de Santa Catarina (edifício substituido pelo centro comercial Via Catarina).



Voltando à televisão pública. Agora que ela se vai instalando em Cabo Ruivo, fala-se de administrações. É que a presidida por Almerindo Marques é a da holding. Faltam as administrações das empresas de televisão e rádio da agora Rádio e Televisão de Portugal. Por certo, não faltarão candidatos, resolvido o passivo da televisão (que passou para a holding).



DIRECTOR DE PROGRAMAS DE TELEVISÃO PRECISA-SE



Recolhi, no caderno de emprego do El Pais de domingo passado, um anúncio curioso.



Uma produtora de televisão pedia director de programas de televisão para uma produtora. Requeria-se ampla experiência no meio televisivo e conhecimento no mercado audiovisual, com incorporação imediata no posto, em Lisboa. A remuneração prevista bruta seria de € 70 mil por ano. Respostas a pilardiazprod@hotmail ou pilardiaz@netcabo.pt.



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Terça-feira, 30 de Março de 2004

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DENIS MCQUAIL EM LISBOA

McQuail, conforme já escrevi aqui, está em Portugal, para promover o seu livro Teoria da Comunicação de Massas, editado o ano transacto pela Gulbenkian. Entretanto, cumpre um programa de conferências. Hoje, esteve na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa, a convite do Centro Media e Democracia, sediado naquela escola.

Amanhã, McQuail desloca-se a Coimbra. Na quinta-feira, falará sobre "The power of mass communication in a global information society: the lessons of media theory", na Gulbenkian. A sua produção literária mais recente inclui o livro Media Accountability and Freedom of Publication, de 2003, e The Media in Europe: The Euromedia Handbook, de 2004, de que são editores, para além de McQuail, Mary Kelly e Gianpietro Mazzoleni (Editor). O capítulo sobre Portugal foi escrito por Manuel Pinto e Helena Sousa, dois professores da Universidade do Minho. Foi com base no primeiro destes livros que McQuail falou hoje de manhã para um auditório de especialistas e interessados.

O que disse McQuail

Referiu a importância da televisão e das notícias, elemento crucial para a formação da opinião pública. Colocou os noticiários dentro da indústria, isto é, da programação. Destacou, sincrónica e diacronicamente, os diferentes componentes das notícias: desde o jornalismo objectivo à interpretação e análise, do peso das entrevistas até à importância da vox populi. E referiu ainda a informação prática, a propaganda e o entretenimento.

Ora, os canais e as redes televisivas têm dado visibilidade às figuras políticas, no sentido de exercer influência sobre a opinião pública. Para McQuail, esta notoriedade é mais identificada a partir dos anos de 1990, com o aparecimento ou expansão dos canais comerciais. Contudo, estes enfrentam dificuldades acrescidas - caso da concorrência, problemas associados de publicidade e finanças. Aparecem alternativas em termos de fontes e notícias, como a internet. O que conduz a audiências mais fragmentadas. E, em simultâneo, ou por causa disso mesmo, há uma "popularização" dos conteúdos (tabloidização, entertainment e notícias leves). Mas, assegura McQuail, não existe uma percepção simples da evidência da perda da qualidade das notícias.

Um dos conceitos mais desenvolvidos pelo autor inglês, antigo professor da Universidade de Amsterdão, foi o de frame (ou framing) [quadro/enquadramento]. Ele questionou o papel do gatekeeper [tema que desenvolvi no meu weblog Teorias da Comunicação], dada a importância da selecção do que é escolhido como notícia. Assim, o enquadramento das notícias torna-se o principal paradigma para compreender os processos de decisão e para compreender o modo correcto ou tendencioso (bias) como são produzidas e emitidas as notícias. O frame não diz respeito a apenas a uma notícia em si mas também aos temas em discussão. Hoje, o frame [que aparece em McQuail muito próximo da agenda] é o terrorismo (e, em Portugal, acrescento eu, o caso da Casa Pia), com critérios específicos como a relevância e a actualidade. Ora, o frame muda de tempos em tempos.
publicado por industrias-culturais às 19:40
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DENIS MCQUAIL EM LISBOA

McQuail, conforme já escrevi aqui, está em Portugal, para promover o seu livro Teoria da Comunicação de Massas, editado o ano transacto pela Gulbenkian. Entretanto, cumpre um programa de conferências. Hoje, esteve na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa, a convite do Centro Media e Democracia, sediado naquela escola.

Amanhã, McQuail desloca-se a Coimbra. Na quinta-feira, falará sobre "The power of mass communication in a global information society: the lessons of media theory", na Gulbenkian. A sua produção literária mais recente inclui o livro Media Accountability and Freedom of Publication, de 2003, e The Media in Europe: The Euromedia Handbook, de 2004, de que são editores, para além de McQuail, Mary Kelly e Gianpietro Mazzoleni (Editor). O capítulo sobre Portugal foi escrito por Manuel Pinto e Helena Sousa, dois professores da Universidade do Minho. Foi com base no primeiro destes livros que McQuail falou hoje de manhã para um auditório de especialistas e interessados.

O que disse McQuail

Referiu a importância da televisão e das notícias, elemento crucial para a formação da opinião pública. Colocou os noticiários dentro da indústria, isto é, da programação. Destacou, sincrónica e diacronicamente, os diferentes componentes das notícias: desde o jornalismo objectivo à interpretação e análise, do peso das entrevistas até à importância da vox populi. E referiu ainda a informação prática, a propaganda e o entretenimento.

Ora, os canais e as redes televisivas têm dado visibilidade às figuras políticas, no sentido de exercer influência sobre a opinião pública. Para McQuail, esta notoriedade é mais identificada a partir dos anos de 1990, com o aparecimento ou expansão dos canais comerciais. Contudo, estes enfrentam dificuldades acrescidas - caso da concorrência, problemas associados de publicidade e finanças. Aparecem alternativas em termos de fontes e notícias, como a internet. O que conduz a audiências mais fragmentadas. E, em simultâneo, ou por causa disso mesmo, há uma "popularização" dos conteúdos (tabloidização, entertainment e notícias leves). Mas, assegura McQuail, não existe uma percepção simples da evidência da perda da qualidade das notícias.

Um dos conceitos mais desenvolvidos pelo autor inglês, antigo professor da Universidade de Amsterdão, foi o de frame (ou framing) [quadro/enquadramento]. Ele questionou o papel do gatekeeper [tema que desenvolvi no meu weblog Teorias da Comunicação], dada a importância da selecção do que é escolhido como notícia. Assim, o enquadramento das notícias torna-se o principal paradigma para compreender os processos de decisão e para compreender o modo correcto ou tendencioso (bias) como são produzidas e emitidas as notícias. O frame não diz respeito a apenas a uma notícia em si mas também aos temas em discussão. Hoje, o frame [que aparece em McQuail muito próximo da agenda] é o terrorismo (e, em Portugal, acrescento eu, o caso da Casa Pia), com critérios específicos como a relevância e a actualidade. Ora, o frame muda de tempos em tempos.
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McQuail, conforme já escrevi aqui, está em Portugal, para promover o seu livro Teoria da Comunicação de Massas, editado o ano transacto pela Gulbenkian. Entretanto, cumpre um programa de conferências. Hoje, esteve na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa, a convite do Centro Media e Democracia, sediado naquela escola.

Amanhã, McQuail desloca-se a Coimbra. Na quinta-feira, falará sobre "The power of mass communication in a global information society: the lessons of media theory", na Gulbenkian. A sua produção literária mais recente inclui o livro Media Accountability and Freedom of Publication, de 2003, e The Media in Europe: The Euromedia Handbook, de 2004, de que são editores, para além de McQuail, Mary Kelly e Gianpietro Mazzoleni (Editor). O capítulo sobre Portugal foi escrito por Manuel Pinto e Helena Sousa, dois professores da Universidade do Minho. Foi com base no primeiro destes livros que McQuail falou hoje de manhã para um auditório de especialistas e interessados.

O que disse McQuail

Referiu a importância da televisão e das notícias, elemento crucial para a formação da opinião pública. Colocou os noticiários dentro da indústria, isto é, da programação. Destacou, sincrónica e diacronicamente, os diferentes componentes das notícias: desde o jornalismo objectivo à interpretação e análise, do peso das entrevistas até à importância da vox populi. E referiu ainda a informação prática, a propaganda e o entretenimento.

Ora, os canais e as redes televisivas têm dado visibilidade às figuras políticas, no sentido de exercer influência sobre a opinião pública. Para McQuail, esta notoriedade é mais identificada a partir dos anos de 1990, com o aparecimento ou expansão dos canais comerciais. Contudo, estes enfrentam dificuldades acrescidas - caso da concorrência, problemas associados de publicidade e finanças. Aparecem alternativas em termos de fontes e notícias, como a internet. O que conduz a audiências mais fragmentadas. E, em simultâneo, ou por causa disso mesmo, há uma "popularização" dos conteúdos (tabloidização, entertainment e notícias leves). Mas, assegura McQuail, não existe uma percepção simples da evidência da perda da qualidade das notícias.

Um dos conceitos mais desenvolvidos pelo autor inglês, antigo professor da Universidade de Amsterdão, foi o de frame (ou framing) [quadro/enquadramento]. Ele questionou o papel do gatekeeper [tema que desenvolvi no meu weblog Teorias da Comunicação], dada a importância da selecção do que é escolhido como notícia. Assim, o enquadramento das notícias torna-se o principal paradigma para compreender os processos de decisão e para compreender o modo correcto ou tendencioso (bias) como são produzidas e emitidas as notícias. O frame não diz respeito a apenas a uma notícia em si mas também aos temas em discussão. Hoje, o frame [que aparece em McQuail muito próximo da agenda] é o terrorismo (e, em Portugal, acrescento eu, o caso da Casa Pia), com critérios específicos como a relevância e a actualidade. Ora, o frame muda de tempos em tempos.
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Amanhã, McQuail desloca-se a Coimbra. Na quinta-feira, falará sobre "The power of mass communication in a global information society: the lessons of media theory", na Gulbenkian. A sua produção literária mais recente inclui o livro Media Accountability and Freedom of Publication, de 2003, e The Media in Europe: The Euromedia Handbook, de 2004, de que são editores, para além de McQuail, Mary Kelly e Gianpietro Mazzoleni (Editor). O capítulo sobre Portugal foi escrito por Manuel Pinto e Helena Sousa, dois professores da Universidade do Minho. Foi com base no primeiro destes livros que McQuail falou hoje de manhã para um auditório de especialistas e interessados.

O que disse McQuail

Referiu a importância da televisão e das notícias, elemento crucial para a formação da opinião pública. Colocou os noticiários dentro da indústria, isto é, da programação. Destacou, sincrónica e diacronicamente, os diferentes componentes das notícias: desde o jornalismo objectivo à interpretação e análise, do peso das entrevistas até à importância da vox populi. E referiu ainda a informação prática, a propaganda e o entretenimento.

Ora, os canais e as redes televisivas têm dado visibilidade às figuras políticas, no sentido de exercer influência sobre a opinião pública. Para McQuail, esta notoriedade é mais identificada a partir dos anos de 1990, com o aparecimento ou expansão dos canais comerciais. Contudo, estes enfrentam dificuldades acrescidas - caso da concorrência, problemas associados de publicidade e finanças. Aparecem alternativas em termos de fontes e notícias, como a internet. O que conduz a audiências mais fragmentadas. E, em simultâneo, ou por causa disso mesmo, há uma "popularização" dos conteúdos (tabloidização, entertainment e notícias leves). Mas, assegura McQuail, não existe uma percepção simples da evidência da perda da qualidade das notícias.

Um dos conceitos mais desenvolvidos pelo autor inglês, antigo professor da Universidade de Amsterdão, foi o de frame (ou framing) [quadro/enquadramento]. Ele questionou o papel do gatekeeper [tema que desenvolvi no meu weblog Teorias da Comunicação], dada a importância da selecção do que é escolhido como notícia. Assim, o enquadramento das notícias torna-se o principal paradigma para compreender os processos de decisão e para compreender o modo correcto ou tendencioso (bias) como são produzidas e emitidas as notícias. O frame não diz respeito a apenas a uma notícia em si mas também aos temas em discussão. Hoje, o frame [que aparece em McQuail muito próximo da agenda] é o terrorismo (e, em Portugal, acrescento eu, o caso da Casa Pia), com critérios específicos como a relevância e a actualidade. Ora, o frame muda de tempos em tempos.
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Amanhã, McQuail desloca-se a Coimbra. Na quinta-feira, falará sobre "The power of mass communication in a global information society: the lessons of media theory", na Gulbenkian. A sua produção literária mais recente inclui o livro Media Accountability and Freedom of Publication, de 2003, e The Media in Europe: The Euromedia Handbook, de 2004, de que são editores, para além de McQuail, Mary Kelly e Gianpietro Mazzoleni (Editor). O capítulo sobre Portugal foi escrito por Manuel Pinto e Helena Sousa, dois professores da Universidade do Minho. Foi com base no primeiro destes livros que McQuail falou hoje de manhã para um auditório de especialistas e interessados.


O que disse McQuail

Referiu a importância da televisão e das notícias, elemento crucial para a formação da opinião pública. Colocou os noticiários dentro da indústria, isto é, da programação. Destacou, sincrónica e diacronicamente, os diferentes componentes das notícias: desde o jornalismo objectivo à interpretação e análise, do peso das entrevistas até à importância da vox populi. E referiu ainda a informação prática, a propaganda e o entretenimento.


Ora, os canais e as redes televisivas têm dado visibilidade às figuras políticas, no sentido de exercer influência sobre a opinião pública. Para McQuail, esta notoriedade é mais identificada a partir dos anos de 1990, com o aparecimento ou expansão dos canais comerciais. Contudo, estes enfrentam dificuldades acrescidas - caso da concorrência, problemas associados de publicidade e finanças. Aparecem alternativas em termos de fontes e notícias, como a internet. O que conduz a audiências mais fragmentadas. E, em simultâneo, ou por causa disso mesmo, há uma "popularização" dos conteúdos (tabloidização, entertainment e notícias leves). Mas, assegura McQuail, não existe uma percepção simples da evidência da perda da qualidade das notícias.


Um dos conceitos mais desenvolvidos pelo autor inglês, antigo professor da Universidade de Amsterdão, foi o de frame (ou framing) [quadro/enquadramento]. Ele questionou o papel do gatekeeper [tema que desenvolvi no meu weblog Teorias da Comunicação], dada a importância da selecção do que é escolhido como notícia. Assim, o enquadramento das notícias torna-se o principal paradigma para compreender os processos de decisão e para compreender o modo correcto ou tendencioso (bias) como são produzidas e emitidas as notícias. O frame não diz respeito a apenas a uma notícia em si mas também aos temas em discussão. Hoje, o frame [que aparece em McQuail muito próximo da agenda] é o terrorismo (e, em Portugal, acrescento eu, o caso da Casa Pia), com critérios específicos como a relevância e a actualidade. Ora, o frame muda de tempos em tempos.

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